II - ƚυɾɱα 12° ϝ

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07:05

Nakahara descalçou as suas sapatilhas e levou-as na mão até ao balneário. Dazai apenas o seguiu e esperou por ele na porta do balneário.

--V.C. (Visão do Chuuya)--

Chuuya foi até ao seu saco que estava pendurado em um dos cabides do balneário. Retirou de lá shampoo, condicionador, máscara capilar para caracóis, um pente, uma mola e uma toalha. Encaminhou-se às cabines de duche e pendurou a sua toalha no cabide que havia do lado de fora, para quando saísse do banho.
Colocou os seus produtos alinhados no chão ao canto da cabine, e começou a despir-se.
Pendurou as suas roupas ao lado da toalha e ligou a água fria.
A água molhou todo o corpo do ruivo e levou consigo não só o suor que escorria na sua testa, como os pensamentos que enchiam a sua mente. Ao bater nos seus músculos cansados,relaxava-os. Precisava estar de cabeça fresca para o início das aulas.
Espalhou um pouco de shampoo nos seus cabelos e começou a massagear o couro cabeludo com os dedos, fazendo bastante espuma.
Passou por água e aplicou na sua mão uma pequena quantidade de condicionador, que espalhou pelos comprimentos dos seus fios ruivos. Usou o pente para desembarassar enquanto o produto fazia o efeito, e em seguida, enxaguou.
Colocou um pouco de máscara nas suas mãos e passou nos cabelos. Os prendeu com a mola e ficaram assim enquanto ele lavava seu corpo.
Depois de passar seu corpo e cabelo por água, ele desligou a torneira.
Chuuya enrolou a toalha em seu corpo e pegou a roupa suja, a arrumando no seu saco. Em seguida se secou e vestiu o uniforme, deixando a camisa social de manga curta com três botões abertos. Nakahara não pôs a gravata, não gostava dela. Era feia. Em seguida calçou-se, colocou seus três brincos em cada orelha, a sua gargantilha preta, e as suas luvas de couro. Penteou o cabelo, finalizou os cachos e colocou o seu difusor no secador do balneário, secando o seu cabelo. Por fim, guardou todos os produtos e todas as coisas no saco, fechou-o, e saiu.

--V.D.--

O que pareceu ser uma meia hora depois, Chuuya saiu do balneário finalmente.
-Até que enfim! Achei que tivesse morrido lá dentro. - brincou Osamu.
-Cala a boca e me segue.
Os dois saíram do estúdio e desceram um andar, começando a andar por um corredor largo e cheio de salas de aula do 10° ao 12° ano. O seu irmão Akutagawa andava no 9°, então era no andar debaixo.
Durante o caminho, o moreno observou Nakahara.
-Cara, tu tem certeza que é do 12°? Você tem a altura que eu tinha no 8°.
-Cala a boca, eu vou crescer, viu!? Só tenho 16 anos, um dia vou crescer e ficar mais alto que você!
-Eu vou esperar por esse dia por enquanto. Quanto que tu mede, tampinha?
O ruivo sorriu convencido.
-1.61m, cresci um centímetro desde fevereiro! E você?
-1.81m.
-Caralho, tu é um pé grande ou quê?!
-Não, tu é que é um anão de jardim mesmo.
-Não sou não!
-Credo, tu é um pouco irritadiço. Mas falando sério, tu pareçe até um chibi. Vou te chamar assim.
-AEEE?! EU VOU TE CHAMAR DE CAVALA ENTÃO, DAZAI DE MERDA!
Osamu apenas ria.
-Calma, Chibiii.
-Ah, chegamos. Essa é a sala.
O professor surgiu atrás deles.
-Bom dia professor. - Chuuya comprimentou o homem, agora com uma atitude completamente diferente e gentil.
-Bom dia, Chuuya. Você deve ser o aluno novo, Dazai.
-Sim, sou eu.
-Está um calor insuportável, tire esse casaco!
-Ah...tudo bem.
Dazai então retirou o casaco um pouco inseguro, olhando para o chão enquanto revelava as suas ligaduras. O professor olhou de forma estranha, mas preferiu não dizer nada para não incomodar ainda mais o aluno.
-Você está bem? - Chuuya perguntou.
-Sim.
-Ok meninos, vamos entrar na sala. Chuuya, vá se sentar, Dazai, por favor fique ao pé de mim para se apresentar e eu lhe indicar o seu lugar.
-O...ok.
Nakahara se dirigiu ao seu lugar e o professor entrou na sala seguido pelo moreno, que logo recebeu olhares de julgamento direcionados aos seus braços. Osamu encarou o chão e ouviu uma risota baixinha vinda dos alunos, o único que não se ria era o ruivo que conheceu minutos antes. Apesar de temperamental e irritadiço, Chuuya era bem simpático. Osamu esperava poder considerá-lo um bom amigo no futuro.

-Meninos, façam silêncio e deixem ele se apresentar.
-O..olá a todos. Meu nome é Osamu Dazai, tenho 16 anos e espero me dar bem com todos daqui. - Dazai forçou um sorriso.
-Muito bem vindo Dazai, pode se sentar ao lado do menino Nakahara, naquela cadeira livre.
Os outros começaram a troçar novamente:
-Iiih ala, se sentando ao pé do perdedor!
-Olha só a múmia e o trans juntinhos!
-Olha lá, o bailarino e o doente!
Osamu se sentiu triste ao perceber que Chuuya também sofria por conta da sua aparência, ainda por cima o ruivo até era bem bonito.
Chuuya se virou para ele e sorriu pequeno.
-Não ligue para eles, são uns bocós imbecis...
-Eu sei. Obrigado por mais cedo.
-De nada.

[...]

--V.C.--

Durante a aula, Chuuya aproveitou para observar Dazai de perto. Seus olhos escuros sem brilho, suas olheiras fundas, tapadas pelos fios escuros. O seu sorriso havia sumido, ele estava bastante magro, e Chuuya se perguntou se ele andava comendo bem.
Seus braços eram finos e estavam cobertos de bandagens, assim como todo o seu corpo esguio.
O moreno tinha uma aura intimidadora, dava medo olhar nos olhos dele.
Suas mãos eram grandes e seus dedos ossudos brincavam com a caneta azul enquanto ouvia as explicações do professor.
Ao perceber que já tinha observado tudo, Nakahara pegou um lápis e começou a retratar Dazai no seu caderno, para passar o tempo.

--V.D.--

Osamu sentiu-se observado. Olhou para o lado e viu que Chuuya desenhava qualquer coisa. Ao olhar um pouco mais, percebeu que era ele. E como o ruivo era talentoso! Cada fio de cabelo, cada cílio, faziam parecer cada vez mais o Dazai. Os seus olhos escuros, o seu corpo magro, aquele desenho fazia o moreno parecer uma verdadeira obra de arte.
Dazai sorriu e virou-se para o professor, pousando para o ruivo, que sorriu também ao perceber o ato do maior.

Estava quase no fim da aula. Osamu sente um papel ser atirado contra a sua bochecha e abre-o. Era o desenho que o Chuuya tinha feito de si. O moreno sorriu e olhou para Nakahara, que desviou o olhar envergonhado. Dazai percebeu que havia mais um papel dobrado ali dentro. Ele abriu. Estava escrito em uma letra bonita "Somos amigos agora? Sim. Não."
Osamu deixou escapar um sorriso genuíno e rodeou a palavra "Sim", atirando o papel de volta.

--V.C.--

Aquele sorriso do moreno ao ler o bilhete tinha sido genuíno. Chuuya achou-o bonito, e isso fez ele sorrir também. Alguns segundos passaram e Chuuya sentiu o papel de volta na sua cabeça. Empolgado, abriu o papel e viu a palavra "Sim" circulada. Sorriu animado. Tinha mais um amigo.
A aula acabou e todos se levantaram.
-Dazai.
-Sim, Chibi?
-Agora eu vou te apresentar o meu grupo de amigos.

___________(´・ω・')_____________

(1213 palavras)
*capítulo não revisado, qualquer erro comente para eu corrigir*
Obrigada por ler 😊😊😊 Espero que esteja gostando
Gente, acho que vou tentar publicar sempre nas segundas e nas quartas, se eu não publicar nesses dias é porque não consegui acabar a tempo.
Vota aí família
Bjs,
Martha

ιɠυαʅɱҽɳƚҽ ԃιϝҽɾҽɳƚҽʂ: ʂσυƙσƙυ - ԋιɠԋƚ ʂƈԋσσʅOnde as histórias ganham vida. Descobre agora