Royal High Academy

O Lee Heeseung da Royal High Academy

Capítulo 69

Não era como se Heeseung não estivesse preparado para o pior, então é claro que já tinha entrado em contato com o melhor advogado de Nova York, para o caso de as coisas se complicarem. Por isso, enquanto Nicholas era levado de forma dramática até a delegacia, ele já estava pendurado no telefone com o homem a caminho de lá também. Enquanto isso, os que sobraram no salão do baile de máscaras estavam sem clima para continuar dançando. Ninguém tinha entendido o que aconteceu, mas Daeshim estava satisfeito de que o preso da vez não fosse ele. Sunghoon até tentou conversar com o amigo para tentar entender a situação e oferecer ajuda; porém, o Lee garantiu que tudo estava sob controle. Também, antes de sair, deixou bem avisado a todos os presentes: Nicholas era inocente.

Na delegacia, o advogado de Heeseung logo descobriu que a polícia não tinha provas concretas. Um homem que não quis se identificar tinha aparecido naquela noite, alegando que quem encomendou a morte de Lee Woobin foi o senhor Shen Yu, dono da famosa marca de queijos e pai da ex-noiva de Heeseung. Ele tinha apenas algumas fotos que mostravam o senhor Shen em uma sala, entregando um frasco nas mãos de um rapaz, que ele alegou ser o veneno usado para matar Lee. O rapaz em questão foi identificado como Wang Yixiang, atual segurança de Heeseung. Juntando os fatos aqui e ali, era uma história que fazia sentido. Além disso, todos estavam desconfiados de Nicholas desde que deu seu depoimento. Como ele era o maior suspeito, resolveram invadir a festa para mostrar serviço, vinham sendo pressionados pela mídia e pela senhora Lee para encontrarem o assassino de seu esposo. Foi tudo pensado, já que fazê-lo durante uma festa da escola lotada de cobertura da mídia significava que agora toda Nova York já estava sabendo do ocorrido.

No entanto, eles não tinham qualquer prova de que o que continha no frasco na mão de Nicholas era o veneno que matou o senhor Lee, tampouco qualquer prova de que tenha sido ele a colocar o veneno na bebida. Sendo assim, ele obviamente não poderia ser levado preso de fato. Tudo não passava de um grande show.

— Eles não podem provar coisa alguma, não se preocupem — o advogado explicou. — Estão atirando para todo o lado, provavelmente é frustrante que não tenham encontrado o assassino depois de tantos meses. Vocês podem ir para casa descansar.

Heeseung agradeceu a ele e chamou um táxi para sumir dali o mais rápido possível. A mídia estava toda do lado de fora; queriam que ele dissesse o que tinha acontecido, que explicasse por que estava ao lado do suposto assassino de seu pai e quais motivos tinha para jurar que um reles segurança era inocente. Ele sabia que isso estava cheirando mal e que logo as pessoas iriam começar a conspirar. Ele realmente não tinha qualquer motivo para defendê-lo com unhas e dentes como estava fazendo; era péssimo para sua imagem. A não ser que fosse cúmplice dele. Muita gente sabia que Heeseung não tinha a melhor relação do mundo com seu pai, por isso não demorou nada para que começassem a teorizar que ele e seu segurança estavam por trás do assassinato, o que era um completo absurdo.

— Senhor, pare de olhar. — Nicholas tirou o celular da mão dele. — Não veja essas coisas.

O Lee assentiu e fechou os olhos, deixando um longo suspiro sair por seus lábios. Quando o táxi estacionou em frente ao prédio onde morava, a mídia também estava por lá. Ele passou por todos sem dizer nada, empurrando-os do caminho totalmente sem paciência. Nicholas estava sendo bombardeado de perguntas; não teria conseguido entrar no prédio se os próprios seguranças do local não tivessem ajudado. Eles subiram pelo elevador em silêncio e, quando entraram na cobertura, Kazuha já estava por lá.

— Quase não consegui subir, está insano lá fora. — Ela olhou de um para o outro um tanto ressabiada. — Isso é verdade?

— É claro que não, você acha que se fosse verdade ele estaria comigo aqui agora? Eles estão apenas tentando prender qualquer suspeito para acabar com isso de uma vez, e é claro que vão mirar nos mais pobres que não podem se defender.