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Dallas, Texas.

Courtney Lauren's POV

Voltamos para casa sem dar nenhuma palavra se quer no caminho.

- É sério o que disse? - perguntei.

- Sim. Você aceita namorar comigo? - ele repetiu a pergunta me deixando completamente corada de vergonha.

- E.eu não sei, me desculpa. - eu disse gaguejando e saí correndo até meu quarto.

Eu sou muito burra mesmo! Agora ele já sabe que a minha visão voltou e deve estar me odiando. Continuo idiota por deixar o Justin atrapalhar a minha vida desse jeito, mesmo estando longe o bastante ele ainda me persegue nos pensamentos e sem falar que eu ainda o amo, ele foi e ainda é muito importante pra mim. Não dá pra esquecer todas as coisas pelas quais passamos juntos.

Entrei no banheiro e enxi completamente a banheira. Despí-me e emergi em meio a tanta água. Pensei em tudo o que aconteceu hoje. Eu não posso aceitar namorar com o Tommy. Tudo bem, ele é um cara legal e tudo mais, mas o que sinto por ele é apenas um sentimento puro de amizade e gratidão por tudo o que fez por mim.

Saí do banheiro e fui em direção ao closet, peguei uma calça de moletom cinza e um top da Calvin Klein da mesma cor, passei rímel e penteei os cabelos que estavam umidos. A porta foi aberta e um Tommy indignado passou pela mesma.

- Você tem algo a me dizer? - ele perguntou parando em minha frente com as mãos nos bolsos da calça jeans escura. Eu apenas o olhei e depois abaixei o olhar.

- Me perdoa. - foi a única coisa que saiu da minha boca.

- Perdoar você? Você estava me fazendo de idiota o tempo todo e ainda tem coragem de me pedir perdão? - ele estava com a voz mais grave, era perceptível o nível de stress existente nele.

- O que você quer que eu faça? Eu fiquei receosa em te contar, queria fazer uma surpresa em alguma ocasião importante para nós dois. - eu disse me explicando ou ao menos tentando.

- E daqui até lá eu sou o seu bobo da corte particular, não é?
Você me surpreendeu, Courtney, da pior forma possível. - aquilo doeu muito ao ser ouvido. - Eu te ajudei quando você mais precisou, fiquei por dois anos da minha vida esperando pacientemente você sair do coma. Quando finalmente você acordou, não enxergava. Eu trouxe você pra minha casa, cuidei de você e do nada você volta a enxergar e não me diz nada? Me fez de idiota! Baita consideração a sua, valeu. - ele explodiu e o pior era que tudo que ele falou era verdade. Aquilo doeu muito, as lágrimas estavam presas em meus olhos quase caindo, segurei-as ao máximo.

- Eu sinto muito, Tommy! Entende o meu lado, caralho! Não fiz por mal!

- Não, Courtney! Você me magoou. E pensar que eu havia te pedido em namoro... por isso não aceitou, não é?! Iria ficar com remorso toda vez que me beijasse. Eu nunca vou te entender, Courtney porque eu nunca faria isso com você ou com qualquer outra pessoa. - ele cupiu as palavras e saiu do quarto batendo a porta me deixando mal.

As lágrimas começaram a surgir pelo meu rosto, foi inevitável.
Agora eu só preciso sair daqui junto com meu orgulho e minha cara de pau. Não levarei nada, afinal, quando o Tommy me encontrou eu não tinha nada apenas as roupas do corpo. Vestí-me com uma calça de couro cós alto preta, uma regata branca, jacketa de couro preta e coturnos de camurça marrom caramelo. Fiz um rabo de cavalo no alto da cabeça e a 00hr00 em ponto eu pulei a janela. Não sei como vai ser. Vou seguir pedindo carona até Nova York, mas eu irei voltar!

Saí vagando pelas ruas do Texas, nunca havia vindo aqui antes, mas é como diz aquele ditado: "quem tem boca vai à Roma", ou à Nova York no meu caso. Estava parada no meio da estrada, morrendo de frio quando um carro parou ao meu lado.

- Perdida por aqui, senhorita? - um homem disse ao abrir o vidro do carro.

- Na verdade estou tentando voltar pra casa. - eu disse indiferente.

- E onde você mora? - ele perguntou.

- Nova York.

- Uau! Um pouco longe, não acha? - eu assenti com a cabeça - É seu dia de sorte, eu estou indo para a casa da minha mãe que por sinal é em Nova York. - ele piscou um olho e abriu a trava da porta do carro para que eu entrasse. Assim fiz, receosa mas fiz.

- Obrigada. - disse um pouco sem ânimo para o carinha que deu um belo sorriso de canto de boca.

- Taylor Hastings. - ele disse estendendo a mão para que eu o cumprimentasse.

- Courtney Lauren. - eu disse seca e não toquei em sua mão.

- Já entendi. Vamos lá então! - foi aí que ele arrancou com o carro, finalmente saindo daquela estrada vazia. Nova York, aí vou eu... novamente.

Continua...

A Criminosa IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora