Capítulo 6

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Sana

Nunca mais bebo na minha vida.

Isso é uma promessa que faço. Acordar de ressaca, ao mesmo tempo sentir que é um lixo humano é um dos top 10 piores momentos da minha vida.

Levantei meu corpo, com todas as minhas forças restantes, da cama e encarei a televisão desligada do meu quarto. Fiquei encarando ela por alguns bons minutos até cansar, respirei fundo e então peguei meu celular deixado na cômoda do lado da cama. Assim que liguei vi algumas mensagens de Momo e Mina me perguntando se estava bem e outra de Jihyo.

Não preciso nem dizer em qual fui primeiro, né? Ignorei Momo e Mina e abri a de Jihyo:

[Jihyo]: Deixei Mina e Momo te levarem para casa
[Jihyo]: Espero que amanhã ainda esteja viva
[Jihyo]: Me liga quando acordar

Parei alguns segundos tentando lembrar o que aconteceu ontem para ela estar preocupada comigo... O péssimo julgamentos que nós duas tivemos, depois liguei para Momo e obriguei ela a me escutar xingar muito... Ah! A mensagem do meu pai. Possivelmente exagerei na bebida por causa dela.

Falando nela, eu realmente ainda não li, mas também não sei se estou tão a fim de passar raiva tão cedo em um sábado. Ignorei meus pensamentos e liguei para Jihyo. No terceiro toque ela atendeu.

Até que enfim acordou, pensei que passaria o dia dormindo. — Falou sem ao menos me dar um bom dia.

— Hahaha engraçadinha. Nem é tão tarde assim, tá?

Tomou algum remédio para dor de cabeça?

Olhei para a cômoda e vi que lá tinha um comprimido, provavelmente Mina ou Momo deixou ali.

— Vou tomar um agora. Porque queria que te ligasse de manhã? — Peguei a cartela e tirei um, foi tempo suficiente para Jihyo respirar fundo duas vezes e continuar falando. Eu já sabia o que ela queria dizer, mas estava deixando ela se contorcer com as palavras.

Ah! Nada de interessante, só saber se você está pronta pra perder pra mim... Mais uma vez. — Acabei rindo depois de engolir o comprimido.

— Eu só perdi na faculdade para você, Park. E todas eu deixei você ganhar. — Eu conseguia ver perfeitamente o sorriso que ela estava fazendo nesse instante. Um de querer realmente me matar.

Se você é feliz achando isso... Quem sou eu para acabar com seus sonhos, né?

E eu sou a crápula depois.

— Para de enrolar, o que quer comigo? — Ela respirou fundo mais uma vez. Vou ter que comprar uma bombinha de ar para ela.

Você tá bem? — Perguntou depois de alguns segundos em silêncio e dessa vez eu que travei.

Não que Jihyo não fosse de se preocupar comigo ou de demonstrar seus sentimentos, da forma dela eu sei que ela faz isso. Mas eu sempre travo quando ela me pergunta na lata assim e hoje, pareceu diferente, ela disse de forma mais profunda, como se realmente quisesse demonstrar mais de seus sentimentos.

— Até que enfim falou. — Levantei da cama e andei até o banheiro. Quando me olhei pelo espelho vi o quão ruim estava. — Eu estou bem sim, obrigada pela preocupação.

Mesmo?

O que está havendo com você hoje, Jihyo?

— Sim! Porque? — Adivinhem? Ela suspirou de novo.

Nada. Deixa quieto. — Fez uma pausa e eu aproveitei para tirar o telefone do ouvido, colocar no viva-voz e apoiar na bancada. — Tá ocupada hoje?

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⏰ Last updated: May 13 ⏰

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