Guy Next Door

Strong

Biscoitinhos, esse aviso é REALMENTE importante:
Neste capitulo haverá cenas fortes relacionadas ao passado do Zayn e - consequentemente - do Liam. Então eu peço para que você, leitor lindo, fique atento porque os seguintes temas serão abordados: relacionamento abusivo, violência doméstica, estupro e abuso de menor. Não vou colocar detalhe nenhum (porque nem eu dou conta), mas é bom que você fique com uma mão no coração e outra segurando a mão do deus de sua preferencia durante a leitura (aos ateus, segurem um chocolate que fica tudo certo). Como vocês sabem, essa fanfic está classicada como conteúdo adulto e este capitulo é uma razão disto. Mas fiquem calmos! Vai ficar tudo bem.
A tia ama vocês

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"A verdade é que todo mundo vai te machucar. Você apenas tem que encontrar aqueles pelo qual vale a pena sofrer."   Bob Marley  

Zayn estava em seu trabalho naquela manhã de domingo onde ele e seu amigo faziam uma analise crítica das obras recém chegadas na galeria, para fins de relatar aos proprietários quais seriam as peças em potencial para exibir na próxima grande exposição. Era de longe a parte mais ingrata de sua função. Malik preferia apenas criar arte e espalhar pelo mundo ao invés de ganhar a vida criticando e descartando o trabalho de profissionais tão capacitados quanto ele. Sempre se colocava no lugar daquelas pessoas - o que não era nada difícil - e podia media a frustração de trabalhar dias, semanas, quiçá meses em uma obra para vê-la rejeitada pelos ditos especialistas no assunto.

Normalmente Zayn e Tony passavam o dia inteiro conversando, fazendo brincadeiras bobas e piadas que só eles e a moça da limpeza achavam graça, porém fazia alguns dias que a amizade deles andava estremecida e Malik preferia evitar o dialogo para não aniquilar a pouca consideração que lhes restou desde a séria briga que tiveram um dia antes de o artista plástico se encontrar com a antiga amiga de faculdade, Jade Thirlwall.

O encontro foi mal das pernas, Zayn chegou com a mente cheia de problemas e saiu com outra tonelada deles. Velhos maus hábitos ganharam força e voltaram a aprisiona-lo, contra sua vontade, em seu mundinho particular de inseguranças, medo e desilusão.

Tony respeitou o silêncio do amigo. O que falou foi bem intencionado, afinal não poderia tolerar que Zayn fumasse maconha em horário de expediente ou chegasse para trabalhar sob o efeito do fumo, tampouco ficaria calado diante das alterações na memória para coisas simples e mudanças de humor do rapaz depois de Zayn ter-lhe confessado que desaprendeu a dormir sem tomar calmantes, a menos que estivesse acompanhado de Niall.

Para Tony era um absurdo depender de outra pessoa para ter uma vida normal; acreditava que Zayn se entregar de cabeça naquela paixão era repetir uma sombria história que ainda assombrava o rapaz e que não fora solucionada. Independente de Niall ser uma boa pessoa, para Tony o problema estava em Zayn e sua dependência emocional que aflorava intensamente. O que ele faria quando seu ficante descobrisse seus vícios, conhecesse seu passado, seus piores defeitos e resolvesse ir embora? Sucumbiria mais uma vez, sentindo pena de si mesmo e terminaria de se matar? Tony questionou no dia em que perdeu a paciência. Porém verdades ditas sem gentileza para quem já está fragilizado é mais nocivo do que não fazer nada. E o silêncio do amigo foi a única resposta que recebeu desde então. Ele sabia que nenhum pedido de desculpas consertaria as palavras ditas sem pensar, por isso, preferiu dar tempo ao tempo.

Eles seguiam sua rotina de trabalho quando um dos seguranças da galeria surgiu na sala, avisando que Zayn tinha uma ligação esperando por ele na recepção.

- E quem é? - ele perguntou com o coração na mão.

- A pessoa se identificou como - o segurança olhou a palma da mão - Edward Sheeran.