CAPÍTULO 41

52 12 12
                                    

ARUNA

- O que há com o meu neto - Ouço papai questionar assim que adentra o meu quarto com pressa, após ouvir o choro sentido do meu filho.

Ele não podia ouvir Ravir chorar que já vinha correndo pra ver o que neto tinha. Era desse jeito todas as vezes. Eu já me acostumei.

- Eu acho que ele estar sentindo dor de cólicas  - Falo querendo chorar junto com o meu filho. É tão difícil para mim ele sofrendo e não poder fazer nada.

- Você já deu o médio dele? - Pergunta meu pai.

- Já dei, mas o medicamento leva um tempo pra fazer efeito  - Respondo.

- Me dê ele aqui meu neto vai se sentir melhor no colo do vovô amado dele - Meu pai disse, e eu o entreguei o meu filho para ele segurar como pediu.

- Papai não acha que está mimando demais o meu filho? - Pergunto, mas eu também mimo demais o meu bebê. Por isso, nem posso julgar o meu pai, que fazia aquilo porque ama o neto

- Besteira! Ele é o meu primeiro neto! Se eu não fizer isso por ele, quem vai? Além disso, aquele homem não está presente na vida do meu neto. Meu neto precisa de uma figura masculina exemplar na vida dele. - Meu pai afirmou com rancor.

- O senhor sabe quem é o pai de Ravi, não sabe? - Perguntei com medo de desencadear uma discussão desnecessária com o meu pai.

- Eu consigo imaginar, quer dizer.....meu neto só pode ser filho daquele estrangeiro, que esteve aqui no nosso país. Ravi é idêntico a ele.  - Diz a contra gosto.

- Pai, por favor. O senhor, pode me perdoar? Eu sei que errei, eu....ele não me forçou a fazer nada. Mas eu sei que o que eu fiz não foi certo....me perdoe  - Sussurei, sem ter como me defender, afinal eu realmente errei.

- Eu não sei o que levou você a fazer o que fez. Eu só sei que se não fosse nosso pai você estaria sofrendo ainda mais com essa criança nos braços, Aruna. Sabe como é nossos costumes! Eu, e a sua mãe vamos ajudar no que puder. Mas saiba que pra tudo de errado que a gente faz tem uma consequência. Minha filha não vai poder casar, seu filho nasceu sem um pai presente, vai ter qur enfrentar o povo lá fora, quando eu, e sua mãe, partimos desse mundo.

- Eu...eu não tinha pensado nessas coisas antes eu fui imatura.  - Falo

- Foi! E eu não vou passar a mão na sua cabeça, e dizer que não errou. No entanto, vou apoiar você como posso. - Diz meu Papai me olhando com pena e ternura.

- Ele parou de chorar  - Digo vendo que o meu filho tinha feito silêncio

- Eu falei que nós meus braços ele ia ficar melhor! -,Se gabou com um sorriso largo no rosto.

- Obrigada, por não abandonar a gente, pai. - Falo para ele.

- Eu sou seu pai! Eu repreendo você, porque te amo. Mas nunca jogaria você na rua. - Ele diz. - O que é aquela caixa? - Pergunta vendo a caixa que Pietro, me deixou perto da cama.

- Foi Pietro quem deixou isso para mim. Eu ainda não olhei o que tem dentro dela - Falei

- O americano? Pode ter algo importante ai dentro. Talvez você deva dar uma olhada, depois.  - Diz colocando meu filho na cama.

- Pode me dar ela aqui? - Pedi, e o meu pai pegou a caixa e passou para mim.  A peguei e abrir rapidamente.

- Uma chave? - Pergunto estranhando aquilo. - Um documento! Um cartão de uma conta bancária, no meu nome! - Exclamo surpresa.

Aruna No Âmago Do CeoWhere stories live. Discover now