Crazy In Love

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Adam

Assim que mandei mensagem para a morena, fui me arrumar por que além dos meus pais promoverem o baile, mal sabia eles que haviam contratado seu próprio filho para tocar lá.
Contraditório não?!
Enfim, escolhi um smoking preto para ser o mascarado, e como Adam normal, vou de smoking branco com dourado. Tem que ser diferente, meus pais não podem sonhar que eu vou tocar lá.
Não demoro muito para me arrumar e sair. Sou um dos primeiros a chegar, afinal tinha que montar meu som e meus equipamentos, as músicas de hoje tinham um porque especial. Espero poder levar aquela morena para a cama hoje de novo.
Só de lembrar do seu corpo, o meu amigo dos países baixos ganha vida. Não posso ficar assim a noite toda... Alguém notaria. E outra aposto que minha  mãe convidou a Eduarda para o baile de hoje. Bom isso vai ser uma tortura!
Quando termino de ajeitar tudo saio pela saída dos funcionários e mudo de roupa, coloco meu outro smoking... E assim que saio do vestiário dos funcionários me encontro com meu pai.
- Adam o que você fazia aí?
Antes mesmo de eu responder alguma coisa, uma garçonete totalmente envergonhada sai. E meu pai sorri, acho que ele pensou que eu peguei ela. Isso é bom!
- Deixa filho não precisa dizer... Eu entendi tudo.
Vou deixar ele seguir com esse pequeno mal entendido.
- Sabe como é né.
- Sei sim. Já fui jovem meu filho. Agora vou indo antes que sua mãe venha me buscar pelo colarinho.
Nos dois rimos... E é nessa hora que me lembro de quem herdei esses genes. Os genes sem vergonha, por que apesar de tudo, os bons vieram da minha mãe.
Passou uma boa parte da noite me dividindo entre ir no palco improvisado ver as músicas e até mudar algumas, e ficar na mesa com meus pais. O que está sendo uma grande tortura, já que como eu previa a Eduarda estava aqui no baile mas precisamente na cadeira ao lado da minha.
Eu não aguentava mais a mão daquela garota em mim. O pior era ver algumas vezes, minha mãe olhando discretamente em nossa direção, e o que eu percebi a em seus olhos me doía mais ainda, eu via esperança... Esperança de algo que nunca vai acontecer. Preciso urgentemente conversar com minha mãe sobre esse romance que ela anda fantasiando entre eu e a Eduarda.
Depois de alguns minutos, vejo a morena que anda dominando meus pensamentos chegando, junto com a amiga dela. Ela está linda, num vestido preto de me deixar em chamas, só de imaginar o que ela está usando por baixo.
Espero mais alguns minutos, o que para mim pareceram uma eternidade e saio sorrateiramente da mesa, para mudar de roupa e encontrar aquela Deusa.
Há eu tinha uma surpresa para ela, oh se tinha. Essa noite eu almejava mais que tudo me enterrar nela mais uma vez, e cessar meu desejo.
Troco rapidamente de roupa e me dirijo até a mesa dela, não antes de receber alguns olhares sugestivos de algumas mulheres do salão. Mas elas hoje não são meu alvo... Meu alvo é a morena mais deliciosa e misteriosa deste baile.
Faço sinal para o menino que vez ou outra fica no meu lugar na mesa do Dj, para colocar "Crazy In love - Beyoncé ". A versão que eu coloquei foi de um filme que minha mãe me fez o favor, diga se de passagem o terrível favor, de assistir no cinema Cinquenta tons de cinza. O livro era até legal, mas o filme... Que chatice.
Enfim essa versão era perfeita para o que eu tinha em mente com ela.
De longe percebo que ela esta se levantando, parece que vai embora, enquanto inutilmente meu amigo tenta convencer a amiga dela a dançar com ele. Esse parece até brasileiro, não desiste nunca.
Assim que percebo ela se despedir... Chego perto dela e digo: - Está muito cedo para ir embora não?
Sua cara de surpresa é o que me faz desejar mais ainda, realizar tudo que tenho em mente com ela. Só de lembrar da sua boca em mim... Céus! Tenho que me segurar!
Ela se recompõe e diz : - Eu estou cansada.
- Mas quem sabe uma última dança?
- Meu pés estão me matando. Acho que não vai rolar. - diz ela.
- Prometo que depois te levo para casa. Só uma? Por favor?
Ela pensa, respira fundo. Sim, ela quer isso tanto quanto eu.
Então ela me estende a mão.
- Olha só bonitão... Só uma dança ok?
- OK.
Só uma dança... Isso é o que ela pensa.
A música se inicia assim que chegamos no meio do salão... Me movo lentamente ao redor dela, e acho que assim ela percebe meu jogo. Pois logo começa a interagir comigo da mesma forma. Estamos nos seduzindo em pleno baile beneficente. Estamos dando um verdadeiro show!
Ela é ainda mais sensual do que eu pensei... Ou poderia imaginar. Nos movemos lentamente sempre nos tocando e assim que a música atinge seu ápice, iniciamos uma dança, com os corpos bem agarrados,  como se fossemos ligados.
Quando ela termina, e eu faço uma estratégica jogada dela em meu braço,  a beijando de leve o seu pescoço, sinto o que ela se arrepia. E depois percebo que além de platéia temos outros dançando.
Depois dos aplausos, saímos.
Lá fora ela me agarra pelo colarinho e beija com desejo, a correspondo e quando penso que vamos nos pegar ali fora mesmo ela diz: - Você é um cretino! - e me dá um tapa no braço.
Ainda tento argumentar. Mas logo em seguida acrescenta.
- Mas é um cretino tão bom no que faz, que vou deixar você me levar para cada e terminar o que começou aqui. - termina de dizer e me beija mais uma vez.
Eu nem vou retrucar nada. Deixo ela me beijar, e antes de irmos embora. Ajeito tudo para o menino que é praticamente meu assistente guardar meus equipamentos e mandar entregar na minha casa. A minha outra casa.
Saímos o mais rápido possível... Vamos no meu carro e desta vez vou leva lá para o meu apartamento.
Assim que chegamos a prenso na parede antes mesmo de abrir a porta, ela não para de rebolar na minha frente e isto está me deixando louco.
- Se você continuar neste ritmo vamos transar aqui mesmo no corredor... - diz ela com um olhar safado.
- Eu sei morena... Vamos entrar.
- Morena? Gostei disso!
- Tudo bem! Tenho uma surpresa para você.
Eu abro a porta e ela diz: - O que é isso tudo?

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Hello babies!
Que comecem os jogos!

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