Nєɰ ɞoʏ, Nєɰ ʟıғє → Shawn Mendes

Capítulo 25

Emily
A viagem está a demorar um pouco mais de tempo do que eu estava a pensar. Deve ser num lugar distante e longe de tudo, visto que já são 3 horas de viagem e Jack diz que ainda falta.
A sorte é que a limusine alugada por Jack tem uns bancos revestidos de estofos brancos super confortáveis, porque se não já estava com o rabo quadrado. E imaginem agora o meu rabo quadrado. Pois, não é bonito de se ver.

Jack conseguia cativar-me de uma forma que até agora ninguém consegui. Mentira. Shawn já. Emily, tens de parar de pensar nele enquanto estás num encontro com outro rapaz. O meu sibconsciente avisava, mas é difícil batalhar contra algo que já é normal para nós. E comparar Shawn com os outros rapazes é uma coisa que já estou acostumada a fazer.

(...)

Jack avisou-me de que, finalmente, tinhamos chegado e o que me era possível ver através dos vidros escurecidos do automóvel era um grande descampado, apenas com uma pequena "tenda" num dos lados.

Olhei para o lado, vendo Jack a olhar para mim sorrindo. Rapidamente retribui o sorriso, sendo totalmente genuína.

"Jack, o que estamos aqui a fazer?" questionei verdadeiramente confusa, pois, na minha cabeça, não há nada para fazer num sitio isolado como aquele.

A sua resposta não tardou, mas não me trouxe aquilo que eu procurava, sendo o mais vaga possível "Já vês!" respondeu passando o seu dedo no meu nariz de uma maneira adorável e divertida ao mesmo tempo.
Ri-me com o seu gesto.

Enquanto nos dirigia-mos para a pequena tenda ali montada, Jack agarrou na minha mão, fazendo com que andássemos mais juntos. Mas isso é o que os amigos fazem, certo? Claro.

Ao longe já conseguia ver um balão de ar quente. Fiquei boquiaberta e rapidamente parei de andar, fazendo com que Jack me olhasse com uma expressão confusa. "Não acredito! Vamos andar num balão de ar quente!" por muito que não quisesse fazer uma figura deprimente ali, não conseguia, o meu entusiasmo.

Ele olha para mim de maneira desapontada e responde " Agora era a parte em que eu te tapava os olhos. Era suposto ser uma surpresa..."

Sem pensar dei-lhe um abraço e sussurrei ao seu ouvido " Assim é melhor" e, mesmo sem conseguir ver, senti que ele sorriu.

Já se encontrava um senhor de idade indefínivel a aguardar. Este explicou-nos as regras de segurança e como tinhamos de proceder lá dentro. Segurança em primeiro lugar, sempre. Não qiero arriscar-me a morrer a quilometros de distância do chão.

(...)

Já lá dentro pude constatar que aquilo é bem maior do que parece, o que é bom, pois quero mover-me com a força do vento, sem restrições.

"Jack! Jack! Isto está a subir!" avisei-o sem esconder o entusiasmo de criança.

"Emily, anda cá!" este pediu, fazendo-me sinal para me aproximar e assim o fiz.
Sem o esperae, Jack abraça-me e ficamos assim.

Ainda rodeada pelos seus braços tonificados decido brincar com ele "Gilinsky, parece que as alturas te fazem mais lamechas, ou será que me estás a abraçar por medo das alturas?"

Este apenas olha para mim com olhos de cachorrinho abandonado "Collins, eu acho que é mesmo porque cheiras bem!"

Jack chamou-me pelo apelido, coisa que apenas Shawn tinha feito, até agora "Ao contrário de ti!" ao dizer rimos os dois, em sintonia.

"Ah e mais uma coisa Jack, odeio que me chamem pleo apelido. Não faças por favor." acrescentei fazendo beicinho.

"Compreendida a mensagem Collins" disse reforçando a palavra Collins rindo-se na minha cara.
Só tive tempo de olhar para ele, tentando parecer o mais séria e zangada possível, mas foi dificil, pois o seu riso é totalmente contagiante e tive de me juntar a ele.

Quando chegámos ao pico de altura, já me estava a ser dificil respirar, devido à asma que tenho desde pequena e à altura a que nos encontrávamos, mas decedi ignorar este facto, pois estar ali compensa. E com Jack ainda mais.

Decidi começar fotografias à paisagem, outras com Jack e devo dizer que tenho de as por no Twitter, pois as suas caretas são demais. Jack também tirou algumas fotografias e fez comigo alguns vines, ensinando-me, finalmente como se trabalha com aquela aplicação que eles tanto adoram.

A viagem demorou cerca de 1 hora, mas com animação com nós os dois estávamos pareceram 5 minutos, literalmente.

Mas, agora sendo séria, isto tudo deve ter custado um fortuna, não posso deixar passar isto em branco. "Gilinsky..." chamei-o à realidade, pois este estava a admirar a vista panorâmica, já com os pés bem assentes no chão. Quando finalmente este acordou dos seus pensamentos e olhou para mim eu comecei o meu discurso, já ensaiadi na cabeça "Isto tudo deve ter sido super caro! Não posso aceitar que tenhas gasto tanto dinheiro comigo! Diz-me quanto foi e eu pago, nem que seja uma parte!"

Jack olhou para mim, enquanto abanava a cabeça em sinal de negação. "Podes e vais aceitar! E não se fala mais nisso!" cortou-me a palavra. Levantei os braços em sinal de rendição, mas ainda vou pagar uma parte, não desisto assim tão facilmente.

"Emily já é hora de jantar... E se fossemos a um restaurante que eu conheço?"

Penso na sua proposta e como estou: super despenteada, com roupa desportiva, suja devido à gurra de lama que fizemos, mas é impossível recusar. E acenti, confirmando.

Vejo-o sorrir, dando rápidas indicações ao motorista. Mas parece-me que não vamos diretos para o restaurante.

"Não vamos já para o restaurante?" decido questionar, tentando assim matar a minha curiosidade.

"Não... Para lá entrar-mos temos de mudar de roupa, por isso ainda vamos passar por uma loja para nos mudarmos" diz confirmando as minha suspeitas.

"Mas Jack, eu preciso de tomar um banho, estou toda suja!" reclamo como uma criança.

"Não te preocupes com isso" é apenas o que me responde, piscando-me o olho. E quando o faz, envergonhada olho para baixo e rio baixinho.