Tomorrow Is My Birthday

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Courtney Lauren POV's

Acordei atordoada, sentindo uma forte pontada em meu coração.
Dizem que mãe sente quando algo de ruim está acontecendo com seus filhos. Okay, eu ainda posso ter 19 anos e ser nova pra caralho pra ser mãe de gêmeos, mas eu não escolhi isso, recebi esse desafio e resolvi aceitar.
Confesso para que quiser ouvir, ser mãe é uma das oitavas maravilhas do mundo, ser mãe de gêmeos então...

- Onde estão meus filhos? - perguntei enquanto sentava desajeitadamente no sofá.

- Courtney, fica calma, tá? - Lilly disse.

- Fica calma o caralho! Quero meus filhos de volta, já! - me exaltei e acabei gritando com ela.

- Seu marido, os amigos dele e os seguranças saíram com carros carregados de armas pela cidade, à procura dos seus filhos.
Tudo bem agora? - ela disse aumentando o tom de voz e usando o máximo de irônia possível.

- Melhor assim. Espero que eles consigam encontrar meus anjinhos o mais rápido possível. - eu disse colocando uma mexa de meu cabelo atrás da orelha.

- Você apóia essa loucura? - Lilly perguntou incrédula.

- Mas é claro! Tudo pra encontrar meus filhos. A única coisa que não me agradou, é que eles não me levaram junto. - eu disse e Lilly revirou os olhos. - Pare de revirar os olhos pra mim, garota! Odeio isso. - eu disse me levantando e passando a mão no cabelo freneticamente.

Eu andava de um lado para o outro naquela sala que parecia ter aumentado de tamanho, estava exausta e preocupada, sedenta por novidades, boas novidades.

- Onde está dona Pattie? - perguntei para Lillian que estava sentada no sofá com as pernas cruzadas mexendo nos fios de cabelo loiro.

- Deve estar no quarto. Ela me disse que precisava descansar. - assenti com a cabeça e continuei andando de um lado para o outro. - Ai Courtney, para com isso! Está me deixando tonta com tanto vai e vem. - ela disse.
Bufei e saí da sala indo em direção a área externa, onde fica a piscina.
Caminhei até um dos seguranças e lhe cutuquei.

- Você por acaso sabe para onde o Justin foi? - perguntei e o brutamontes apenas respondeu negando com a cabeça. - Você não tem língua, imprestável? Estou falando com você! - gritei.

- Desculpe senhora. Não sei. - ele disse de má vontade. Saí dali, entrei em casa e me joguei no sofá ao lado de Lillian.

- Que dia é hoje? - perguntei.

- Acho que quinta- feira 22, por que?

- Meu aniversário é amanhã... - eu disse cabisbaixa - Que presente inesquecível eu ganhei, hein? Sequestraram meus filhos.

***

- Eles chegaram. - Lillian disse e minutos depois, Justin, Chaz e Chris entraram em casa.

- Novidades? - perguntei dando um pulo do sofá e parando em frente ao Justin, que estava com uma cara nada boa.

- Não. - ele disse curto e grosso passando por mim e indo até as escadas.
Cruzei os braços e me deixei ser levada pelas lágrimas.

Já eram 22:43 da noite, estava tarde para todos irem embora.
Ofereci os quartos de hóspedes para que eles pudessem descansar.
Entrei no meu quarto e tomei um banho bem frio, quando saí, fui até o closet e peguei uma calça de moletom cinza, acompanhada de uma blusa grande do Justin. Caminhei até a cama e sentei na mesma.
Justin logo surgiu todo cheiroso, vestido em uma boxer vinho, deitou ao meu lado e ficou de costas pra mim.

- Não me trate como se eu fosse a culpada, eu sou a mãe, nunca faria isso e você sabe muito bem. - eu disse com a voz falhando um pouco, o choro estava preso em minha garganta. - Eu sou a que mais está sofrendo com isso. - Justin se virou e sentou na cama, abraçando-me pelos ombros e deixando minha cabeça cair em seu peitoral sarado e definido.

- Eu sei meu amor. Não estou te culpando, estava tentando me controlar ao seu lado, passar a impressão de cara durão, mas você sabe... não está sendo nada fácil pra mim também. - ele disse acariciando meus cabelos. Não esperava essa revelação dele logo agora. - Quero muito meus filhos de volta. - ele disse já chorando. Me ajoelhei na cama e lhe dei um beijo na boca. Não foi um beijo de desejo ou de "quero transar com você agora". Foi um beijo de proteção, um beijo que nada dizia e que dizia muito. Naquele momento, percebi que meu homem durão, marrento e bravo, era apenas uma pessoa carente e sozinha, não digo sozinho em estar completamente sozinho. Ele tem a mim, sua mãe, amigos e filhos. Ele se sente sozinho, ele se sente carente, necessita de amor 24 horas por dia, de atenção e nesse momento, o meu dever de mulher e mãe dos seus filhos, estava mais que na hora de ser exercido.

- Eu te amo, minha vida. - ele disse enxugando as suas lágrimas com as costas das mãos.

- Eu te amo mais, meu amor. - toquei seu rosto com as pontas de meus dedos. Eu nunca amei ninguém como eu amo esse homem. Ele desperta em mim uma vontade estranha de amar, de ser amada e de me sentir viva!

- Estou sabendo que amanhã uma certa pessoa estará completando 20 anos. - ele disse me colocando deitada em seu colo.

- Sério mesmo? Fiquei sabendo que essa pessoa não vai nem sair da cama enquanto os filhos dela não retornarem sãos e salvos pra casa. - eu disse me desvencilhando de seus braços e deitando na cama. - Promete que quando houver qualquer novidade, você me avisa? - perguntei com os olhos rasos d'água.

- Prometo, meu amor. Nós vamos encontrar nossos filhos, te dou minha palavra. - ele disse me dando um beijo na testa - Boa noite. - disse em seguida.
Apagou as luzes e deitou-se atrás de mim, me abraçando em seguida.
Não sei o que fazer, preciso dos meus filhos de volta!

Continua...

A Criminosa IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora