CAPÍTULO 21

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PIETRO SANTORINI

Sei que não deveria pensar muito a respeito do que Aruna me disse anteriormente mas é praticamente impossível  chutar minha imaginação para longe e negar o penso que as palavras dela causaram em mim. Isso porque depois de tomarmos banho juntos e eu ter que me esforçar ao máximo para deixar ela confortável com a tamanha intimidade que estávamos compartilhando. Permanecemos trancados dentro do quarto até o horário do almoço conversando, e logo após saimos quando já não havia mais ninguém em casa que pudesse desconfiar de nós dois.

Vimos dar um passeio pelas ruas como falei para Aruna. Entretanto estranhamente ela está calada e andando afastada de mim, mesmo estando do meu lado o que não me ajuda em nada, parar de refletir sobre a frase ingênua em que ela afirmou " depois de você não haverá outro "tamanha ingenuidade me deixou nervoso além de ter interesse em saber que tipo de bobagem esta menina anda pensando na sua cabeça jovem demais para entender que o que revelou é muito grave para ela decidir agora.

- Me esclarece uma coisa! Por que está andando tão longe de mim? - Questiono, e nesse momento. Aruna, me olha de relance virando a cabeça para outro lado, logo em seguida.

- Eu pensei que a ideia era manter nosso relacionamento em segredo das pessoas.  - Ela fala receosa e eu entendo o motivo da distância que ela está impondo entre nós.

- Bem, se você continuar andando tão longe de mim eles vão realmente começar a pensar em coisas que não deveriam. - Digo com calma para que ela não comece a pensar que estamos nos desentendendo

- Então você sabe que andar abertamente ao seu lado pode por em risco nossa relação e a minha imagem? - Rebateu e eu a puxei gentilmente para perto, pensando em acabar com distância boba e sem sentido entre nós.

- Somente se agir estranha todas às vezes que estivermos juntos em público. Além disso ninguém a conhece, não precisamos andar abraçados, ou algo assim. Porém se ficar perto de mim, não vamos chamar a atenção indesejada das pessoas.  - Sorrio de lado enquanto a olho, me encarar com o brilho no olhar. De que? Eu vou descobrir.

- Não se sente mal em ter que andar comigo as escondidas?.- Eu não esperava que Aruna me questionsse sobre tal coisa.

- Não. Você é maior de idade e quer a mesma coisa que eu! Não tem porque eu me sentir mal. Com o tempo vai descobrir que as coisas são mais simples, do que parecem ser. - Respondo olhando para ela com curiosidade.

- Espero aprender isso logo - Murmurou.

- Você se arrependeu de estar aqui comigo? - Pergunto achando que esse é o motivo da pergunta de Aruna.

- Não me arrependo de nada! Só de repente parai para pensar que tudo entre a gente parece ser errado ou proibido. Mas eu sei que quero muito estar com você, e também você não é casado, ou algo semelhante a isso. Para que eu sinta que nós dois, seja um erro do destino.

Então de repente ele para de andar e fica parada olhando para mim. Enquanto eu também fico parado olhando para ela só que com as batidas do meu coração dentro do peito, aceleradas porque sem querer imagens de Laís veio a minha mente, e eu não posso deixar de suspirar com pesar ao pensar nela.

- Você não tem ninguém né? Digo, na sua vida? Uma mulher? - Aruna pergunta. E gostaria que ela não tivesse perguntado sobre um assunto tão delicado.

- Sabe que não  - Digo pensando nos sentimentos que ainda tenho por a mulher que sou apaixonado, mas que tiver que abrir mão.

- É, eu sei. - Responde desanimada e eu não quero ver Aruna triste. Por isso, mudo o rumo do assunto entre nós.

- Por aqui, tem algum lugar especial que você queira ver? - Olha a multidão a nossa volta e acho intrigante como o espaço aqui, parece pequeno. O barulho, cores vibrantes, vacas andando livremente, o ar pesado, saneamento básico precário, tudo parece distante da realidade que convivo no meu cotidiano.

- Acho que não  - Olhando para o mesmo lugar que eu. Um homem passou quase que esbarrando no ombro direito dela, mas eu a puxei para mais perto de mim, e impedir tal contato indesejado.

- Então, vou ter que arrumar um - Falo tendo uma ideia do que vou fazer.  Pesquisarei os pontos turísticos da cidade, levarei ela a um deles. Com dinheiro que eu tenho posso fazer isso acontecer do jeito que quero. Sem ter que esperar ou fazer muito para conseguir o que desejo. Mas antes disso preciso levar Aruna em alguma farmácia por aqui, para que tome algum remédio que evite uma gravidez inesperada.

- Gostaria que me levasse em uma farmácia? Vocês tem isso por aqui não tem? - Perguntei.

- Farmácia? - pergunta

- Temos que comprar contraceptivos para você. Não tenho e não gosto de usar camisinha.  - Digo de um jeito que somente Aruna escute o que estou explicando a ela.

- Oh, meu Deus! - Grita e eu a puxo para um beco vazio, pois seja ela o que ela vai falar não pode ser dito, perto das pessoas a nossa volta.

- Calma! Cuidado com que vai falar.  - Aconselho, olhando o beco onde estamos a procura de alguém que possa nos ver ou até mesmo ouvir.

- Grávida? Eu posso estar grávida? - Questionou com lindo rosto assustado.

- Acho que não tem um bebê aqui dentro  - Digo tocando com carinho na sua barriga.  - Mas se quiser mesmo um bebê, eu posso fazer um em você  - Falei em seu ouvido enquanto seguro Aruna bem próxima ao meu corpo, que começou a reagir ao dela, sem muitos esforços.

- É mesmo? Pois acho que não está querendo ter um filho comigo, e sim me ter, como antes - Fala embarcando comigo nesse jogo perigoso de sedução que eu nem pretendia começar aqui nesse lugar.

- A minha garota está mais do que certa  - Respondo me afastando de Aruna apenas para segurar o seu rosto entre minhas mãos, enquanto olho para dentro doa seus olhos.

Eu não sei como essas insinuações baratas de flertar se tornaram interessantes para mim. E talvez a garota junto aos meus braços nem saiba como flertar contando apenas com o poder natural da sua sensualidade feminina para me pretender, e exatamente isso que a torna tão atraente aos meus olhos. No entanto mesmo que seja uma completa estupidez fazer isso aqui a luz do dia. Minha vontade é de beijar Aruna, e me perder no calor do seu corpo como já fiz antes, e que me parece uma eternidade agora.

- Ah, que se dane o perigo! E toda estupidez! Quero, sinto vontade, e vou beijar você Aruna! Não me rejeite, por favor  - Peco quase como um completo, desesperado. E em seguida, sem dar chance dela responder, depois de olhar mais uma vez ao nosso redor tomo a boca dela na minha do jeito que tenho vontade de fazer.

Aruna No Âmago Do CeoWhere stories live. Discover now