EXISTE UM DITADO PRIMORDIAL EM NINJAGO, o qual descende dos anos da guerra entre os serpentines e os seres humanos: nunca confie em uma serpente. Algo passado dos pais para os filhos, de avôs para netos, tios para sobrinhos e qualquer outro tipo de...
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❛ sangue e presas ຳ
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O PASSADO SEMPRE RETORNA PARA ASSOMBRAR WU, ele nunca o abandona por completo, desde seu irmão completamente dominado pela maldade em seu coração, a existência do seu sobrinho e até Misako retornando em sua vida para lembrá-lo de um amor o qual a muito tempo foi perdido. Então, no momento, seus olhos fixaram-se na escultura perfeita da sua antiga cuidadora na infância: Ísis. Tão intacta quanto no dia o qual a viu pela última vez, em uma manhã quente e ensolarada onde Aspheera foi derrotada. Quando raios solares ainda iluminavam o interior da pirâmide no exato segundo o qual escutou aquela voz agradecer com aquele típico ar presunçoso e, sussurrando baixinho para ele e Jun, pedir para se cuidarem com uma ternura especialmente rara.
Dias depois, o filho mais velho do faraó assumiu o trono: Ziad, devido à trágica morte do pai em batalha.
Dias depois, a notícia de uma aberração híbrida entre serpentinos e humanos havia sido espalhada pelos vilarejos. Alguém escondida entre os muros da realeza, enganando toda a família real. A qual sofreria um castigo por seus crimes hediondos e maldade marca sob sua pele desde o instante o qual nasceu.
Wu nunca mais viu Ísis e eles nunca mais puderam sequer pisar nas terras serpentinas. Aparentemente, o novo governante não era conhecido por ser tão piedoso com humanos tanto quanto o antigo. Além disso, seu irmão foi picado pelo Grande Devorador mais ou menos nesta época e o trauma de “ perdê-lo “ assombrou toda sua estrutura familiar. Além do mais, sua mãe havia morrido justamente picada por uma serpente e ninguém além dele e Jun - atualmente preferia ser chamado somente de “ Garmadon “ - saberia o desespero do seu pai para salvar a mulher a qual tanto amou durante toda sua vida.
Com certeza a meio-serpentina percebeu o olhar significativo do mais velho, fazendo questão de encará-lo de volta sem medo.
—Olhando o que, velhote?—o confrontou, cruzando os braços—Admirando minha beleza?
O grisalho sentiu vontade de chorar, céus, seus olhos estavam começando a tornarem-se marejados nesse exato instante. Queria pedir desculpas por nunca ter voltado e tentando entender como ela estava, justifica o medo aterrorizante o qual sentiu, explicar que estava sendo um período difícil e ele estava com tanto medo de piorar as coisas em seu lar. Que ele se culpou, muito, dizer o tamanho da saudade cravada em seu coração a qual nunca passou. Wu tornou-se mais velho, sábio, todavia ainda cheio de arrependimentos e nunca ter sequer retornado para uma amiga tão querida destruiu a cada segundo o qual passou vivendo sua vida tentando ser alguém melhor e mais maduro. Por isso perseverava em ensinar sobre trabalho em equipe para seus meninos, afinal, lealdade e amizade eram valores os quais iriam sempre consolar um coração despedaçado a medida do possível.
