Complexo do Lins

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Levar um fuzil perto do ombro e da cara não era nada legal, mas o que estava o matando de verdade era o pé que não parava de latejar e dizer o quão idiota ele era. Seu pai provavelmente já havia convencido sua mãe de que não estava em casa, pois sempre que ele sumia de alguma forma, seu velho sabia que precisava de um tempo sozinho.

Ele subiu as escadas do prédio com cuidado e entrou no apartamento só querendo uma coisa: sentar no sofá. E foi assim que ficou pelo fim da tarde e o resto da noite. A chuva se fez presente mais uma vez e sem querer – e poder – ir para cozinha, ele pediu uma pizza de calabresa, sua predileta. Um relâmpago mostrou que o tempo não estava para brincadeira e em segundos, estava sem luz.

— Valeu São Pedro, de verdade, eu com um pé enfaixado com o braço e o rosto doendo, vou saber realmente andar no escuro sem encostar esses três locais em nada! Sério! — Ele disse olhando para o lustre acima de sua cabeça. —

Felizmente quando isso acontecia, a portaria do bloco ficava aberta e o entregador poderia bater em sua porta, sem precisar usar o interfone. Quinze minutos depois, as batidas foram ouvidas e a missão de levantar-se e não tocar em nada de Matheus havia começado. Sem sucesso ele bateu o pé na mesinha do telefone e soltou um urro junto de palavrão, mas ao abrir a porta deu de cara com uma menina tremendo de frio e molhada, sem pizza na mão, mas aos soluços.

— Você não vai me deixar assim! Eu sei me cuidar muito bem sozinha! —Sua voz denunciou quem era a visita inesperada. —

Eliana não deu tempo de resposta, o abraçou e o beijou com tanta força, que chegava a doer, literalmente, afinal, tudo estava doendo, mas Matheus aguentou firme. Com o braço bom, ele a pegou pelo colo e a colocou para dentro de casa. A menina, esperta, empurrou a porta e em segundos deu de costas com a mesa de jantar que tinha na sala de Matheus. Ele, habilmente, começou a tirar a blusa molhada da menina e despir-se o mais rápido possível. Eliana puxou o mesmo pelos cabelos lisos e mordeu seus lábios. Eles escutaram um vaso de flores ir ao chão e espatifar-se, mas não deram importância. A menina puxou o short do rapaz e começou a desatar o nó que ele havia feito para segurá-lo. O beijo era urgente e salgado, já que juntava-se com as lágrimas de Eliana e até algumas de Matheus, que demonstrava toda a sua insegurança com as pessoas ao seu redor.

Ela gemeu quando sentiu as mãos frias do rapaz entrarem pelo short prontos para tirá-lo dali. Eliana tirou os sapatos com os próprios pés e deixou que o policial tirasse sua parte de baixo. Eles beijavam-se com luxúria, desejo e uma dose de violência. Matheus sorria entre o beijo enquanto sentia ser fortemente puxado pelos cabelos pela bailarina. O casal tinha uma conexão jamais vista, Eliana sentia que ia desmaiar a qualquer momento já que transar na mesa da casa de um policial que ela conhecia não fazia nem uma semana, era a coisa mais maluca que tinha feito na vida. Isso, apesar de tudo, a excitava ainda mais e fazia com que continuasse a ter certeza de que estava no lugar certo. Em minutos os dois estavam nus, Matheus conseguia passar com as mãos por todo o corpo esbelto da menina e sentia-a arrepiar-se a cada toque dele, em suas partes mais sensíveis.
Ele puxou a perna dela para sua cintura e colocou o mais alto que pode. Enterrou seu rosto no cabelo macio e cheiroso da menina e deixou-se entrar nela, lentamente, sentindo-a contrair e soltar um suspiro de satisfação. O policial tornou a beijá-la, mas Eliana estava com os lábios vermelhos de tanta força que os dois empregavam naquele momento, mas isso não fazia muita diferença. Ele a puxou pelos cabelos e beijou toda a extensão do seu pescoço. Ela, por outro lado, arranhava suas costas, querendo deixar suas marcas ali, porque, definitivamente, Matheus era seu.

Os dois dançavam em uma sincronia incrível, ela gemia em seu ouvido e ele fechava a boca com força, contendo todos os gemidos que ele gostaria de emitir. Sem ventilação ou ao menos uma janela aberta, os dois pingavam, não mais pela chuva, mas pelo suor que a situação implicava. Ela não aguentava mais, gemia o mais alto que podia, mas antes de conseguir chegar ao seu ápice, Matheus deu uma risada safada e saiu de dentro dela. Os protestos não foram poucos, mas assim que ele a puxou pelo cabelo e a virou contra a mesa, Eliana entendeu o que ela queria. Com as mãos como apoio e os seios contra a superfície, ela sentiu-se invadida mais uma vez e não pode deixar de soltar um gemido com um "Matheus" no final. Ele estocava fortemente e sem conseguir aguentar muito, chegou ao seu limite assim que sentiu Eliana atingir seu ponto alto. Embora não tenham sido juntos, ambos estavam completamente satisfeitos.

Dança Perigosa - DEGUSTAÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora