Capítulo 1

638 76 46
                                    

Jihyo

Existem algumas coisas que podemos ter total certeza nessa vida: o tempo não volta, decisões vão nos levar a caminhos difíceis e diferentes, a morte é imprescindível e o fato de eu odiar Minatozaki Sana.

Mas não é odiar ela pelo fato que nós duas nos atormentavamos na faculdade, mas sim pelo fato dela se achar melhor que eu e também de achar que sabe algo de mim. A prepotência dela, isso que me irrita... Na verdade ela me irrita por si só.

Só que infelizmente não posso mentir e dizer que ela é inútil, porque isso é uma mentira das grandes. Sana é inteligente e sabe jogar muito bem o jogo do direito, isso assusta muitas pessoas, mas em mim só traz mais raiva, pois dessa forma ela continua achando que é melhor que eu.

Só que há algum tempo aconteceu o que eu mais temia: Sana e eu conseguimos achar um jeito de nos entendermos sem ser saindo no tapa. Eu e ela temos um caso casual que ninguém, repito, ninguém sabe e nunca poderá sequer imaginar. E nisso eu e ela concordamos.

Isso poderia ser ruim para nós duas, pois desde que nos conhecemos, a gente só briga. E nenhuma das duas está afim de dizer para nossas amigas em comum que elas tinham razão: Era tesão acumulado. E pior, nossas firmas são rivais. O quê só piora as coisas. Caso algo vaze sobre nós, nossas carreiras estariam no lixo na manhã seguinte.

E após uma manhã de segunda feira eu pude ter essa certeza.

Um novo caso tinha chegado na minha mesa, eu o abri e comecei a ler. Parecia ser um simples e fácil caso de briga entre uma família e uma empresa, apenas tirando o fato de ser simples e fácil. Era uma empresa grande e a alegação da família era que o CEO havia roubado milhões deles (milhões que eles nem imaginavam ter). Agora eles queriam esse dinheiro de volta e eu seria a advogada da família.

Esse nem era o problema, eu poderia muito bem ganhar o processo, mas era o que vinha em seguida. Naquela mesma manhã, meu assistente me avisou que a família estava no prédio. Saí da minha sala e fui em direção a sala de reuniões.

Na sala estavam um homem de meia idade, uma mulher e uma adolescente.

— Bom dia! Meu nome é Park Jihyo, mas acredito que já devem saber. — Terminei de falar dando um sorriso amarelo e me sentando à frente deles.

Os mais velhos riram comigo e a mais nova ainda estava séria.

— Senhorita Park, obrigada por aceitar nosso caso, muito obrigada mesmo! — A mais velha falou. — Meu nome é Kim Hayun, esse é meu marido Kim Minseok e essa é nossa filha Kim Siyeon. Vinhemos aqui, pois estamos em um leve desespero nessa situação.

Eu assenti e esperei alguém continuar, mas como não veio, fui eu quem continuei.

— Bem, agradeço por terem vindo me procurar. Agora preciso que vocês me contem o que exatamente aconteceu. — Juntei as mãos em cima da pilha de papéis que tinha levado e esperei.

— Kim Junseok nos roubou. — A garota falou pela primeira vez e olhei para ela. Os pais começaram a repreendê-la, mas levantei a mão e pedi que ela falasse. — Ele é irmão do meu pai e roubou a própria família apenas para o bem próprio. Demorou até meu pai perceber, mas eu já tinha visto e tentei alertar. E até que enfim você me escutou.

Ela olhou para o pai e percebi ele balançar a cabeça negando e sussurrando que não era bem assim, mas antes que eles dois pudessem discutir a matriarca falou.

— Silêncio vocês dois! Senhorita Park, não sabemos muito sobre as leis e essas coisas, mas eu sei que você sabe e é uma das mais competentes para isso, por isso peço sua ajuda para esse caso.

Analisei cuidadosamente os três que me olhavam com certa ânsia para ter uma resposta. Percebi que estavam mesmo desesperados e querendo justiça.

— Eu posso e vou ajudar vocês! — Escutei que todos soltaram o ar preso na garganta. — Mas antes preciso que me conte detalhadamente tudo que disseram, leram e principalmente o que ouviram.

E assim começou a minha manhã, ouvindo cada segundo do que a família me dizia, o que não era pouca coisa. Só que mal eu sabia que meus problemas estavam só começando.

No decorrer das horas, meu assistente bateu na porta e entrou. Seu semblante estava um tanto assustado quando veio até mim e disse apenas para eu escutar.

— O CEO Kim Junseok e a advogada dele estão aqui querendo um acordo com você. O quê faço?

— Deixe entrar. — Ele assentiu e saiu da sala. Me virei para a família. — Senhor e senhora Kim, o senhor Junseok e a advogada dele estão aqui para conversar. Parece que souberam que estão aqui e vieram tentar um acordo. O quê me dizem?

Enquanto eu dizia, conseguia sentir eles tensos.

— Não! — A filha e o pai responderam juntos. A mãe ainda estava um pouco relutante, mas aceitou o não.

— Provavelmente não querem que isso vá ao tribunal, mas vou deixar claro que isso irá sim! — Eu falei e pude sentir eles ficarem mais relaxados.

Mudei de lado e esperei os dois chegarem. Quando a porta abriu, um homem de terno muito bem alinhado entrou acompanhado de uma mulher loira, também de terno e um muito conhecido por mim.

Eles entraram e se sentaram à nossa frente. Ela não parava de sorrir para mim, um sorriso que ela sabia que eu odiava e que me deixava louca ao mesmo tempo. Ela sabia disso e usava ao favor dela.

E ainda me perguntam porque eu odeio tanto ela.

________________

espero que tenham gostado!!!! vejo vcs na próxima! deem muito amor pra ela, vcs não vão se arrepender

soph.

Alongside the Enemy - SaHyoNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ