Obrigado Amélia

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"Obrigado por resgatar meu fone, Amélia."

"Ah, não foi nada, George Michael."

Ela solta um riso leve. Eu gosto disso.

Escondo ao máximo o sorriso em meu rosto enquanto guardo meu fone na mochila, demonstrando todo um cuidado específico e aparentando me importar de verdade com ele.

"Então você conhece?"

"Sim, também gosto da música."

Em silêncio, deixei-a conduzir.

A conversa fluindo, como rio a correr.

Bobo, ainda, pelo encanto sutil de gostarmos da mesma música.

Subimos ao segundo andar, lado a lado.

No banco, ela se assenta, como destino traçado até que a dúvida nasce, em minha mente e coração.

Será que nossos caminhos entrelaçados, seguiriam rumos diversos, no decorrer? Ou seriam linhas variantes, destinadas a convergir no mesmo ponto, no final do percorrer?

O mistério do destino, tecido em fios finos, nos leva a questionar, o porquê e o como. Mas no encontro marcado, no banco do segundo andar, aceitamos o destino.

Longos minutos de conversa se estendem, e eu noto que consigo entender cada uma de suas palavras soltas entre sorrisos.

Esse sentimento me parece ser recíproco.

Das 6 às 7Onde histórias criam vida. Descubra agora