Devón - Segunda chance

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Meu coração acelerou e minhas mãos começaram a suar instantaneamente. Eu era a calma em pessoa por fora mas o conflito que ei estava tendo por dentro iria me matar.
Me virei o mais devagar que consegui e o encarei.
Céus, por que ele tinha que tornar tudo mais dificil? Ele está mais lindo do que imaginei ser possível. O homem está da largura de uma porta e parece ter virado um balde de não foda comigo em sua cabeça hoje de manhã. Como vou lidar com isso?
-Devón, não o vi a noite toda, estava me perguntando até quando iria me evitar - falei com a voz o mais firme que consegui. Havia um fogo em seus olhos que me fez estremecer. Por que esse homem ainda me afetava tanto depois de seis anos?

-Se engana se pensa que te evitei, na verdade estava aguardando o momento certo para falar com você. Temos uma conversa pendente a seis anos e não estou pensando em esperar mais para tê-la.

Droga! Eu realmente achei que ele não tocaria nesse assunto. Eu quero falar sobre isso? Não!
Eu definitivamente não estou preparada para lidar com isso hoje tendo ele parado minha frente como um deus grego vindo do Olímpo com o único proposito de me tentar.

-Não acho que temos que falar sobre isso, essa noite foi planejada para ser agradável. E este assunto não me parece agradável.

Caminhei para outras fotos e me irritou o fato de que a pessoa que organizou tudo isso utilizou a maioria das fotos que eu havia tirado durante o tempo que trabalhei no jornal estudantil. Poucas fotos do Paul estavam penduradas e eu imaginava que isso se dava ao fato de que agora sou uma pessoa conhecida pela mídia e queriam que eu visse que em algum momento aquelas pessoas fizeram parete da minha vida. É como se fosse um lembrete e eu não gostei disso.

-Você não entende como isso é importante para mim Jess. Eu pensei nisso a cada maldito segundo que passei longe de você. Cada vez que fachava os olhos e via sua imagem me encarando com dor e decepção eu esperava que alguém fosse bom e rápido o suficiente para meter um tiro na minha cabeça e me matar de vez. Porque as lembranças estavam me matando pouco a pouco - ele falava e meu coração traiçoeiro lutava contra minhas costelas. Eu não queria ouvir nada daquilo porque eu não queria acreditar em nada. O brilho dos olhos dele me fazia acreditar mas ao lembrar de como ele foi capaz de me enganar a anos atras eu não posso me deixar enganar novamente.

-Devón eu não acho que este seja o momento ou o lugar para falarmos sobre isso. Eu sequer sei se quero trazer a tona toda essa história - tentei sair para encontrar o Justin, mas ele segurou meu braço e me puxou para o seu corpo me fazendo sentir a dureza de seus músculos e o calor que emanava de cada parte bem trabalhada. Prendi a respiração para parar de sentir seu cheiro, era exatamente como eu me lembrava mas está definitivamente mais forte e mais másculo agora.

-Então vamos terminar essa conversa em outro lugar, mas tem que ser hoje. Eu já esperei de mais para esclarecer toda essa merda - ele pairava sobre mim e eu sentia sua respiração quente e ofegante no meu pescoço, aquilo estava realmente exiginfo todo meu autocontrole. Como lidar com esse homem sem me deixar levar por toda sua masculinidade gritante?
Bom, ele me usou uma vez nada mais justo que eu o use também. Cada parte do meu corpo grita por Devón. Eu não sabia que seria dessa forma tão intensa e muito menos que toda mágoa escaparia das minhas mãos assim tão facilmente, mas eu não posso esquecer o que ele me fez e toda dor que eu senti.

-É melhor esquecermos isso. Não vamos mas nos machucar com coisas do passado - minha voz estava trêmula e eu me odiei por estar sendo tão fraca. Eu não deveria ter vindo.

-Quando isso aqui acabar você vai comigo para o meu apartamento e eu não aceito não como resposta. Você vai me ouvir, toda porra de desculpa que eu fui lhe pedir a seis anos quando estive em Nova York atras de você ou o perdão que eu iria implorar a dois anos quando voltei todo fudido do Iraque. Você só tem que me ouvir.