EXISTE UM DITADO PRIMORDIAL EM NINJAGO, o qual descende dos anos da guerra entre os serpentines e os seres humanos: nunca confie em uma serpente. Algo passado dos pais para os filhos, de avôs para netos, tios para sobrinhos e qualquer outro tipo de...
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❛ a bênção do nilo ຳ
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BASTET SIBNÚT ERA O FARAÓ, era o ser com o cargo mais elevado entre os serpentinos, o próprio deus encarnado, ele era o supremo. Cresceu em meio a guerra de serpentinos e humanos, para crescer e reinar na frágil paz entre esses seres. Nada poderia dar errado, ou todo um povo sofreria as consequências de qualquer mínimo erro cometido pelo seu governante. Por isso os seus pais sempre o diziam para levar a sério cada pequena responsabilidade, seguir a razão.
E, de fato, Bastet tornou-se um adulto de expressão sempre séria, responsável com os seus deveres, todavia de um bom e misericordioso coração. Era diferente do jovem imprudente que chegou a ser um dia, sem qualquer senso em sua mente de que um passo infalso arriscaria toda a existência de uma espécie inteira. Faria tudo por seu povo, tudo para manter a ordem, não importava quem ou o que ele teria de sacrificar no meio do caminho para cumprir o seu dever como o deus vivo sentado sob o trono. Porque as outras tribos poderiam, talvez, até serem presas, acorrentadas nas profundezas de onde quer que estivessem, mas o povo o qual estava em sua responsabilidade nunca sucumbiria enquanto ele reinasse.
Então, o Sibnut cometeu um erro.
Não era qualquer erro ou deslize bobo para ser consertado, era um erro grave, um erro o qual o seu coração o guiou sorrateiramente para cometer bem debaixo das suas presas venenosas e olhar afiado de uma perfeita águia: Ele se apaixonou, isso em si não era um problema, a questão era que o serpentino se viu perdidamente apaixonado por uma humana. Relacionamentos entre seres como eles eram estritamente proibidos, definitivamente, e por mais que ela tivesse a alma mais corajosa que as íris do inumano chegaram a ver ainda era uma humana apesar de tudo. Não deveria se aproximar da guardiã da vila próxima ao seu vale, não, seria uma tolice, havia se retirado dos seus aposentos para resolver um assunto político, nada mais e nada menos.
Não tinha importância se Núbia era uma guerreira nata, ou que ele chegou e a viu expondo suas habilidades surreais as quais utilizava para defender a vila. Muito menos o dela ser muito, mas muito bonita, balançando o seu cabelo de fios escuros com incomuns mechas douradas ao derrotar um rival na arena. Nem ligou para o fato de sentir o seu coração parar por segundos quando a guardiã da vila, além de autoridade superior, aproximou-se dele para conversar, nem, tampouco, a maneira como ela era prática, direta, objetiva e, ao mesmo tempo, altruísta.
