Reencontros

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Volteiii, penúltimo capítulo eu acho, espero que gostem.

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Estavam comprando as últimas coisinhas. E quando saíssem daquela lojinha a única coisa faltava era esperar, para ele, estes eram os nove meses mais lentos da sua vida, já se tinham passado sete, mas os dias eram lentos, maiores, assim como a ansiedade.

Stênio estava mais animado que criança em parque de diversões, andando de prateleira em prateleira com um brilho nos olhos.

"Stênio... isso aí é tamanho três anos."

"Ué, mas um dia ela vai ter três anos."

Helô cruzou os braços, erguendo uma sobrancelha. "Amor, ela ainda tá dentro da minha barriga. Vamos comprar o básico primeiro."

"Isso aqui é básico!" rebateu, mostrando um vestido cheio de babados. "Daqui a uns dois anos a gente casa e ela pode usar lá"

Ela riu, balançando a cabeça. "Oh Stênio, a gente ainda nem escolheu o nome e tu já quer escolher o vestido que ela vai usar no nosso casamento ? "

"Não escolhemos o nome porque você não quer!" Respondeu devolvendo o vestido para o seu devido lugar.

Ela suspirou revirando os olhos, voltando a caminhar pelos corredores da loja "Já disse que não gosto de Drika, existe mais um milhão de nomes e você só quer esse."

Continuaram as compras, definitivamente compravam mais que o necessário, mais do que podiam.

Já fora da loja Stênio ainda nomeava as razões do porquê de Drika ser um ótimo nome para a filha deles, mas percebeu no rosto da morena quando ela parou de escutar.

Helô viu de longe, engoliu em seco. Eram os seus pais.

No mesmo shopping, vindo em direção deles, e durante alguns segundos o tempo parou, e seus pés congelaram.

Sua mãe olhou diretamente para a barriga dela, nem um pingo de surpresa no rosto, segurou mais forte sua bolsa e continuou andando.

O pai desviou o olhar, como se fosse apenas mais uma pessoa passando. Nenhum dos dois parou. Nenhum "oi", nenhum sorriso, nada. Foi como se ela fosse invisível, como se nunca tivessem tido uma filha.

Ela se perguntou, como será que a notícia chegou até eles? Como foi a sua reação, e agora vendo-a de longe assim, com a barriga enorme, marcando, eles não sentiram nada? Não sentiram vontade de ir até ela? De a abraçar, não sentiram nada?

Um peso a atingiu no peito, como se tivesse levado um soco. As mãos suaram e o coração acelerou, não de felicidade, mas de uma dor amarga.

Ele percebeu, a surpresa seria se ele não percebesse, seus olhos seguiram os dela, quando o casal de mais velhos passou perto deles.

Ele não disse nada de imediato, só passou o braço pela cintura dela, puxando-a para mais perto. Helô respirou fundo, como se quisesse afastar aquela sensação sufocante, mas não conseguiu.

"Tá tudo bem?" ele perguntou, baixo.

Ela hesitou. "Tá..."

Stênio não acreditou, mas também não insistiu. Em vez disso, inclinou-se, beijou a têmpora dela "Vamos?" questionou.

"Vamos..." concordou.

Seguiram caminhando, sem largar sua mão. Helô manteve o sorriso pequeno no rosto, mas por dentro ainda sentia aquele vazio latejando

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Ele reparou como ela não mencionou aquilo o resto do dia, como se fechou mais que o normal.

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