Dois mundos, dois tempos, dois corpos, uma alma.
Sara acorda em um mundo totalmente diferente depois de sofrer um acidente.
O que vai acontecer quando Sara descobrir que é uma reencarnação de uma antiga grã-féerica, que era amada mas teve sua vida a...
O nariz, a boca, o formato do rosto, o cabelo, até as poucas e claras sardas nas bochechas. Tudo igual, exceto, os olhos. Diferente dos de Adeline, Sara tinha os olhos esverdeados.
A observava, enquanto ela mantia uma expressão curiosa e apreensiva. Seus ombros estavam caídos e seus olhos piscavam rápidos, tentando capturar qualquer reação minha.
Não sei o que pensar, reencarnação é algo incomum e impossível. Mas, desde o momento que coloquei meus olhos nela, torci para que isso fosse possível.
— Se prepare, iremos sair em breve.
Me levanto, vendo-a franzir as sobrancelhas em confusão. Continuo andando até a porta, saio e a fecho, desapareço, logo chegando a meu escritório.
Seguro na cadeira quando solto a respiração que estava prendendo. Uma luz de esperança se acendendo em mim quando penso que uma parte dela ainda está viva.
Desde que vi Sara, tenho que manter o meu controle para não agarrá-la e nunca mais soltar. Tento colocar na minha cabeça que as duas não são a mesma pessoa, mas agora, talvez elas sejam.
Não sei o que fazer em relação a Feyre, pensei que fosse minha parceira, mas agora aquele que pensei ser um laço de parceiria não existe mais.
Endireito a postura voltando a estabilizar minhas emoções. Preciso pensar bem o que vou fazer daqui a diante. A única certeza que eu tenho é que não vou perdê-la de novo.
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Sara
Rhysand saiu a cinco minutos e estou encarando as janelas todo esse tempo. Não consegui esconder minha expressão confusa quando ele simplesmente se levantou e saiu.
Bom, talvez precise de um tempo para digerir tudo. Se é que ele acredite realmente no que eu disse. Ele deve estar me achando uma boba por acreditar que uma pessoa como eu seja a reencarnação de uma grã-féerica que foi sua noiva.
Suspiro. Que se dane! Esse mundo não é pra mim de qualquer jeito. E afinal, onde será que ele vai me levar?
Decido me levantar, preciso falar com Feyre, de modo algum vou deixar que ela volte para Tamlin.
[...]
Encaro Feyre sentada na cama, mastigando suas unhas enquanto encarava o chão. Tivemos uma longa conversa, tentei convencê-la de que o melhor seria ficar com Rhysand ao invés de voltar para Tamlin.
Aparentemente, funcionou. Depois de dizer que Rhysand garantiu que poderíamos ficar.
Ouvimos uma batida na porta e logo ela se abre quando o grão-senhor entra. Ele tinha uma expressão exitante mas logo passou a ser decidida.
— Vocês tem duas opções, ficar aqui ou ir comigo. — fala. — Se vierem comigo, não terá volta. Não poderão falar sobre o que virem com ninguém fora da minha corte. Porque, se falarem, pessoas morreram... meu povo morrerá. Então, se vierem, precisaram mentir a respeito disso para sempre; se voltarem para a Corte Primaveril... — ele fala com amargura. — não podem contar a ninguém o que virem, e quem conheceu, e o que testemunhará. Se vocês preferirem não ter isso entre vocês e... seus amigos, então, fiquem aqui.
