CAP.: 03 - DESCOBERTAS E SENSAÇÕES

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" Os que desprezam os pequenos acontecimentos nunca farão grandes descobertas. Pequenos momentos mudam grandes rotas..."

(Augusto Cury)


* Lucas e Guilherme


Logo pela manhã os primeiros raios de sol começam a adentrar pela janela do quarto do hospital e Lucas então acorda sentindo o sol tocando o seu rosto, abre os olhos e percebe que não conhece e nem sabe onde está, começa a vasculhar o local até perceber a figura de um homem deitado em uma poltrona ao lado de sua cama, Lucas passa a observar aquele homem com cuidado e percebe o qual grade este homem é, pois parece extremamente desconfortável na pequena poltrona.

Lucas tenta se lembrar da noite anterior, mas não conseguiu lembrar de muita coisa, tudo parecia muito confuso, é então que Lucas se lembra de sua avó e no tanto que ela deveria está preocupada, pois o mesmo nunca ficara ou dormira fora de casa. Tinha certeza de que ela já estava pensando no pior, e sabendo de toda fragilidade da vó depois do falecimento do avô, foi então que tentou se levantar para poder sair dali para poder tentar falar com avó, neste momento uma dor forte toma conta de sua cabeça e de suas costelas fazendo-o dar um forte gemido.

- Aiiiiiii!!!!!

Ouvindo o grito de dor de Lucas, Guilherme acaba acordando meio atordoado e com uma dor nas costas, devido a péssima posição que dormira. Ele se levanta rapidamente e corre até a cama do rapaz que quase atropelara noite passada e fala:

- Você não pode fazer movimentos bruscos... Foi quase atropelado ontem a noite!!

- Atropelado? Como? Por quem? E quem é você?

- Oi?! Eu me chamo: Guilherme! ... Guilherme Leão de Albuquerque... E foi eu quem quase atropelou você ontem à noite... Fala Guilherme um pouco envergonhado.

- Você quase?!!! Ironiza Lucas.

- Olha eu não tive a intenção de atropelar você, aliás, não sou eu quem estava andando de bicicleta distraído e não viu quando o sinal fechou! Ironiza Guilherme.

- Aliás, ainda não sei que você estava fazendo naquele local, àquela hora da noite? Pergunta Guilherme.

- Estava a caminho da escola... E de fato eu estava distraído, por isso peço desculpas...

- Não se preocupe, tudo vai ficar bem com você, pois você não quebrou nada. Você sofreu apenas alguns arranhões e bateu com a cabeça quando caiu ontem...

- Então eu já posso ir?! Pergunta Lucas.

- Ainda não... Você bateu forte com a cabeça, quando caiu ontem, vai ter que ficar de repouso e observação por mais algum tempo. É provável que você só tenha alta amanhã.

- Mas eu não posso ficar aqui! Não tenho como pagar esse hospital, que deve custar uma fortuna só para respirar aqui dentro. Além do que minha vó deve tá pra enlouquecer de preocupação, pois ela é muito idosa e doente...

Lucas se move novamente e volta a sentir muita dor, o que faz com que Guilherme se aproxime e coloque sua mão sobre seu peito, fazendo com que o rapaz volte a ficar deitado; ao sentir o toque quente da mão do delegado ali tão próximo de si, Lucas acaba sentindo uma sensação estranha, uma espécie de calor subindo por todo o seu corpo, seguido de uma sensação de calma e segurança. Era estranho, mas Lucas podia sentir e lembrar o perfume de Guilherme desde que fora socorrido pelo mesmo na noite passada, também se sentia estranho, mas ao mesmo tempo feliz e seguro por ter aquele homem ali perto dele.

O DELEGADO E O PRISIONEIRO® (Livro I)Where stories live. Discover now