Paper Island - Capítulo I

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Eram sete da manhã e já me estava a vestir para mais um dia fenomenal...vesti o meu casaco cor-de-palha, as minhas calças largas azul-cinza e os meus chinelos.Seria insuportável estar fechado em casa dos meus pais, apesar de ser uma casa bem luxuosa. Os meus pais e os meus avós ainda estavam todos a dormir, então arranquei uma folha de papel do meu bloco de notas e peguei na minha pena dourada e escrevi: ˝Fui para a floresta, volto daqui a pouco. Até já!˝e pousei o papel na mesa da cozinha. De seguida, fui ao quintal dar de comer aos peixes barbudos que estavam a nadar no pequeno lago do meu avô. Agora que estava pronto para ir brincar, peguei na minha mala, abri o grande portão da muralha da minha casa e comecei a correr em direcção ao meu cantinho na floresta de Misaki (deusa do papel, uma das mais adorados da zona).Ao chegar à floresta sentei-me por cima de um tronco caído no chão num lugar luminoso. A partir daí comecei a desenhar a paisagem onde estava. De repente vi um falcão muito invulgar...era castanho escuro (nas costas) com algumas manchas e castanho claro (no peito). Também tem um bico amarelo torrado. Foi o pássaro mais lindo que vi até agora. Era muito estranho ver um animal destes neste tipo de floresta, portanto, obviamente, tentei desenhá-lo. Não parava de se mexer até que por fim fujiu. Fiquei aborrecido, pois, já tinha desenhado a floresta centenas de vezes. Detesto estar sozinho, sobre tudo quando tenho as opções de desenhos de observação e de origamis esgotados. Só havia mais uma coisa que podia fazer...quando a era mais novo, a minha mãe tocava-me uma música muito relaxante para eu me adormecer numa flauta de pan. Mas aos seis anos, a minha mãe deu-me a flauta, e desde aí toco músicas sempre que me aburresso. Abri a minha mala, peguei na flauta e soprando com um ar fresco, comecei a tocar a música que me acompanha desde pequeno. Logo que estava a começar o refrão da música, reencontrei o falcão de que falei anteriormente. E claro, aproximei-me, tirei o meu caderno e comecei a desenhá-lo. Mal tinha começado a molhar a pena com tinta, quando fugiu outra vez. Já estava a começar a enervar-me, mas também achei estranho um pássaro tão raro vaguear por estas zonas. Voltei a pegar na flauta e continuei a música. Reparei que o falcão se estava a reaproximar, mas continuei. Percebi que era a música que lhe atraia. Ao longe via-se uma pinta branca a flutuar. Fui a correr ver o que era e, para variar, o falcão assustou-se de novo. Era um origami voador em forma de cisne ( uma coisa que não se aprendia a dominar no meu ano escolar). Percebi que era para mim e abri-o. Era uma carta do Riuga (o meu melhor amigo) não me admirava nada, é que ele é um ano mais velho que eu (ou seja, já dominava os poderes dos origamis, apesar de já esta muitíssimo avançado em relação aos seus colegas). A carta dizia: ˝Olá Tommy, tenho uma coisa espectacular para te mostrar! Vem ter comigo ás montanhas de Chisune! Estou no sopé da montanha principal. Até já! ˝ Bem, estava com algum receio que demorasse, é que a minha mãe não deixava sair da floresta...mas arrisquei. Peguei nas minhas coisas e fui a correr ter com Riuga. Aalguns metros de distância dele, ouvi-o a assobiar e a acenar com a mão. Acelerei o passo e cheguei à sua beira (...)O que é que Riuga terá para mostrar? Será perigoso? O que acharão os pais de Tommy? Veja tudo no próximo episódio!

Paper Island (a minha primeira história, 8º ano) Warning: merdaWhere stories live. Discover now