Capítulo 24

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Oieee! Ansiosas? Espero que sim. Gostaria de pedir para aqueles que estão curtindo a estória convidem mais amigos para acompanhar. Lembrando que estamos chegando ao final e em breve vou tirá-la aqui da plataforma. Então, aproveita. Bjuu


- Ora, ora, mas que grata surpresa. –Juarez falou ao ver Arli sendo trazida por um de seus homens.

O quadrilheiro se levantou e aproximou-se dela tomando o rosto da jovem com uma das mãos.

- Tive o dissabor de descobrir que seu casinho amoroso acabou de fugir. Agora vejo que será por pouco tempo. Isso, tendo em vista, que possuo algo muito precioso para ele.

- Ele não voltará. - Arli cuspiu raivosa.

Juarez a analisou por inteiro observando com olhar lascivo cada centímetro do corpo dela e afirmou:

- Ele voltará sim. E estaremos esperando por aquele maldito. Não vejo a hora de levá-lo as palafitas e contemplá-lo padecendo naquele tronco, morrendo aos poucos, vazando até não lhe haver mais uma gota de sangue. – ele degustou cada palavra que havia dito.

- Isso é o que você pensa seu cretino. –Arli juntou toda sua saliva e teve o prazer de observá-la escorrer por aquele rosto redondo marcado de cicatrizes.

Juarez ficou lívido de raiva. A mão dele se espalmou furiosa no rosto de Arli que ficou momentaneamente zonza com o impacto. Um fio de sangue começou a escorrer pelo canto do lábio esquerdo dela. A dor lancinante a quis abater. Mas não se permitiu demonstrar fraqueza diante do inimigo. Já que iria morrer, que pelo menos fosse com dignidade. Levantou o queixo, altiva.

- Quem é essa linda gata selvagem que ousa afrontá-lo desse jeito, Juarez?

O homem procurou se recompor desconcertado por o chefe ter presenciado a cena. Guido Gonzalez avaliava Arli com atenção.

- Essa é a namoradinha dele que lhe falei.

- É bem o estilo de Ricco. O garoto gosta de domar feras caprichosas.

Vestido num terno bem talhado e de uma brancura impecável, ele era a personificação da elegância. Arriscava que sua idade estava próxima dos sessenta anos. Arli sempre achou que traficantes e bandidos não chegavam aos quarenta anos. Mas ali estava um triste exceção. Ao que tudo indicava até o mundo do crime estava se modernizando. Três largos aneis de ouro adornavam os dedos da mão esquerda dele. A pele era bem tratada e a barba estava primorosamente feita. Os pequenos olhos escuros eram atentos e perspicazes e continuava atento ao rosto de Arli enquanto bebericava um espumante.

O requinte na educação e nos modos de Guido Gonzalez era apenas aparente. Por trás da película de fineza havia um ser desprovido de qualquer humanidade.

As atrocidades permitidas pelo homem eram difíceis até mesmo de serem narradas. Arli sentiu o estômago embrulhar enquanto ouvia algumas das histórias relatadas por Ruiz, o mais velho do grupo. Ela estava absorta em suas lembranças quando uma agitação no pátio externo da casa atraiu a atenção de todos os presentes na sala e deixou os homens de Guido, a postos.

A voz estridente de Dolores foi ouvida embora Arli não conseguisse entender o que a morena contestava. Um minuto depois ela estava parada em frente a porta da sala. E sua face se iluminou quando viu Arli presa por amarras e o rosto marcado por uma imensa mancha vermelha que começava a se escurecer. Juarez avançou para a mulher e pegando-a violentamente pelo braço tentou levá-la para fora e evitar mais uma cena que aborrecesse o chefe. Mas ela com habilidade conseguiu escapulir dele e avançou em direção a Arli que não moveu um músculo sequer.

A Caminho da LiberdadeWhere stories live. Discover now