90 Capitulo

2.4K 107 0
                                    

- Ei ei mocinha, venha cá
Puxei ele e nossos rostos ficaram colados
- Como você pode pensar em sexo com sua filha sequestrada vei? - Ela perguntou
- Não vai acontecer nada com ela vei, eu sei, o Otávio quer minha cabeça e ele sabe que eu só faço a troca se a Gaby estiver inteira
- E quem garante isso?
- Eu garanto
Começamos um beijo quente ao mesmo tempo com carinho, carreguei ela nos braços para o quarto, deitei ela na cama e comecei a beijar todo seu corpo tirando sua blusa, ela começou a me punhetar e pagar um boquete, depois comecei a chupa-lá e logo ela sentou no meu colo e começou a cavalgar, nossos gemidos eram abafados pelos beijos, eu sussurrava no seu ouvido e ela gemia, isso me exita muito. Acabamos adormecendo. Acordei quase de 22:00 horas, troquei de roupa, acordei a Bruna que me pediu pelo amor de Deus para chama-lá, ela queria ir comigo, mas me prometeu que ia ficar com os caras longe. Cheguei na boca e tava quase tudo pronto, o PH e o Thiago já tinham esquematizado tudo, peguei minha moto e os carros foram atrás, meu pessoal estava armado e bem escoltado. Chegamos no lugar marcado.
- Ora, ora Polegar - O Otávio estava segurando a Gaby
- Pai - Ela gritou - Me tira daqui por favor - Ela chorava
- Filha - Gritei e fui pra perto dela
A Gaby estava toda machucada, eu não podia acreditar naquilo, que filha da puta, a briga era comigo, como ele teve coragem de meter a MINHA filha nisso, ainda por cima machuca-lá?
- Polegar - O Otávio falou rindo - Que honra vê-ló
- Solte a Gaby
- Eu solto, claro que eu solto ela, mas ela vai ver o papaizinho dela morrer antes, boa ideia não?
- Não - A Gaby gritou - Não faz nada com ele pelo amor de Deus
Ele gargalhou
- Vai menina, dá um abraço no teu e pega teu rumo antes que eu desista de ser tão bonzinho
A Gaby me abraçou
- Pai, eu vou ficar - Ela gritou
- Gaby presta atenção, eu tenho tudo armado, pega essa estrada que leva pra cidade, assim que tu dobrar, o pessoal do morro vai estar te esperando, fala pra eles que a segunda parte do plano tem que ser feita o mais rápido possível - Sussurrei
- E o senhor?
- Vai dar tudo certo, faz o que tô dizendo
- Eu amo você - Ela sussurrou entre soluços
- Eu também amo você - Sussurrei
- Pronto, pronto parou - O Otávio falou e me puxaram - Vai gostosa, pega teu rumo antes que eu te coma aqui mesmo
- Filha da puta - Gritei e tentei ir pra cima do Otávio
Ele riu
- Não se preocupe Sr. Polegar, você estar em boas mãos e quanto a sua filha, ah nós já comemos - Ele piscou
- Você não sabe com quem ta mexendo - Gritei
- Ah eu sei bem, com um mané que agora tá nas minhas mãos, o maior traficante do Brasil, agora estar nas minhas mãos e tudo porque? Por causa da filhinha puta - Ele gargalhou - Eu achei que ia ser mais difícil do que isso
- Pai - O Bruno gritou e se aproximou de nós
- Vai embora Bruno - Gritei
- Não pai, eu vim te salvar
- Ôpa que agora o negocio começou a ficar bom - O Otávio disse
O Bruno começou a atirar pra todos os lados e logo o PH chegou com o helicóptero, ele jogou a escada e o tiroteio continuou. Olhei pra trás na intenção de chamar o Bruno e eu o vi caído no chão, corri até e coloquei ele nos braços, subi as escadas segurando-o desacordado e com os tiros rolando, fui acertado de raspam. Cheguei no helicóptero e logo saímos dali.
- Como o senhor estar? - O PH falou ofegante
- Que porra o Bruno veio fazer aqui vei? - Gritei
Olhei a pulsação e graças a Deus ela ainda existia
- Eu não sei chefe, não sei como ele descobriu, muito menos como ele veio parar aqui
- Chega, vamos rápido pro hospital - Falei - E a Gaby como estar?
- A Bruna disse que ela chegou no carro chorando e deu o recado que você pediu, depois disso não falou mais nada, parecia estar em choque - Ele pegou um pano e envolveu no meu braço onde eu tinha levado o tiro, na intenção de estancar o sangramento
O Bruno estava sangrando, ele tinha sido atingido nas costas. Descemos no patio do hospital, geral olhava pra agente, os enfermeiros tiraram o Bruno e o colocaram em uma maca, me levaram pra uma sala e depois disso apaguei
Bruna narrando

O Polegar fez tudo combinado, estávamos esperando a Gaby chegar.
- Mãe - Ela gritou e correu
- Filha você esta bem? O que aconteceu? E seu pai? Eles te machucaram?
- Papai mandou avisar que a segunda parte do plano tinha de ser feita agora - Ela falou sem forças e desmaiou
- Vou avisar pro PH - O Thiago disse e passou o rádio pro helicóptero
Fomos direto pra o hospital, expliquei a enfermeira o que aconteceu e ela logo mandou colocarem a Gaby numa maca e fazerem os procedimentos adequados, me sentei nuns sofás que tinham ali, meia hora depois o PH chegou
- O que aconteceu? - Gritei
- Bruna você precisa ser forte - Ele me abraçou - O Polegar levou um tiro de raspam, com certeza vai ficar bem, o Bruno ...
- Quem? - O interrompi
- O Bruno, ele ... - PH disse
- Como assim o Bruno? - Tentei gritar, mas não consegui, senti meu corpo inteiro enfraquecer e se arrepiar
- Eu não sei bem , o Polegar disse que ele chegou e começou a atirar em todo mundo, só isso, não sabemos como ele descobriu tudo ainda.
Coloquei a mão na boca para abafar um grito.
- Vai ficar tudo bem Bruna - O PH disse - Eu vou tá sempre com você minha irmãzinha linda - Ele sorriu tentando amenizar a situação
- E se acontecer algo com o Bruno? E a Gaby? O que será que fizeram com ela? E o Polegar?
- Vai tudo se resolver Bruna, eu não disse ao Polegar que a Gaby tinha desmaiado, eu não queria que ele ficasse pior do que estava, não era o momento entende?
Fiz um sinal de afirmação com a cabeça e me sentei de novo no sofá, ele se sentou ao meu lado, já estava quase amanhecendo
Quando a enfermeira me chama no balcão da recepção
- A senhora é a mãe da Gabriela certo?
- Sim, sou eu. Como ela estar?
- Bem, ela vai sair dessa sem traumas físicos, mas você precisa conversar bastante com ela, ela não parece estar bem emocionalmente. Fizemos uma bateria de exames e os resultados estarão prontos de mais ou menos 10 da manhã, se quiser esperar até lá
- Posso ver minha filha?
- Claro, o medico acabou de sair do plantão, mas me pediu para que eu lhe passasse todas as informações. - Fiz um sinal de aprovação com a cabeça - Bem, ela foi agredida, cuidamos dos machucados e fizemos todos os procedimentos, ela terá de ficar em observação e quanto aos exames não se preocupe, foram apenas para checar, tudo indica que ela estar bem
- E o desmaio?
- Ela estava muito fraca, sem comer, sem beber ...
- E quando ao Gabriel? - Ela fez uma expressão de duvida - O rapaz que chegou ontem baleado no braço
- Ah, o dono do morro - Ela tentou forçar um sorriso - Ele estar bem, nada demais, retiraram a bala e ...
- Ele vai ficar bem? - Interrompi
- Vai, porque?
- Sou mulher dele
- Ah, então antes que pergunte, o garoto que chegou com ele, nós ainda não temos muitas informações, ele estar na sala de cirurgia pra retirada da bala nesse momento
Meus olhos encheram d'água .
- Vamos ver sua filha?
- Ok
Ela seguiu pelo corredor, acompanhei, depois de virar, entrar, sair corredores chegamos ao quarto em que a Gaby esta. Entrei e ela logo olhou pra mim, seu semblante era triste.
- Como estar meu pai? - Ela sussurrou, sem forças pra fazer diferente
- Ele ta bem Gaby e você? - Ele não respondeu - O que fizeram com você?
- Foi horrível mãe - Seus olhos se encheram d'água
- Eles te bateram? Te agrediram? Fala Gaby
Ela me olhou e apenas com esse olhar consegui entender tudo
- Não Gaby, eles ...
-Sim - Ela me interrompeu
Abracei ela por instinto
- Vai passar Gaby, vai passar - Sussurrei
- Eu não queria eles começaram a me bater, foi horrível
- Não pensa mais nisso Gaby, vai passar
Ela chorava em meu ombro e eu também chorava.
- Bruna, preciso falar com você - O PH disse entrando no quarto
- Agora não - Respondi
- É importante - Ele disse
- Vai mãe - A Gaby falou
Assenti com a cabeça e sai do quarto, ele fechou a porta e falou:
- O que aconteceu, ela disse?
- Ela sofreu agressões - Abaixei a cabeça
- Estrupo? - Ele perguntou em tom de sussurro
- Sim
Derramei lagrimas e ele me abraçou
- Vai ficar tudo bem com ela Bruna, você também já passou por isso e sabe que não é o fim do mundo
- A Gaby não é como eu, ela é frágil, ela não merecia isso
- Ninguém merecia nada disso - Ficamos em silêncio
- O que o Bruno tem? Eu sei que vocês estão me escondendo alguma coisa - Falei
- Não sabemos de nada ainda, o Polegar quer falar com você.

Fomos em direção ao quarto do Gabriel, o PH já sabia onde era, então é bem mais facil
- Eu tenho que ir, vou avisar a Carol o que aconteceu com o Bruno e depois eu tenho que vim pegar o chefinho
- Eu não acredito vei, ele tinha que ficar aqui descansando
- Ele? Descansar? Ainda mais depois que souber o que a Gaby passou? Ele só descansa ...
- Depois que se vingar - Completei a frase triste - Cara, ele nunca vai aprender - Abaixei a cabeça
- Ele sempre foi assim Bruna, não fica assim vei, eu não consigo te ver triste não doido
Entrei no quarto e vi o meu Polegar ali deitado, ele não tava nada abalado, ele tinha ódio no olhar, quando me viu sorriu doce como nos velhos tempos, como na nossa infância, é tão lindo ver o seu sorriso, eu até me esqueço de tudo.
- Como estão os meus filhos? - Ele falou fechando o sorriso
- O Bruno ta em uma cirurgia pra retirada da bala - Fiz uma rápida pausa pra segurar as lagrimas - A Gaby fez uns exames e ta bem fraca
- Filho da puta - Ele gritou - Vou matar esse desgraçado
- Ela foi estrupada - Ele deu um murro na cama
- Ele vai ver o que é bom
- O que você vai fazer Polegar?
- Deixa comigo Bruna, eu sei o que faço
- Você não fica triste com o fato de saber que o Bruno pode morrer a qualquer momento e que a Gaby vai ficar traumatizada pro resto da vida? - Gritei
- Logico que sim Bruna, o meu jeito de expelir essa raiva é que é bem mais cruel do que lagrimas - Bufei - Cade o PH?
- Foi avisar a Carol do filho dela
- Era o que me faltava - Ele disse
- Ela é mãe Gabriel, MÃE
Gritei e senti uma pontada forte em minha barriga o que me fez sentar e soltar um gemido de dor
- O que foi Bruna?
- Nada, tô bem já é?
- Já é
Ele virou-se, eu ia começar a falar, mas fomos interrompidos pela porta
- O que aconteceu com meu filho Polegar? - A Carol entrou no quarto chorando - Me fala a verdade vei, todos estão me escondendo
- Ah claro e eu vou saber o que aconteceu né? Eu passei a noite aqui idiota
- Carol, ele levou um tiro e ta na cirurgia pra retirada da bala, é só isso que sabemos
- Tiro? O Bruno? Ele nunca foi disso - Ela falou entre soluços - Como isso aconteceu Polegar?
- É, eu também quero saber, você ainda não disse - Falei
- Carol, fomos resgatar a Gaby que foi sequestrada, como você já sabe, no meio disso tudo o Bruno chegou e começou a atirar pra todos os lados e foi atingido, é só isso que sei.
- Isso tudo é culpa sua - Ela gritou - O menino quis lhe agradar né, afinal você só sabe ...
- A culpa não é minha já é? E seu tempo já terminou, vai pro inferno e me deixa aqui com a Bruna
- Você é um monstro vei
Ela saiu batendo a porta.
- Eu vou embora - Falei fria
- Vai me deixar aqui sozinho? Eu preciso tomar um banho - Ele mordeu os lábios
- Vai se ferrar
Bati a porta e sai.

A princesinha do morroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora