XXXI

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( PARTE DOIS )

Meus olhos tentavam se ajustar com a pouca iluminação do ambiente. O cheiro de mofo pareceu se impregnar em minhas narinas e por pouco não vomitei.

O casal se abracavam e me olhava curiosos. Os dois com cabelos grandes e emaranhados caído sobre os ombros.

Olhando em volta pela falta de higiene com o lugar, não duvido nada que nem banho eles tomam.

O casal estavam longe das barras de prata e o homem tinha marca de queimado por todo o corpo. Era deprimente a cena.

- Você veio nos ajudar? - A voz da mulher era anciosa e seus olhos estavam molhados. Parecia querer chorar assim como o senhor ao seu lado.

Olhei para trás por um momento antes de relacionar sua pergunta com minha pessoa. Ela estava falando comigo.

- Eu... É... ham... - as palavaras pareciam presas. Tossi arranhando a garganta para tentar falar o mais calma possivel. - Claro.

Corri até as grades para tentar soltá -los, mas fui parada com o grito da moça:

- NÃÃÃÃO! Não toque nas grades! - a olhei sem entender, como ela queria que eu a soltasse se não queria que eu tocasse as grades? Vendo minha confusão ela continuou - São de prata, você encostar nelas irá se queimar!

Olhei para o senhor em seus braços com várias queimaduras pelo corpo, imaginando, tentando encaixar um motivo para ele estar desse jeito.

Balancei minha cabeça me negando a tentar desvenar esse não - tão - misterioso fato.

- E como posso... - olhei para as grades vendo um grande cadeado. - Sabe onde está a chave?

O local, alem das grades e do chão duro que eles tinham como colchão, tinha apenas um banco. Não havia lugares para procurar.

Neguei com a cabeça, dando passos para tras em direção a saída, não acreditando no que eu estava prestes a fazer.

- Por favor? Não nos deixe aqui? - suas palavras eram súplicas tão dolorida que em instantes um nó se formou em minha garganta me impossibilitando de falar qualquer coisa.

Dei as costas e subi correndo as escadas de dois em dois.

Continua...
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A loba [ REVISANDO ]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora