100 Capitulo

2.3K 112 2
                                    

-Ih se mata garoto. –disse e subi.

Polegar narrando:

Depois de discutir com a Gaby e com o Ph desci o morro e fui pra um barzinho que tinha no pé do morro. Sentei lá pedi uma 'loirinha' e fiquei tomando até que alguém tampa meus olhos, eu já tava sem paciência ai a pessoa veio perguntando:

-Adivinha quem é dlç?
-Slá, alguma das minhas putas.- tirei aquelas mãos dos meus olhos.
-Se fude polegar. –era uma mulher linda, cabelos escuros e longos, olhos azuis e um corpo lindo.
-Ei gatinha calma ae. Eu te conheço de algum lugar?
-Serve do morro?
-Mais tu num mora no morro não gata.
-Acabei de voltar pra ii.
-Hm, e qual o nome da Dlç?
-Serve Eduarda Colucci? –parei na hora, eu conheci uma Eduarda Colucci a minha melhor amiga
-DUDA? NÃO ACREDITO É VOC?
-Claro solta sapoha de cerveja e me dá um abraço.

Lhe dei um abração, cara que saudades.
-Mulher ta gostosa em? –disse a olhando de cima a baixo.
-Credo seu pervertido, tu num muda né? –me deu um tapa.
-Claro que não.
-Mais então me conta como anda sua. –falou se sentando.

Me sentei também e contei tudo que anda acontecendo comigo, ela ficou de boca aberta.

-E é assim que ta minha vida. Nos últimos 14 anos.
-Caralho Polegar, tu já tinha estuprado e batido na Bruna e ela ainda te perdôo?- Concordei com a cabeça. –Então essa mulher tem sangue de barata.

-Obrigada Duda, tu me ajuda muito. –irônizei.
-Porra Mano, tu que que eu te ajude? Eu te ajudo, mais eu te ajudo a sair dessa vida. Não pense que eu vou passar a mão na sua cabeça diante de todas as merdas que tu fez.

-Sair dessa vida? Tá doida Duda? –a olhei incrédulo.
-Doida? Doido ta você que fez tudo que fez e ainda se acha no direito de se sentir vítima.
-Mina o morro é minha vida.
-A claro, voc prefere esse morro do que sua mulher e seus filhos né?
-Não, mais slá. É diferente.
-Claro que é diferente k7. Tú prioriza a porra desse morro e esquece tua família.
-Olha lá como fala do meu morro, que tu é minha amg mais falou do meu morro mecheu no meu ponto fraco. –levantei.
-Senão o que? Tú me bate? Tá vendo polegar? Eu aqui te ajudando e tu dando uma de fodão. Quer saber foda-se então. –disse saindo.
Porra mano, a mulher tava querendo me ajuda. Fui atrás dela e a puchei pelo braço:

-Mals Duda. –abaixei a cabeça.
-Eu tou de boa. Mais tua mulher ta entre a vida e a morte, tem um recém nascido teu no hospital, teu filho paraplégico e tua filha sabe se lá por onde anda. Então se tu é tão macho assim como diz vai arrumar tua vida e parar de fazer palhaçada. –se soltou e foi embora.

Voltei pra boca e tudo que a Duda falou ficou martelando na minha cabeça. Até que o que ela falou começou a se misturar com o que a Bruna falava quando brigavamos: "Se liga polegar no dia que me perde que tu vai da valor ." As palavras ecoavam na minha cabeça junto com o que a gaby falou: "ASSIM O MÍNIMO QUE TÚ CONSEGUE É MEDO E ISSO NÃO SÍMBOLIZA RESPEITO" , aquilo tava formando um nó na minha cabeça. Peguei minha moto e fui dar uma volta, resolvi ir no hospital ver como tava a Bruna e o bebê. Cheguei lá, desci e me informei qual o quarto da paciente bruna a mlr lá me disse e eu fui, nos banquinhos logo vi a Carol, acho que ela me viu também por que levantou e veio em minha direção:

-Pelo amor de Deus polegar, não arruma confusão.
-Iiih Alá, fica de boa. Vim ver minha mulher e meu filho.
-Mulher agora né? –susurrou baixinho.
-Que tu disse vadia?
-Eu não disse nada pow.
-Acho bom.
Eu disse e saí, procurei o médico que tava cuidando da Bruna e ele me contou tudo, cada palavra era uma estocada no meu peito. Pedi pra ver o bebê e ele me levou na incubadora e me mostrou o meu bebê. Ele disse que eu podia entrar, eu calcei e vesti um monte de pano, botei uma touca , luvas e máscara e entrei. Cheguei ao seu lado e fiquei o observando, como ainda é muito novinho não parece com ninguém ;p, passei a mão nas suas costinhas e ele abriu um sorriso, foi lindo *--* AFFS QUE GAY (Ý. Saí dali e fui no quarto que a Bruna tava, vou confessar me partiu o coração vê-la naquele estado. Cheia de fios, pálida, com a boca roxa. Logo a boquinha dela, lembrei de todas as vezes que ela me beijava e dizia que me amava. Sem querer uma lágrima escorreu e eu tratei de limpa-la. Saí e fui pra minha moto, fui pro morro e resolvi ir em casa.

A princesinha do morroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora