Capítulo 2 - O primeiro acorda

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Então sentimos um baque. Rachaduras se formaram nos templos enquanto tudo que estava no ar colidia com a terra.

Me concentrei na água ao nosso redor e fiz com que amortecesse nossa queda. Deu certo, só não sabia se isso salvaria nossas vidas ou adiaria o inevitável.

Fiz com que a bolha de ar nos levasse para fora d'agua. Escalamos os escombros e o que vimos foi apavorante.

O Monte Olimpo estava cercado por prédios, carros e, o pior, mortais. Por mais que eles não entendessem o que acontecia, estavam apavorados. Provavelmente pensavam que um bairro extraterrestre pousou no meio de Manhattan.

Aos poucos os olimpianos começaram a levantar. Hecate, Hércules, Hebe e muitos outros, que não começavam com a letra H.

Os dois monstros gigantes estavam um de cada lado do Olimpo, grunindo e uivando para o céu, deleitados em sua vitória. Eu não via como enfrentar aquilo.

Sorte que não era eu que faria isso.

Do palácio de Zeus, um relâmpago subiu aos céus. Todos, até os monstros, acompanharam o progresso do raio até que ele explodiu no ar e formou um ômega gigante. Isso pareceu me dar forças, renovar minha coragem.

Olhei para Annabeth e vi que seus olhos cinzas estavam determinados, como se ela fosse pessoalmente furar Tifão e o mandar para o Tártaro.

Ao nosso redor, os deuses e seres místicos reluziam em poder. Todos ergueram as mãos para os céus, e me vi fazendo o mesmo instintivamente.

O Ômega brilhou mais forte, e castelos começaram a aparecer por todo o lado. Quase como um sonho, ou um filme com aqueles efeitos especiais irados, vi os reinos de Atlântida e Érebo se unirem ao Olimpo. O palácio de Élio desceu dos céus e se uniu também, entre outros.

Os templos e colunas do Monte Olimpo também se ergueram e foram magicamente restaurados. Eu bem que podia aprender a fazer isso na hora de arrumar meu quarto. Minha mãe ficaria feliz.

Logo, a ilha de Manhattan se tornou o centro de poder do universo. Tifão e o monstro de fogo foram jogados para longe, desaparecendo em seguida.

E, se estava estranho, ficou pior.

Os três grandes surgiram, todos com seis metros de altura. Hades com uma armadura negra e seu elmo do terror, que tampava todo o seu rosto, empunhando sua espada, que Thalia, Nico e eu ajudamos a recuperar.

Meu pai, Poseidon, usava sua armadura divina verde-mar, com sua coroa de senhor dos oceanos madrepérola. Seu tridente estava em sua mão e ele parecia assustador, rodeado por ondas de  água.

Zeus, o Lorde do Olimpo, não estava atrás. Seus olhos eram pura eletricidade, com raios chamuscando para fora das órbitas. Sua armadura dourada, com detalhes azuis, era impressionante. Em sua mão esquerda estava seu raio mestre, com energia capaz de destruir toda a América do Norte. Em sua mão direita, uma espada dourada com uma gema azul. Annabeth arfou quando viu.

- Aquela... Aquela é a espada dos ventos. Uma das três espadas primordiais.

- Hum... E..?

Ela me deu uma cotovelada. Aí vinha aula de história...

- Pensei que era apenas um rumor. Dizem que existiram três espadas primordiais, que deveriam pertencer aos reis do universo. A espada dos ventos, a espada das chamas e a espada das águas. Tenho certeza que Zeus está segurando a espada dos ventos.

Pensei por uns segundos. Se era uma espada primordial, deveria ser poderosa. Isso era bom.

- Isso é ruim, muito ruim.

O legado dos deuses - Os Heróis do Olimpo, Crônicas dos Kane, Magnus ChaseOnde as histórias ganham vida. Descobre agora