CONTO 2- A HORDA DOS SETE: O LIVRO MAIS PODEROSO DA HISTÓRIA BRUXA.

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Bem, o que falar sobre esse conto? Não sei se realmente agradará todo mundo, porque é um conto mais explicativo - bem, algumas pessoas queriam saber mais sobre esse livro e eu achei relevante criar um conto com uma explicação aceitável. Tentei introduzir elementos para que a leitura se tornasse agradável e espero de todo o coração que tenha conseguido. E se não consegui, pelo amor, me falem, porque melhoro ou tento melhorar no próximo conto... QUE SERÁ SOBRE MEU CARO WILLIAM HÂNSEL EM UM DIA SUPEEEER ROMÂNTICO EM OWENS: O DIA DOS NAMORADOS - VOU TENTAR FAZER O MEU MELHOR NESSE.


P.s. Sou do clube ''Adoro História'' então realmente adorei falar uma coisa mais didática no começo.

P.s.1 - Desisti de tentar desistir dos P.s, vou me aceitar como sou :D hahaha

Até sexta, meus caros.

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CONTO 2 - A HORDA DOS SETE: O LIVRO MAIS PODEROSO DA HISTÓRIA BRUXA.

A fé sempre foi uma das bases para a vida dos seres humanos. Todo mundo acredita em alguma coisa. Todo mundo quer acreditar em alguma coisa. Mas, ao longo do tempo, algumas pessoas começaram a perceber que a religião poderia ser uma área extremamente poderosa, muito mais do que parecia possível.

O poder sempre foi um veneno ao coração humano e é por isso que muito dele em apenas uma mão pode ser terrivelmente perigoso.

A Idade Média foi uma prova disso. E sempre será.

A igreja detinha todo o poder sobre todo mundo e os que ousavam não se curvar a ela, poderiam enfrentar sérios problemas - torturas, expulsão do ambiente religioso, desonra e a fogueira. O catolicismo imperou por um longo tempo, enquanto os adeptos de outras religiões tiveram que ser quem eram escondidos. Porque se assim não fosse... A Inquisição - tribunais que julgavam os ''hereges'' - os acharia.

Com esse medo constante, reinou nesse período a tensão sobre tudo. Algumas pessoas - denunciadas por vizinhos, amigos, irmãos - foram incriminadas por crimes que não cometeram. Só que outras não. Pelo menos, não exatamente.

Então, é ai que chegamos em Owens.

Owens sempre foi uma cidade esquecida pelo resto do país e do mundo. Seus habitantes muitas vezes tinham o sonho de sair dela para realmente conhecer as coisas lá fora de tão afastada que era. Qualquer um pensaria que era maravilhosamente segura para Bruxos. Isso mesmo, Bruxos de verdade. Não mágicos ou pessoas que curavam outras com plantas medicinais, Bruxos mesmo.

E foi isso que aconteceu.

Durante a Idade Média, Bruxos de vários lugares do mundo, com medo da morte, se refugiaram em Owens, fugindo de suas vidas. O que eles poderiam fazer, afinal? Havia uma regra que os proibia de machucar qualquer mundano e uma regra sempre foi muito mais importante que uma promessa para eles.

Por um tempo, tudo ocorreu bem.

Mas Owens nunca foi uma cidade apenas de Bruxos. Havia mundanos convivendo com seres sobrenaturais ao mesmo tempo. E cada vez mais esses mundanos começaram a temer o pior. E se a Igreja aparecer aqui? E se nos matar?

Mas apenas um homem teve coragem de denunciar á Santa Inquisição a vida que Owens tinha entre suas vielas e seus becos, entre suas avenidas e suas ruas. Apenas um homem. Um Hãnsel.

Esse Hãnsel contou sobre as Bruxas que moravam em Owens e chegou, até mesmo, a listar os seus nomes, dando com detalhes informações perigosas.

Algumas semanas depois, uma fogueira ardia na praça central e pessoas eram mortas perante uma plateia em pânico. Então uma garota, com cabelos amarrados e um olhar assustado viu sua irmã morrer queimada, gritando por piedade e cercada por outras que faziam a mesma coisa. E é aqui que entra um ditado bruxo famoso, meus caros: uma Bruxa boa, é uma bruxa quieta.

Algo despertou em Sarah Lancaster e antes que qualquer coisa fosse feita, ela se ergueu sobre todo mundo e professou uma Maldição que acabaria com muitas vidas Hãnsel a partir daí.

Sim, foi uma noite horrível, dolorosa, sofrida...

Só que uma coisa aconteceu antes dessa condenação em praça pública, uma coisa importante. Um livro foi escrito.

Uma Horda de Bruxos nomeada como Horda dos Sete, teve que deixar a cidade ás pressas e tentar ter uma chance de salvação antes que a Inquisição chegasse. Mas, para trás, deixaram um livro. Um dos livros mais poderosos de que se tem notícia. Nele estão conhecimentos de tantos Bruxos quanto se é possível sobre tantas coisas aparentemente impossíveis.

Os chefes das famílias Oliver, Avery, Lancaster, Geller, Cromwell, Hooper, Phlips reuniram feitiços poderosos em páginas amareladas temendo que se eles não sobrevivessem a esse período, seus conhecimentos também não.

O poder era tanto que, vejamos, se um Bruxo iniciante, que não sabe ao menos fazer com que uma cadeira voe, o tivesse em posse, poderia se tornar o mais famoso conjurador de feitiços da face da Terra.

Mas, bem, não se engane, a Horda sabia exatamente a importância que esse livro tinha. Sabia que o que tinha feito, ao mesmo tempo, era brilhante e idiota. Por isso, para contornar o problema que acabara de se formar, eles lançaram um feitiço sobre a capa de couro. Todos concordaram e disseram em uníssono que:

''O livro se manterá em branco, seus conhecimentos serão ignorados, pela pessoa que nossas almas acharem indigna. Apenas o verdadeiro merecedor do poder, um líder nato e de coração suficientemente puro, poderá ler as palavras ilegíveis''.

E por um longo tempo ninguém conseguiu ser um líder nato e de coração suficientemente puro que as almas dos escritores do livro mais poderoso do século pudessem considerar digna. Por um longo tempo também esse livro se perdeu entre tantas outras coisas perdidas. Até que os descendentes dessas mesmas famílias - garotos saindo da puberdade - e um amaldiçoado, o acharam.

Mas eles também não eram dignos. E o pior, não sabiam nada sobre isso. Nada havia sido resolvido de todo jeito. Ainda havia um impasse.

Então, finalmente, aconteceu.

A única pessoa que poderia ler o livro da Horda dos Sete desceu em Owens com seu tio, em uma manhã nublada. Seu coração era realmente puro, embora estivesse machucado pela perda de pessoas que amava. E era uma líder nata, uma líder dos mortos, mesmo que nem desconfiasse.

O que aconteceu depois não foi planejado pela Horda, mas era o que tinha que acontecer. Alexandra Miller encontrou o livro que estava destinada a encontrar, depois de uma ida a uma certa biblioteca - na qual não deveria estar devo acrescentar.

Mas, ainda sim, nesse momento, Alexis não era realmente digna de ler o livro e, como todo mundo, o encontrou em branco. Porque, bem, ela não sabia nada sobre o mundo em que vivia e que fazia parte, não entenderia o que deveria ser entendido, então as almas da Horda dos Sete julgaram que o melhor a se fazer era esperar.

Não demorou muito, felizmente.

Alexis Miller descobriu sobre sua verdadeira história e começou a juntar as peças dos quebra-cabeças de sua vida. E com isso o livro, por sua vez, começou a formar palavras, parágrafos, textos e vida. Assim, também, como esperança. E Alexandra leu cada coisa que precisa ler.

E embora, inicialmente, ninguém realmente tivesse certeza, Alexis Miller era sim a porta para um lugar melhor, cheio de liberdade, onde os Hãnsel viveriam plenamente, assim como a cidade. Mas o livro era a chave para essa porta. E só a união dos dois poderia destrancar o paraíso, meus caros.

É, de fato, acreditar nisso no começo não foi nada fácil para ninguém. Mas agora todos sabem que tudo não era só possível, como também real.

Ainda bem.


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