POV Justin
A areia estava nos meus pés, e o resto do meu corpo deitado na areia da praia.
Seria estranho eu dizer que, estou exatamente há uma semana a pensar em muita coisa, ao ponto de ter pedido ao meu melhor amigo para me emprestar a casa dele, para querer ficar sozinho? Bem, se estou a dizer algo se passa.
- Estou Megan?
- Justin, quando voltas?
- Eu sinto tanto a tua falta, Megan.
- Porque raio foste para aí?
- Eu precisava.
- Fodasse, Justin. Olha, passei no exame de condução, JÁ TENHO CARTA JUSTIN!
O meu sorriso alargou-se.
- Parabéns! Merda!! Vem para aqui?
- Queres?
- Sim, muito.
- Existe um problema, eu não sei o caminho.
- Vai ao teu iPhone e coloca nos mapas, orientas-te assim.
- Ok! Tudo bem, envia um sms para colocar na localização.
- Sim, não te preocupes, vem rápido quero te ver!
- Estou a entrar dentro do carro! - Ela gargalhou.
- Até já!
Desliguei e fui logo para as mensagens com a Megan para lhe indicar o sítio.
Iria esperar por a Megan aqui na praia, enquanto por a quarta vez chegava a uma solução na minha vida.
Uma criança mudou a merda da minha cabeça e eu não sei como, merda eu não era nenhum santo e adorava sexo, e eu tinha dezenas mulheres prontas para fazer. Mas nada me ocorre dessa maneira a única que penso é sexo com a Megan. É claro mais que sexo, e aí estava o problema.
- Realmente, dar com isto é bastante fácil. - Uma voz junto com uma gargalhada, fez-me sorrir.
Senti um corpo a sentar-se ao meu lado.
Coloquei a minha mão direita na nuca dela, debaixo dos seus cabelos e mexi a minha mão.
Ela estremeceu, e eu ri por o nariz.
- Sim, é. - Disse.
- Tinha tantas saudades tuas. - Ela chegou-se mais perto de mim e eu aconchego o seu corpo com as minhas mãos.
- Também eu, estava muito vazio por aqui.
- Também, porque raio foste para aqui?
- Eu precisava de pensar em alguns assuntos.
- Estar naquela casa sem ninguém, também não vale com nada.
O silêncio apoderou-se entre nós os dois, mas sentia a Megan a mexer.
Virei o meu rosto para encará-la, e a observei virada para mim a sorrir.
- O que foi? - Gargalhei para ela.
- Nada, estás estranho.
- Então, mas estás a sorrir porquê?
- Posso te beijar?
- Sim. - Solto uma Gargalhada.
Ela chega-se mais perto de mim, ela estava desorientada.
- O que se passa?
- Eu estou a sentir-me mal, já não gostas de mim? - Ela olhou-me preocupada.
- Cala-te.
Os meus lábios foram em direção aos seus, logo os sentido.
Merda, eu estava com tantas saudades dela.
As suas duas mãos estavam rodeadas em redor ao meu pescoço, puxando sempre mais para si.
E eu? E eu estava consciente que eu não queria perder a Megan, eu estava a depositar medos e inseguranças em mim, isto vai soar um pouco mal vindo de um homem, mas a Megan, ela quando me transmitia amor e carinho eu apenas chorava por dentro, por tanto gostar dela, por ela me dar tudo de si, corpo e alma.
Eu estava apaixonado?
Não, não.
