Das 6 às 7

Xuxa, meu bom amigo

Na sala, Xuxa indaga o motivo do meu sorriso radiante.

Xuxa, alcunha do meu fiel amigo, cujo cabelo longo lhe rendeu o apelido e a infância entre xuxinhas, me questiona: "Conheci alguém hoje."

Surpreso, ele mal acredita no que ouve. Meu melhor amigo, tão ligado a mim que se necessário, ocultaria um segredo sombrio ao meu lado. Aventuras compartilhadas, embora meu amadurecimento nos tenha distanciado, ele permaneceu, sempre presente, cada um em seu caminho, mas unidos pelo vínculo eterno da amizade.

"É bela?"

"Divina."

"Quantos anos?"

"Dezenove!"

Ele brinca: "É deste mundo?"

Cegado pelo amor, respondo: "Com certeza não!"

Claramente, ele percebe a seriedade em meu tom e expressão. Então, ele aperta minha mão, sorri e deseja: "Boa sorte, parceiro."

"Obrigado."

Após horas, a aula termina e retorno para casa, exausto pelo dia, mas ainda assim, carrego um sorriso terno, pois verei Amélia novamente amanhã.

Coloco meus fones para carregar ao lado da cama e adormeço em paz. Amanhã promete ser um dia maravilhoso, reflito em silêncio.