VII - ɱαƚҽɱάƚιƈσʂ ɳα̃σ ԃιɾιαɱ ɱҽʅԋσɾ

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07:42

--V.D.--

Mal o professor entrou na sala, Osamu sentiu algo estranho percorrer-lhe o corpo. Ele era tudo aquilo o que Nakahara tinha descrevido. Feio, velho, nojento... Estar ao pé dele dava um mau pressentimento. Acho que... O inferno vai começar... Merda.
-O que achou? - o ruivo perguntava com repulsa no olhar.
-Tal qual o que você disse... - Dazai respondeu igualmente enojado.
-Bom alunos, abram o manual na página 20 - o professor começou a aula - vamos corrigir os trabalhos que mandei fazerem antes de mais. Depois escrevemos o sumário.

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Durante a aula, vários olhares eram direcionados a Osamu e aos seus braços por parte dos alunos. Era uma sensação horrível. Ele só não queria sofrer outra vez. Mas não teve sorte. Ele conseguia ouvir minimamente o que era dito em meio a todo aquele burburinho:
-O Ichiro me disse que o Dazai o assediou!
-O quê? Ele é mesmo doente!
-Deficiente.
-Ai, não encoste nele!
-Que nojo!
-Vai ser assediada!
-Olha que ser homem não te salva, ele assediou o Itazura...
Ele sentiu as lágrimas se formarem, mas não podia chorar ali. Ia piorar ainda mais a sua situação.
Osamu colocou a mão no ar.
-Professor, eu não estou me sentindo muito bem, pode me dizer onde é o banheiro?
-Sim, é logo à direita a terceira porta.
-Obrigado. - o moreno então começou a correr, pois não conseguia mais conter as lágrimas quentes que se haviam formado no canto dos seus olhos escuros.

Dazai se trancou em um cubículo e se sentou em cima da tampa da privada. Que patético que eu sou. Porque tudo tem de ser assim? Eu devia morrer logo... Porque ainda não consegui?
Osamu cravou as unhas na palma da sua mão com força. Doía, mas ele mantinha-se calado, ele pensava merecer tal dor. Por fim, a cor avermelhada do sangue se tornou visível e ele largou a sua mão para analisar o estrago que causara. Mais uma marca feia para a coleção. Por fim, o moreno se desmanchou em lágrimas. Porquê? Porque é que existia tanto preconceito? Tanto repúdio? Porquê?
Osamu abriu ligeiramente a portinhola do cubículo e olhou para o grande relógio pendurado na parede. A aula já tinha acabado, mas ele não estava com vontadinha nenhuma de sair dali e ser julgado novamente. Então deixou-se ficar. E se o Chuuya fôr julgado por andar comigo?
Ele não teve tempo de terminar o seu pensamento, pois uma voz irritadiça e familiar ecoou nas paredes frias do banheiro:
-Dazai? Dazai, está aí? Você tá se sentindo bem? ME RESPONDE CARALHO!
-S..sim, estou aqui.
-Você está chorando?
-N..não... - o moreno mentiu com voz chorosa.
-Abra a porta.
-Tá aberta.

--V.C.--

O ruivo abriu a porta e viu Dazai tremendo, o rosto ensopado em lágrimas.
-Ei, o que fez você ficar assim?
-Estavam falando que eu assediei o Itazura... E que eu era doente... E que meus braços... - o moreno soluçava.
-Quem falou isso?
-A turma quase inteira...
Chuuya então viu o sangue, se lembrando do moreno a falar que algumas vezes ele se cortava.
-Me dê sua mão.
-Não...
-Me dê. Por favor.
Meio a medo, Osamu estendeu a mão e Chuuya viu a marca ensanguentada na palma da mesma.
Rapidamente, Nakahara pegou um pouco de papel, foi à torneira molhá-lo, e o colocou sobre a ferida fazendo pressão.
-Segure no papel, e faça força para estancar o sangue.
Dazai obedeceu e o ruivo pegou um pouco mais de papel, limpando em volta com cuidado. Em seguida, retirou um penso rápido do bolso e colocou-o na mão de Osamu.
-De nada, agora vamos.
-Mas e as pessoas?...
-Se falarem de você eu acerto uma bicuda na fuça de cada um deles.
Dazai deu uma pequena risada.
-Tá, só preciso de secar o rosto.

No caminho de volta para a sala já vazia pelo fim da aula, Osamu encarava a sua própria mão, revivendo na sua mente o momento em que Chuuya cuidou dele.
-Osamu, tá aí? - Nakahara moveu a sua mão na frente do rosto do moreno.
-Quê? Ah, tou sim.
-Vamos, cavala!
-Tou indo, Chibi!
Os dois entraram na sala de aula e quase esbarraram com Yosano. O seu rosto era amedrontador.
-Aaaaaah.... Está tudo bem?
-Vou só dar uma liçãosinha no Itazura - Akiko fez uma especial entuação na palavra "liçãosinha" enquanto estalava os seus dedos.
-N..não precisa... - Osamu falou.
-Yosano, me deixe ser eu a bater nele em outro dia.
-Tudo bem, Chuu.

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--V.D.--

No fim das aulas, Osamu arrumou as suas coisas. O ruivo se aproximou e perguntou:
-Vamos ir pra casa sempre juntos agora?
-Por mim pode ser.
Os dois se encararam durante algum tempo, vulgo 5-10 segundos, e Chuuya quebrou o silêncio puxando Osamu pelo braço.
-Vamos.
-Calma, tampinha!

Já na estação, os dois entraram no metrô. Osamu entregou um dos seus fones para Nakahara e colocou a música a dar. Durante a viagem, eles ouviram Hight School Sweethearts - Melanie Martinez, AYA - MAMAMMO, I Wanna Be Yours - Artic Monkeys, Everyone Is Gay - A Great Big World, Boyfriend - Dove Cameron, You Need To Calm Down - Taylor Swift, Slumber Party - Ashnikko feat. Princess Nokia.
Quando chegaram, se despediram e cada um entrou em sua casa. Odasaku notou o curativo feito na mão do sobrinho.
-Você se machucou?
-Sim, mas o Chibi me ajudou.
-Chibi?
-O Chuuya.
-Ata.
Osamu subiu para o seu quarto. Se deitou na cama de barriga para cima e ficou encarando o seu retrato feito por Nakahara.
-Como é que ele é tão talentoso?...
Por fim, o moreno se levantou e pegou a fotografia da mãe.
-Oi mãe, ainda não consegui ir ter consigo, me desculpe. Hoje os meus novos colegas de turma me zoaram durante a aula. Eu fui no banheiro e me tranquei a chorar... E me machuquei. Mas depois o Chibi apareceu porque a aula já tinha terminado, aí ele me fez um curativo e ele e a Yosano me reconfortaram. Eu tou feliz que ao menos eles me aceitaram. Eu acho que.... O Chibi vai virar um amigo muito importante para mim. Eu espero também conseguir ser assim para ele.

Osamu foi interrompido prlo barulho de notificação. Era o ruivo, que Dazai tinha colocado como Tampinha.

Tampinha ≧◉◡◉≦

Oier

Oiieerrr

Se importa de vir a minha casa agora? Estou com dúvidas na lição de casa...

Acho que não tem problema
Espere só um pouco

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O moreno desceu as escadas e chamou o tio.
-Tio Odaaaaa.
-Oi?
-Vem cá.
Dazai mostrou o chat com o amigo ao tio.
-Posso ir?
-Depende. Você quer ir?
-Sim.
-Então pode, quem sou eu pra proibir? - ele falou descontraidamente.
-Obrigado.

__________(´・ω・')__________

(1109 palavras)

*capítulo não revisado, qualquer erro comente para eu corrigir*
Obrigada por ler 😊😊😊 Espero que esteja gostando
*Qualquer desenho utilizado nessa fic daqui para a frente é da minha autoria e serão todos feitos em papel, não esperem grande coisa. Poderão utilizar em trabalhos vossos se indicarem que o desenho é meu*
Vota aí família
Bjs,
Martha

ιɠυαʅɱҽɳƚҽ ԃιϝҽɾҽɳƚҽʂ: ʂσυƙσƙυ - ԋιɠԋƚ ʂƈԋσσʅWhere stories live. Discover now