Droga

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No alvorecer seguinte, desperto ao chamado de Xuxa.

Inusitado, já que ligações entre nós são raras, logo, pressinto uma urgência.

Me lembro bem da última vez que falei com Xuxa em sala de aula, estávamos falando sobre Amélia...

"Bom dia, Xuxa."

"Houve algo..."

"Oh, meu Deus, fale."

"É Amélia, irmão."

Nesse instante, deixo o celular cair e me assento ao chão, nervoso ante o desconhecido.

"Eu a vi, ontem, ela... beijou outro cara."

"Ela... Ela fez o quê?"

"Sinto muito, irmão, sei que gostava dela."

"Tudo bem, gostava, sim, mas isso... já não importa."

Droga.

Droga.

Droga.

Uma lágrima desliza em minha face, enquanto meus punhos golpeiam o chão com força, como se fosse uma criança perdendo suas esperanças em algo vital.

Das 6 às 7Where stories live. Discover now