O Bilhete misterioso

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As ferias de verão passaram (e vai por mim, não foram as melhores do mundo) e é claro, nós, queridos cidadães da pacata cidade de Riviera, voltávamos a nossa vidinha sem graça, nos colégios sem sal nos arredores da cidade, e teria sido exatamente assim, se um corvo imundo não tivesse se espatifado contra minha vidraça (mas vou te contar, isso me animou um pouquinho...) com um bilhete engarrafado entre as garras (no começo achei que o responsável só podia ser muito fã de Harry Potter) então como toda garota normal que nem eu faria, eu abri a garrafa. 

"Ludi Romani Scaininse- aprovada" 

Vocês também devem estar se perguntando...em que?, pois é, foi a mesma indagação que me fiz, mas ai descobri um endereço e uma data atrás do bilhete.

"Píer Ryde, cás de Whigt. 31/03" 

não era algo que ficasse tão distante, sinceramente poderia ir até la com minha bicicleta sem nenhum impedimento. Ou talvez um, aquele cás era conhecido pela grande quantidade de barcos clandestinos que atracavam em seus portos, não era um exemplo de segurança que uma garota de 17 anos esperava para se sentir tranquila, mas a pontinha de curiosidade que se alastrava por mim fez aquilo parecer extremamente interessante. estava decidido, no dia seguinte iria desvendar esse mistério, olhei ao redor , o corvo parecia ter sumido e os únicos vestígios que me faziam acreditar na sua existência a alguns minutos, era a garrafa em minhas mãos e os estilhaços da vidraça quebrada espalhada pelo chão, seria melhor limpar aquilo antes que minha mãe chegasse, ou se não ao certo estaria bem encrencada. naquela mesma noite ainda lembro vagamente de ter assistido Alice no País das Maravilhas pela centésima vez e ter dormido com Charle ( uma gata branca com um longo rabo peludo que vivia se esgueirando pelos corredores) em meu colo.

O inicio: começo da tempestade Where stories live. Discover now