IV - ɱҽƚɾσ̂

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10:20

--V.D.--

-Bom - Dazai secou as lágrimas - estamos ficando atrasados para a aula. Vamos?
-Sim.
Já mais calmos, os dois caminharam o resto do caminho de volta para a sala e sentaram-se nos seus lugares, mas antes disso, Dazai obrigou Itazura a limpar o sangue na mesa de Nakahara. Foi gratificante para o ruivo ver o rosto assustado e contrariado de Itazura Ichiro enquanto era observado por aquela aura apavorante. Depois de tudo feito, Osamu sorriu orgulhoso de si como se tivesse sido ele a limpar.
-Pronto, obrigado, agora some da minha vista, seu verme. - Osamu proferiu de forma ríspida e grosseira.
Ichiro olhou de lado e foi se sentar.
-Que facinho de manipular - Osamu comentou com um sorriso amarelo no rosto enquanto olhava para o rapaz de fios pretos.
-Parece até que você faz isso regularmente.
-Eu??!!!... É, talvez...
-Quê?!
-Brincadeirinha! Ou não...
-Ai, desperdício de bandagens, cala boca!
-Calma, calma!
Chegou um professor de outra disciplina na sala. Todos pensaram que vinha se queixar do barulho como era habitual, mas não.
-Alunos, prestem atenção, infelizmente um amigo muito próximo do professor Fukusawa faleceu, então ele não poderá estar presente. Ele deixou trabalho, então podem se juntar a pares ou fazer sozinhos, nada de trios ou grupos maiores. Irei escrever no quadro o que têm para fazer. Não estão disponíveis professores para cobrir esse furo, tô confiando em vocês. Bom trabalho e por favor façam o mínimo barulho possível nas trocas de lugar, pois estão a decorrer aulas.
-Ei, rolão de papel higiênico, você faz comigo?
-Pode ser. - Dazai arrastou a carteira um pouco para o lado, juntando-a com a do ruivo.
-Oxi, a tua mesa é mais baixa que a minha, tampinha. - o moreno riu.
-Eu. Vou. Crescer! - Nakahara gritou raivoso.
Ao ler o que era suposto fazer, Osamu suspirou desmotivado.
- Não gosto de português.
-Eu também não, mas estou feliz que não seja matemática.
-Também eu. Só espero gostar do professor, se não fica ainda pior.
-Teve azar, ele é um chato. E é esquisito. Odeio a forma como ele olha para mim e pra todo mundo. Além disso ele é um velho feio.
-Meu Deus, eu sou ateu, mas me diz, o que fiz eu para merecer isso? - Dazai perguntou cínico olhando para o teto. Nakahara riu. Que risada linda.
-Vamos, temos de fazer um texto de opinião. O professor acha que a gente não se lembra como se faz, porque eu aprendi isso no 6° ano. Bla bla bla, nós somos muito fracos a português... - Chuuya imitava o professor de forma infantil e irritada, revirando os olhos e fazendo o moreno rir.

Eles começaram a pensar em vários tópicos para colocar na redação. O tema era manuais digitais e, para quem acabasse mais cedo, uniformes escolares.
-Eu penso nos prós, você pensa nos contras, tá?
-Tudo bem, tampinha.

[...]

Passou meia hora.
-Já tem quantos, ô cavala?
-Hhhm, preguiça de contar, mas são bastantes. Leia os seus que eu leio os meus.
-Tá. Vantagens: Menos peso na mochila dos alunos, menos gasto de papel, menos espaço necessário para armazenamento, aulas mais dinámicas, acesso a vídeos, áudios e coisas do género. Agora você.
-Desvantagens: dependência tecnológica na aprendizagem, nessecidade de todos os alunos terem equipamentos tecnológicos, pode agravar as desigualdades entre os alunos, dificuldade no manuseio de alguns equipamentos tecnológicos por parte de alguns professores, problemas causados nas crianças pelo elevado número de horas à frente de ecrãs.
-Meu Deus, tanta coisa. Tá, vamos começar a escrever a redação.

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As aulas terminaram e Osamu arrumou as suas coisas, dando tchau para os novos amigos e saindo. Com a pasta no ombro, começou a caminhar para dentro da estação do metrô.
-Tu me dis de rentrer chez moi en métro ? On a déménagé, je suis horrible de me promener dans ces trucs ...
Osamu começou a ouvir alguém falando francês, o tom de voz parecia um pouco preocupado. Osamu resolveu tentar chegar ao sítio de onde vinha a voz.
-Je vais essayer d'y aller seul .
Dazai reconheceu aquele pontinho laranja no meio da multidão. Chuuya.

--V.C.--

Nakahara desligou a chamada e se assustou com Osamu na sua frente, olhando pra ele.
-Credo, praga, que susto!
-Fala francês?
-Sim, eu sou francês. Já tinha falado, não se lembra?
-Bem me parecia. Minha memória é assim mesmo, ignora... Mas parecia aflito na chamada. Aconteceu algo?
-É que a gente se mudou e eu não sou muito bom andando de metro, sabe... Mas hoje meu irmão teve de ficar trabalhando até mais tarde, então não pode vir me buscar como é habitual.
-Quer que eu te ajude?
-Tá, obrigado.
-Estou apenas retribuindo o favor. - Osamu lhe ofereceu um sorriso pequeno. - Venha, o metro tá parando agora.
Os dois entraram no metro e felizmente conseguiram encontrar duas cadeiras vagas, uma do lado da outra, então se sentaram. Osamu abriu uma imagem das linhas do metro na tela do celular e perguntou:
-Em qual estação você tem de sair?
-Essa. - Chuuya apontou com o dedo no ecrã.
-É a mesma que eu, que legal.
Osamu então conectou seus fios ao telefone e passou um para Chuuya, que colocou no ouvido. Então Dazai colocou sua playlist. Durante o caminho, eles ouviram Soap - Melanie Martinez, jealousy, jealousy - Olivia Rodrigo, AYA - MAMAMMO, Everyone Is Gay - A Great Big World, I Wanna Be Yours - Artic Monkeys, Shinonuga E-Wa - Fujii Kaze, Oh No! - MARINA, Cake - Melanie Martinez, Daisy - Ashnikko, The Cult Of Dionysus - The Orion Experience.
Chegaram à estação em que os dois saíam e se levantaram, encaminhando-se à saída da estação.
-Agora eu vou para a esquerda, você também, Chibi?
-Sim, minha casa é para ali também, cavala.
-Então venha comigo!
Os dois caminharam mais um pouco lado a lado.
-Então, Chibi, você tem namorada ou namorado?
-Hm? Não, nem um.
-Sério, nunca sequer teve um?
-Não. Eu nem tenho noção de qual é minha sexualidade, tá vendo o nível em que isso está? Mas e você?
-Eu já, agora estou sozinho.
-O que aconteceu para se separarem?
-Bom, eu já tive um namorado e duas namoradas. O primeiro não deu certo porque ele me usou e depois me traiu, me descartou como um lixo, sabe? A segunda achou minhas cicatrizes nojentas, então me deixou e trocou de colégio para nunca mais me ver, sem contar que antes disso lançou imensos boatos sobre mim por toda a escola. A terceira era super possessiva e não me deixava ir a lugar nenhum sozinho, então eu acabei com ela.
-Meu Deus, seu histórico de relacionamentos é além de mau, agora eu fiquei até com um pouco de medo de namoros, credo.
-É, não tive muita sorte. Oh, cheguei.
-Oxi, minha casa é essa do lado. - Chuuya apontou para a vivenda do lado da de Osamu. Seu irmão pelo visto tinha acabado de chegar também, já que estava destrancando a porta.
-Salut Chuu, comment s'est passée ta journée ?
-Ça s'est bien passé, merci ! Dazai, até amanhã.
-Até.

--V.D.--

Osamu assistiu o amigo novo entrar em casa com o outro homem que o aguardava, e finalmente o seu sorriso fugiu dos lábios novamente. Entrou em casa, já com uma personalidade diferente.
-Cheguei, tio.
-Como correu o dia, Osamu?
-Bem.
-Fez um amigo?
Odasaku esperava a mesma resposta seca de sempre, mas surpreendeu-se com o retorno.
-Sim, fiz um amigo que me apresentou os seus amigos. Eles são seis no total.
-... Uau, parabéns! Era aquele ruivo baixinho que estava caminhando com você?
-Calma, você esteve me observando?
Oda tinha acabado de se entregar a si mesmo.
-Oops...

__________(´・ω・')__________

(1260 palavras)
*capítulo não revisado, qualquer erro comente para eu corrigir*
Obrigada por ler 😊😊😊 Espero que esteja gostando
*Qualquer desenho utilizado nessa fic daqui para a frente é da minha autoria e serão todos feitos em papel, não esperem grande coisa. Poderão utilizar em trabalhos vossos se indicarem que o desenho é meu*
Vota aí família
Bjs,
Martha

ιɠυαʅɱҽɳƚҽ ԃιϝҽɾҽɳƚҽʂ: ʂσυƙσƙυ - ԋιɠԋƚ ʂƈԋσσʅWhere stories live. Discover now