CAPÍTULO 14

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PIETRO SANTORINI

Se outra mulher me visse praticamente pelado. E se fosse em qualquer outra situação, digamos...uma em que eu pudesse tirar vantagem dela. Para o meu completo deleite. Bem, eu não teria ficado tão zangado em ver Aruna dentro do meu quarto, me encarando com olhar tomado pelo desejo. Eu pude ver o reflexo da luxúria dentro deles e naquele pequeno instante eu constatei que ela não tem intenção de me seduzir. Mas que se eu quiser, eu a tenho nua, em minha cama. Isso porque, ela inconscientemente me quer para si.

Saber esse detalhe antes mesmo dela é uma dor de cabeça. uma vez que, eu não saberia como agir. Se por um acaso Aruna querer algo mais, que a minha proteção. Sei que ela faz o tipo de garota que se apaixona e eu não estou  aberto a esse sentimento no momento. Ou, por um bom tempo! Já que cedir ao pedido de Mariana de não me envolver amorosamente com outra mulher. Portanto, a única coisa que poderia dar a garota seriam noites de prazer enquanto eu, ficasse por aqui. O que seria um incômodo prazeroso pra nós dois.

- Está tudo tão vivo! Olha aquelas cores ali! - Aponta para um lugar qualquer.  Só que não tenho tempo de olhar direito para onde Aruna está indicando, pois sou acertado com tudo por várias bolas de tintas com diversas cores.

- Droga! - Resmungo me vendo todo sujo e cercado de pessoas com sorrisos alegres nos rostos.

- Você já está todo pintado! Americano, sorria mais! Isso não é divertido? - A garota gritou no meio do pessoal, que gira e pula animados como ela.

Eu não sei muito o que fazer. Por isso, ao invés de imitar eles. Fico parado observando o sorriso e o olhar esperançoso de Aruna, que sai correndo do seu lugar na minha frente. E pega minha mão direita apenas para tentar me fazer ficar igual ela, ou algo parecido.

Sinto quando a barra da minha calça é puxada e olho para baixo vendo uma linda garotinha abraçar as minhas pernas com os seus braços curtos e gordinho. A menininha está coberta de tintas também. Ela é linda.

- Por que os abraços?! - Grito e Aruna responde de imediato.

- É porque hoje deixamos toda inveja e intrigas de lado. Simplesmente por isso. - Gritou passando sua mão cheia de tinta pelo o meu rosto, com delicadeza.  - Além disso,é uma tradição religiosa.  - Falou.

Decidi que não ia ficar parado sendo atacado e fiz o mesmo com ela. Só evitei abraçá-la. No entanto, logo barulhos de trovões começaram a ecoar pelo o céu, nos dando um sinal que ia cair uma bela chuva que fecharia com chave de ouro, o festival. Os pingos começou a cair e não demorou para que uma corrente de águas caísse em cima da gente, levando toda tintura embora e nos deixando completamente encharcados e com frio.

Seguro a mão direita de Aruna e saio correndo com ela, pelo meio da rua em busca de um abrigo que estivesse aquecido. Pois, embora eu goste de uma enxurrada de chuva não estava a fim de ficar doente, por tomar banho com água da chuva. E de quebra! Ter Aruna como companheira de uma possível gripe, por está junto comigo no relento. Não sei exatamente em que direção estou correndo porém paro com Aruna de baixo de um lugar que eu não faço a menor ideia do que seja. É uma construção bem grande.

- Estamos no templo  - Escuto a voz ofegante da minha parceira de corrida explicar. - Ali é mais quente. Vem, vamos pra lá! - Fala e eu a sigo outra vez.

- Por que só tem nós dois aqui?  - Olho em volta do lugar onde estamos. É claro e tem uns utensílios religiosos que eu nunca vi.

- Porque só a gente fugiu da chuva.  - Ela largou minha mão me fazendo notar que eu ainda a segurava entre as minhas próprias.

Aruna No Âmago Do CeoWhere stories live. Discover now