Capítulo 4-Magic Hotel

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Um vôo um pouco demorado,tive uns problemas de não querer dormir e pensar muito,tomei duas pílulas de suicídio (aquelas enormes que Julian me deu),a primeira sensação é de querer vomitar e depois que sua cabeça vai explodir em miseráveis pedacinhos, mas depois você se acostuma se tomar bastante água.

Cheguei em Chicago,cidade um pouco menos agitada que Manhattan,mas ainda sim agitada,peguei minha mala e sai do aeroporto,pra não parecer muito "estranho",botei meus fones de ouvido e fui procurando um táxi, fui ignorado duas ou três vezes,então percebendo que eles não iriam parar,decidi quase me meter na frente de um,e ele parou,freando na minha frente:

-Ficou maluco garoto?!Poderia ter te matado!-berrou o motorista com as pessoas vendo.

-Bem,mas parou né?Agora me leva nesse endereço se quiser 30 na mão.-falei entregando um papel com um endereço e ele pegou e abriu os olhos,pegou minhas malas e botou no carro,foi mais rápido que eu pensei.

-É novo na cidade?-perguntou ele enquanto dirigia.

-Sim,me mandaram pra cá.-respondi.-Uns problemas de família sabe?

-Hm,entendo,o senhor sabe onde vai morar?

-Vou descobrir agora.-respondi dando um sorriso próximo a janela,então via as ruas de Chicago movimentadas,mas algo me deixou espantado,não via apenas pessoas normais,eu parecia ver outras coisas,como pessoas com rostos estranhos,asas como de fadas e até gente do tamanho de gigantes e outros do tamanho de anões.-Mas...o que é isso?

-Isso o que?-perguntou ele.

-Essas coisas entre as pessoas...essas criaturas.-falei olhando pra janela sem parar.

-Ah sim.-o taxista riu por algum motivo.-Chicago é uma das cidades onde as criaturas mágicas melhor se adaptam,aqui é a cidade delas quase.

-Como assim?

-Ora garoto,todo mundo gosta de imigrar,aqui é um lugar mais tranquilo do que Nova York e Los Angeles,lá eles vivem se metendo em confusão.-disse ele.-Diz aí,qual a sua criatura?Duende?Gigante?Sereiano?Fada?

-Lobisomem...-falei em seco e o taxista pareceu ter se assustado.

-Uou...lobisomem...mas eles não vivem em grupo,ou alcatéia sei lá?

-Fui expulso da minha,problemas com o chefe.

-Foi se meter em algo além não é?Olha,aqui,lobisomens são meio raros,alguns vivem mais nas cidades mais populosas,mas sinto lhe dizer que aqui tem bastante vampiro.

-Hm?-perguntei surpreso.

-Isso mesmo meu chapa,tem cinco pra cada metro quadrado,mas eles não são de fazer muita confusão,não com que não possa fazer com eles.

-Sabe se eles não se importam se um lobisomem se meter na cidade por tempinho?-perguntei e ele abriu um sorriso.

-Bem,depende,esse lobisomem arranja problemas?-ele perguntou e paramos em frente a um prédio cinza e com varias janelas e varandas,era daqueles típicos onde gente normal vive.-Chegamos.

-É...-falei olhando o hotel,então dei um suspiro e olhei para o chão.

-Algum problema garoto?

-Bem...qual seu nome mesmo?-perguntei do nada.

-Carl,sou um duende.-respondeu ele deixando as orelhas pontudas surgirem.

-Ah sim...desculpa a falta de educação Carl,ainda estou assustado com tudo isso.

-Isso o que?

-Sei lá,nunca vim pra cá,morar sozinho vai ser algo novo.

-Relaxa,vai se dar bem,to apostando,olha,tem um bar em umas três esquinas,as criaturas mágicas ficam lá de noite,se achar que tá indo mal,passa lá,sou um dos donos do bar.-seu sorriso abriu aos poucos e percebi que era a primeira pessoa humilde que conheci na cidade.

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