04 - Irritação

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|Dulce|

— Eu não acredito que a Annie chamou você pra ir com a gente! – reclamei.

— Não foi a Anahi, foi o Poncho.

— Eu devia imaginar, você sempre está junto.. – revirei os olhos.

— Não precisa fazer essa cara, eu sei que gostou de eu ter vindo. – sorriu.

— Vá se ferrar! – abri a porta do carro. — Não quero ir mais.

— Vai embora por que se sente intimidada comigo ao seu lado, né? – segurou meu braço, me impedindo de sair.

— Não. É porque não te suporto mesmo.

— Então pode ir, vai até ser melhor sem você lá. Poderei me divertir de verdade...

Olhei para ele bem cética e fechei a porta do carro.

— Mudei de ideia, vou ir com vocês sim. Não posso deixar um idiota qualquer estragar minha noite.

Christopher sorriu abertamente.

— Entendo.

Era isso que Anahi queria dizer com "surpresa"? Ela realmente achou que eu iria gostar dessa situação, ainda mais depois do que aconteceu hoje? Anahi só conseguia me ferrar...

Anahi e Alfonso entraram no carro e a loira me entregou a chave de casa.

— Onde nós vamos? – Ucker questionou.

— Como assim onde? – Poncho franziu o cenho. — Na balada, oras..

— Sério? Pensei que estávamos indo ao parque de diversão, caralho! – Ucker respondeu. — Eu quis dizer em qual balada né, tem que desenhar?

Alfonso caiu na gargalhada.

— A de sempre, atrás da choperia.

— Ah não... – Anahi fez beicinho — Quero ir a que fica perto do centro, vai ter algumas atrações diferentes lá, e o DJ que eu amoooo.

— Está bem, então vamos nessa – Alfonso concordou e deu partida no carro.

Annie ligou o som e colocou uma música animada pra tocar. Encostei minha cabeça no vidro do carro e fiquei em silêncio. Senti um calor sobre minha perna, e vi a mão de Christopher parar em cima de minha coxa. Quando percebi, ele estava próximo o suficiente de mim para me sussurrar algo no ouvido.

— Você está gata com esse vestido... E além do mais muito sexy – deixou um beijo no meu pescoço, que arrepiou meu corpo involuntariamente.

— Se fizer isso de novo, juro que te mato – falei baixo para o casal da frente não escutar. — E tira essas suas patas imundas da minha perna – bati no seu braço que me tocava.

— Tudo bem, coisa linda.

....

— Vou comprar as bebidas, o que vão querer? – Poncho gritou.

— Quero uma cervejinha – Annie respondeu.

— Uma vodca – falei.

— Eu quero o mesmo que a Dul.

— Dulce Maria pra você – resmunguei.

— Ucker vem me ajudar, não vou conseguir trazer tudo sozinho.

Christopher assentiu e seguiu Poncho.

A loira se aproximou de mim, e falou bem perto do meu ouvido para eu poder escutar melhor.

Meu vizinho infernal - VondyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora