Cheguei em casa extremamente exausta após o Starbucks. Se você me perguntar: 'E ai Anna, foi legal o passeio?'. Eu diria que foi um saco, uma porcaria, una mieeerda.
Praticamente fiquei de vela daqueles patéticos desconhecidos que conheço a seis horas mais ou menos.
Momento #1 no Starbucks
- Você vai tomar seu Cappuccino? - o idiota do armário diz enquanto toma seu chocolate quente.
- Vou, se não fosse nem pediria. - digo na grosseria.
- Tessa, você poderia dizer à esquentadinha para ser menos grossa? - ele diz olhando para Tessa.
Ela sorri forçada, olha diretamente para mim e arqueia uma ruiva sobrancelha.
- Anny, por gentileza você poderia ser menos grossa com ele?
Reviro os olhos e bufo em desaprovação.
Momento #2
- Vai pagar com dinheiro ou cartão? - diz a atendente.
- Dinheiro. - respondo.
- Todos juntos? - a atendente pergunta.
- Só o meu e dela...
- Ei, eu esqueci minha carteira. - diz o idiota do armário enquanto sorri forçado com seus dentes perfeitamente brancos.
- Só pode estar brincando comigo. - encaro ele.
- Desculpe... - ele sorri forçado sem mostrar os dentes.
- Tessa... vou dar um soco nele. - eu digo brava.
- Todos juntos? - a atendente volta a repetir.
- Ótimo... - digo com raiva da situação.
Momento #3
Andando pela estrada esburacada o idiota do armário pela milésima vez quebra o silêncio.
- Alguém tem chiclete? - diz ele.
- Não baby. - ela diz sorrindo.
- Esquentadinha? - ele se volta para mim.
- Nem se eu tivesse... - continuo brava.
- Para que tanta ruindade num ser humano tão pequeno? Tá de TPM, né? - ele diz sarcástico. - Treinada Pra Matar, avisa logo para eu poder sair de perto. - ele diz enquanto penteia com as mãos seu cabelo desengonçado.
Apenas reviro os olhos.
- Ela apenas está muito sobrecarregada. - diz Tessa em minha defesa.
- Tessa, quando você vai parar de cuidar da minha vida? - digo enquanto me afasto deles.
- Bom... é TPM. - diz o idiota do armário.
EM CASA/QUARTO
- Que ótimo Liz, fico feliz que fez amizade com alguém. Tessa, certo? - diz Drew.
- Sim, ela é meio maluca mas é uma boa pessoa. - digo enquanto tento fazer a lição de matemática.
Estamos sentados na cama.
- Fico muito feliz por você, de verdade maninha. - ele diz desanimado.
- Sua felicidade é tanta que você não consegue nem sorrir. O que aconteceu? - largo o caderno e encaro ele.
- Terminei com Melissa. - diz com uma cara desanimada.
- Sério? - sinto compaixão pela sua situação.
ESTÁ A LER
ALGUÉM PARA AMAR
Teen FictionAnna, tem dezesseis anos e é nova no colégio Cristo Rei. Para ela este seria mais um ano "normal" do segundo ano, com a chegada de novos alunos, e com amizades diferentes, ela descobrirá que nem todo mundo são ricos metidos. Com as confusões da vid...