Capítulo 18

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1 Semana depois:

As vezes me pegava chorando, tanto pela morte de meu pai, quando o desaparecimento de minha mãe. Desde aquele dia nunca mais vi minha mãe, ela simplesmente sumiu, de novo.

Luka estava sempre comigo, July também, eles sempre estavam tentando me distrair.

Estava na sentada em uma das cadeiras que ficavam na frente da piscina, lendo um livro.

Luka deu um beijo na minha testa e pulou na piscina, fazendo Anne reclamar por ter espirado água nela.

- Você não vem? - perguntou July.

- Não - disse - To bem aqui.

- Então ta - disse ela.

Já estava de noite quando fui para o quarto, guardei o livro e tomei um banho colocando o pijama. Luka entrou no quarto trancando a porta. Ele entrou no banheiro emburrado.

Deitei na cama e me cobri, depois de alguns minutos Luka sai do banheiro só de calça de moletom cinza. Ele deito ainda emburrado.

- Que foi? - perguntei.

- Você deu mais atenção pra um livro do que pra mim - disse ele.

- O dó, meu deus - disse dando vários selinhos nele.

- Para! To chateado.

- O que você quer que eu faça pra ver um sorriso nesse rosto?

Luka sorriu maliciosamente, logo entendi o que ele queria.

Ele subiu em cima de mim, e começou a me beijar. Passei as unhas em sua costa, ele mordeu meu lábio inferior.

Em questão de segundos nossas roupas estavam espalhadas pelo chão do quarto.

Acordei com o sol batendo na minha cara. Senti um peso em minha cintura, vi que era o braço de Luka.

Me virei encarando-o, ele parecia um anjo dormindo, sua expressão relaxada, seus cabelos bagunçados.

- Sabia que é feio encarar os outros - disse ele ainda de olhos fechando, fazendo-me levar um susto.

Dei um tapa no braço dele, que deu risada.

- Você me assustou - disse - Desde de quando esta acordado?

- Faz um tempinho - disse ele - Mas a preguiça ta mais forte que eu, então não levantei.

- Nem é preguiçoso esse menino viu - disse rindo.

- Só nada - disse ele começando um beijo lento.

Alguém bateu na porta, Luka bufou e se afastou de mim, indo abrir a porta. Era Anne.

- Ah, você estão vivos - disse ela rindo.

- Que foi mãe? - perguntou Luka.

- Eu só queria pergunta se a Bi não quer ir no shopping comigo - disse ela.

- Quero sim - disse - Só vou me trocar.

- Ta, to te esperando lá em baixo - disse ela saindo do quarto.

Entrei no banheiro e tomei um banho, coloquei um vestido soltinho vinho e desci. Dei tchau para Luka e sai com a Anne.

Entramos no carro, fiquei observando a paisagem pela janela.

Era engraçada a vida, eu que sempre odiará Luka, estou aqui, apaixonada por ele, e ele por mim.

A nossa vida tem altos e baixos. Eu sei que quando a gente é adolescente tudo parece ser o fim do mundo. Mas ai vai umas dicas.

Primeira, valoriza seus pais, pois eles são as únicas pessoas que faziam qualquer coisa por você, qualquer coisa mesmo. Não de valor só depois que você perder.

Segundo, relaxa, a vida tem suas recaídas, não é só por isso que o mundo vai acabar e você morrer, que nada, isso é pra deixar você mais forte, porque a vida não é só flores, se não, vai por mim, não teria graça.

Terceiro, aproveita, aproveita essa época, curta, saia com amigos, estude, vai para baladas, vai para o cinema, namore, de fora. Tudo isso faz bem.

Quarto, encare as coisas de cabeça erguida, porque tudo o que acontece na vida é por uma razão. E não fale, "nossa aquela pessoa tem mais sorte que eu" ou "o meu destino é só me ferra" ou coisas do tipo, porque não é sorte ou destino que se faz a vida. Lembre-se é você que faz o seu próprio destino e sua própria sorte.

Então sorria, não viva o passado e nem o futuro, viva o presente o agora.

Porque na vida, você nasce sem pedir e morre sem querer, então pare de reclamar e aproveite o intervalo. Pois sorrir não mata, viver não dói, abraçar não arde, beijar não fere, rir não machuca, a gente não tem motivos para não ser feliz.

Então não seja forte como uma onda que tudo destrói, mas sim como uma rocha que tudo suporta. Olhe as coisas de um jeito diferente.

Dê, mas não permita que te usem. Ame, mas não deixem que abusem do seu coração, Confie, mas não seja ingênuo. Escute, mas não perca sua voz.

Mesmo que eu te odeieOnde as histórias ganham vida. Descobre agora