CAP.: 06 - UM PRESENTE PARA O MEU MELHOR E MAIS NOVO AMIGO

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O senhor recebe o dinheiro e receoso fala:

- Mas senhor não precisava de mais dinheiro, pois o senhor já havia me pagado ontem...

- Não senhor, este dinheiro é mais que merecido, pois o serviço ficou muito bom, e tenho certeza que você levou a noite em claro para termina-lo a tempo. Por isso é uma forma de agradecer, pois hoje farei esse meu amigo muito feliz, e tudo graças ao seu trabalho. Muito obrigado mais uma vez, agora eu tenho uma surpresa para fazer...

- Ah sim claro!!! Não conheço esse seu amigo, mas sei que ele tem muita sorte e ter um amigo como o senhor... Fala o mecânico para Guilherme que já estava saindo.

Guilherme coloca cuidadosamente a bicicleta na parte traseira de seu carro e com a ajuda do mecânico a amarra, para que a mesma não caia quando o carro entrar em movimento. Ele dar a partida e segue rumo ao morro.

Chegando na entrada do morro, logo percebe Carlão que se aproxima junto com outros dois rapazes e fala:

- E ai Gui!!! Por essas bandas de novo!!! O que tá rolando?

- E ai Carlão... Então, como fui eu que bati em Lucas causando seu acidente anteontem, resolvi trazer um presente e uns remédios que ele precisa tomar, por causa da pancada na cabeça...

- Ah esse Lucas tem mesmo muita sorte... Foi arrumar logo um granfino para ter como amigo... Fala Carlão num tom de brincadeira que fazem todos rirem, incluindo Guilherme.

Carlão apresenta Gui para os demais guardas da favela, como seu amigo e conhecido e dar ordem para que o mesmo sempre possa entrar no morro sem ser barrado, bastando apenas ele se identificar antes. Guilherme então sobe em direção a casa de dona Lucena.

Ao chegar lá dar umas duas buzinadas e então Dona Lucena sai a porta, reconhecendo o carro e homem que saia de dentro dele, ela abre um grande sorriso e abre o pequeno portão que dar acesso a sua casa e vai em direção a Guilherme e fala:

- Bom dia meu filho! O que te traz novamente a essa comunidade?

- Bom dia Dona Lucena!! Eu só vim trazer os remédios que a medica receitou e fazer uma pequena surpresa para seu neto... além claro, de que também vim para poder experimentar seus deliciosos bolinhos novamente.

- Surpresa? Como assim uma surpresa?

- Deixa eu lhe mostrar a surpresa... Fala Guilherme levando dona Lucena em direção a carroceria da picape, e mostrando-lhe a bicicleta.

- Oh meu filho!!! Como você conseguiu recuperar essa bicicleta? Já que Lucas me disse que havia sido perca total, que ela ficou toda empenada...

- Ah dona Lucena... quando Lucas me falou que essa bicicleta havia sido um presente de seu falecido e amado avô, fiquei muito triste, pois foi eu quem bateu nele e foi meu carro que causou todo o estrago, então vi que eu tinha que resolver o problema, além do mais, eu queria dar um presente para seu neto, afinal já o considero como um grande amigo...

- Ah meu filho, você já nos ajudou tanto, que fico até com vergonha de aceitar tudo isso que você vem fazendo por nos... Fala dona Lucena para Guilherme, já o puxando para dentro de casa.

- Então você não quer ver Lucas, ele estar lá dentro assistindo televisão na sala?...

- Claro que sim, mas lhe peço não estrague a minha surpresa... por favor...

- Ah não se preocupe. Agora, vamos entrar, que vou fazer uns bolinhos e um café para o senhor tomar enquanto conversa com Lucas.

Os dois entram na casa, e é então que Guilherme dar de cara com Lucas deitado no sofá da sala, só de bermuda, parecendo um anjo de tão sereno que tava seu sono, Dona Lucena pede para Gui se sentar no outro sofá e para o mesmo acordar o rapaz ali na sua frente. Só que Guilherme fica ali observando o sono de Lucas, e pensando:

O DELEGADO E O PRISIONEIRO® (Livro I)Where stories live. Discover now