Conto 15 - Quem é que não gosta de brincar?

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Madeena Sanches era um símbolo de uma pessoa cética, cruel, egoísta, chegando a estupidez, sua mãe era uma prostituta,sempre chegava bêbada em casa, a deixando livre a fazer qualquer coisa, seu irmão menor, João de 9 anos, era quem mais sofria, uma criança perdida, sem rumo e sem amor, mesmo possuindo um coração bom .

Quanto ao seu pai, das crianças, nem ao menos sabiam quem era, e para Mad que tinha 17 anos não havia uma perspectiva muito grande.

Sua falta de caráter e até um pouco de humanidade não fazia dela, uma pessoa com muitos amigos, era sempre sozinha, e já não podia contar quantas vezes, já havia repetido de ano, no decorrer da sua vida.

A vida da família Sanches era mais do que triste e estavam longe de fato, de serem família, e o local onde moravam estava longe de ser um lar, a mãe já havia quebrado tudo o que tinha valor dentro da casa e constantemente entrava em conflito com Mad, como se auto intitulava a garota, as vezes dependendo do estado da bebedeira e uso de drogas ,a mulher espancava a garota, que por ser mais fraca não revidava, não que não tentasse, e frustrada quando não conseguia revidar descontava em seu irmão que apanhava calado, era o único que possuía amor pela irmã, mas esta parecia incapaz de exercer sentimentos afetuosos.

As refeições não eram muito comuns, a mãe gastava todo o dinheiro com seus vícios, o pouco que ela trazia para casa, Mad tinha que roubar para que ela não gastasse, e quando de bom humor fazia uma refeição para seu irmão, para que como dizia ela, não o visse morrendo na sua frente.

Era uma sexta feira, 11 horas da noite, a mãe mais uma vez estava fora, e não havia hora pra chegar de repente a porta se escancara, era a "mãe" das crianças para variar bêbada pensou Mad, reunindo todo o seu ódio.

A mulher estava caindo no chão de tão bêbada, esbarrava em tudo, de repente parou, ficou parada em seu lugar, chovia e um trovão apareceu no céu, a mulher ergueu os olhos diretamente em direção a garota, os olhos agora da invés da cor nublada, cansados e confusos por causa de seja o lá o que tragou agora estava carregados de ódio, Mad nunca a tinha visto daquela forma, aquele olhar aquela não era à pessoa que conhecia.

- Você, sua desgraçada, vai me pagar, eu vou matar você, é tudo culpa sua eu vou te matar - Gritou a mulher que parecia transtornada, e fora de si.

Mad sentiu um frio correr por todo o seu corpo o jeito como ela falou ela não estava brincando tinha que dar um jeito nela antes que realmente a matasse.

Antes de qualquer ato a mulher veio para cima da filha, sem nem ao menos reconhece - lá, parecia decidida a mata - lá, o desespero tomou o corpo da garota.

A mãe a agarrou pelos cabelos e a jogou na parede com uma força descomunal, ela estava mais forte e com ódio uma mistura perigosa, sem pensar, a menina pegou um vaso que por sorte ainda não havia sido quebrado, em cima de um cômoda perto da parede onde foi arremessada e jogou em cima da mãe, que cambaleou e parecia ter a gora mais ódio, sem se importar com o sangue que escorria de seu rosto por conta do corte feito pelo vaso.

Ela então caiu, mas há se preparava para levantar, quando recebeu uma pancada, na cabeça ao chão inconsciente, por detrás da figura caída na chão estava João, segurando um pedaço de madeira pesado, arfante, já que não era muito forte.

Mad não movia um músculo parecia absorta em seus pensamentos, o medo já havia tomado conta dela, e nunca esteve tão feliz por ver o irmão mas nunca iria admitir.

- Madeena você está bem ? - Ele sussurrou choroso e assustado, e tentou se aproximar da irmã.

- É óbvio idiota, nossa achei que iria morrer, até que enfim você serviu alguma coisa, não encosta em mim, não preciso da sua ajuda. - Vai brincar com seus amigos - Falou grossa, e orgulhosa, ela poderia acaba com a mãe sem a ajuda daquele pivete.

Halloween - Contos 2015Onde as histórias ganham vida. Descobre agora