Que dia!

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Adam

Aquela mulher é minha ruína disso eu tenho certeza. Ela me deu uma canseira, mas valeu a pena. Havia tempos que não me sentia saciado desta forma. É estranho porque jamais me senti assim com mulher alguma... mas ela não é qualquer mulher. É A mulher.

O que eu mais gosto nela é o fato de ela não se prender, não ficar exigindo explicações de mim. Isso conta muitos pontos para um homem. As mulheres se esquecem de como um cara se sente sufocado, se a peguete, ficante ou simplesmente a bola da vez ficar enchendo, sinceramente assim não dá.

Lance bom é aquele do momento, como a noite e o dia que eu tive com a morena. Não vou negar as vezes tenho uns certos pensamentos babacas e fico imaginado como deve ser ter uma mulher só sua sabe, tipo exclusividade. Como minha mãe sempre diz, sossegar, casar.

No entanto, no mesmo momento me arrependo, já que nenhum homem em sã consciência pensaria assim. Somente meu irmão, mas aquele lá nem conta, teve uma fase que saímos juntos e tudo mais, era perfeito! Porém depois que ele conheceu a Elaine, pronto todas as nossas noitadas foram por água abaixo.

Daniel era um bom irmão e vivia me dizendo que no momento que eu encontrasse a mulher para mim, todo o resto perderia o sentido. O resto, as mulheres, ele quer dizer. Mas eu não sei o que é isso e se quer saber a verdade, não tenho a mínima vontade de conhecer. Nem por isso ele deixa de me zoar e dizer que quando esse momento chegar, ele vai querer assistir de camarote tudo acontecer.

Mas meu humor não estava muito bom, já que perdi minha chance de me apresentar de forma correta com a morena. Afinal eu tinha vontade de conhece-la melhor. Temos que conhecer com quem a gente dorme. O que foi a cereja do bolo, para acabar com todo o meu bom humor pós - foda, foi a ligação da Eduarda. Eu  estou cansado dela, eu hein que mania de querer me regular.

Ela me espera na casa dos meus pais, mas ainda bem que hoje é domingo. O dia que eles costumam jantar fora. Assim que chego, a nossa governanta Cida, me diz que ela já me espera.

- Menino... eu falei para ela esperar você chegar. Mas ela teimou e disse que não tinha problema. E veja bem ainda me insultou. Vê se pode?! - disse Cida bem irritada. Ela tem um jeito de mãe, praticamente me criou na época que minha ainda trabalhava.

- Não se preocupa Cida. Deixa que vou conversar com ela sobre isso. - digo sorrindo e passando a mão em seu rosto.

- Ah meu filho, não sei o que faço com essas moças viu. Ta na hora de você sossegar.

- Ah não Cida! Você também não , pelo amor de Deus. Como se não bastasse a minha mãe, agora você. Poxa estou novo e ainda quero curtir muito.

- Tudo bem querido, você que sabe. Só quero o seu melhor. Fiz o jantar, seu favorito. Lasanha aos quatro queijos.

Dou um sorriso para ela, e em seguida a rodopio, sei que ela odeia isso, mas eu amo fazer isso com ela. Em seguida eu lhe respondo: - Ah Cida... o que seria de mim sem você.

- Não venha me bajular menino. Então arrumo mesa para dois?

- Não. Eduarda não vai ficar. Vou lá, não demoro.

- Ta bem. - ela sai. E eu sigo em direção as escadas.

Tenho que tirar aquela garota daqui o mais rápido possível, não quero que meus pais cheguem e pensem besteira. Ainda mais minha mãe, não me esqueci de que tenho que conversar com ela, sobre seus olhares no baile. Ela não pode criar esperanças. Eduarda foi só um passatempo, e agora eu quero distância, tenho horror a gente mimada.

Fui criado no luxo, nunca passei necessidade nem coisa do tipo, mas minha mãe sim. Nem sempre ela teve essa pose de mulher poderosa. Um dia ela me contou o quanto humilde ela era. Mas que tudo mudou quando ela esbarrou com meu pai nos corredores da faculdade numa manhã de Janeiro. Eu achei tudo meio romântico e não consigo acreditar em como ela esta casada com meu pai, ele é tão sisudo e sei lá as vezes nem parece que se amam mais. Eles nunca demonstrarão afeto na minha frente ou dos meus irmãos.

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