Baseado no episódio 7x06 de Station 19.
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O sol da manhã pintava o céu com tons dourados enquanto Maya e Carina voltavam para casa após o funeral de Morris. O ar dentro do carro estava carregado com a gravidade da tristeza, e um silêncio pesado pairava entre elas, apenas quebrado pelo suave murmúrio do rádio.
Maya mantinha os olhos fixos na estrada, mas sua mente estava em outro lugar, mergulhada em memórias do amigo que agora se fora. Carina permanecia ao seu lado, sua mão apoiada gentilmente sobre a perna de Maya, um gesto de apoio silencioso.
Maya deixou escapar um suspiro cansado enquanto Carina estacionava o carro. Elas trocaram um olhar antes de saírem do veículo, compartilhando um entendimento silencioso.
Assim que entraram, Maya sentiu como se toda a tristeza que havia mantido contida durante o dia a atingisse de uma só vez. Ela desabou no sofá, as lágrimas finalmente encontrando seu caminho livremente por suas bochechas.
Carina se aproximou rapidamente, envolvendo Maya em seus braços reconfortantes. Ela acariciou os cabelos de Maya suavemente, deixando-a chorar enquanto oferecia seu apoio silencioso.
— Ele era uma boa pessoa - murmurou Maya entre soluços. - Não merecia o que aconteceu.
Carina apenas assentiu, sua expressão refletindo a tristeza compartilhada. Ela sabia o quanto Maya e toda a estação gostavam de Morris e o quão difícil estava sendo aceitar sua perda.
Enquanto o choro de Maya diminuía gradualmente, ela se afastou do abraço de Carina, olhando para ela com os olhos marejados.
— Estou preocupada com a Vic - admitiu Maya com um suspiro - Sinto-me uma péssima amiga por não ter percebido que ela precisava de ajuda. - Carina apertou gentilmente a mão de Maya, transmitindo conforto e compreensão.
— Nós faremos o que pudermos para ajudá-la - prometeu ela suavemente. - Juntas, sempre.
Maya respirou fundo, tentando controlar suas emoções.
—Preciso ver Liam - disse ela com a voz embargada. Carina assentiu, segurando a mão de Maya com firmeza.
— Eu irei buscá-lo em algumas horas na casa da Bailey - afirmou ela suavemente. - Você precisa descansar um pouco.
Maya permaneceu em silêncio, perdida em seus próprios pensamentos, e apenas assentiu com a cabeça. Carina envolveu delicadamente os braços ao redor dela e a guiou em direção ao banheiro.
No calor reconfortante do chuveiro, o som suave da água caindo proporcionava um certo alívio para a alma dolorida de Maya. Ela deixou mais lágrimas escorrerem, suas emoções fluindo livremente, enquanto Carina estava lá para cuidar dela. Em silêncio, elas se lavaram, compartilhando um momento de intimidade que transcendia as palavras. Carina permanecia ao lado de Maya, segurando-a com ternura enquanto o peso da perda e da tristeza continuava a pesar sobre elas.
Não havia necessidade de palavras naquele momento. O amor e o apoio mútuos eram suficientes para confortar seus corações partidos, enquanto elas enfrentavam juntas as dificuldades que a vida lhes apresentava.
Depois do banho reconfortante, vestiram roupas confortáveis e se dirigiram para a cama. Maya deitou-se com a cabeça descansando no peito de Carina, seus braços envolvendo suavemente a barriga dela. Era uma posição que normalmente era ocupada por Carina, mas naquele momento Maya precisava desesperadamente se sentir protegida e acolhida.
Carina acariciou gentilmente os cabelos de Maya, enquanto ela se aconchegava mais perto.
- Durma, bambina - sussurrou Carina, sua voz transmitindo calma e carinho. - Estarei aqui quando você acordar.
Com um suspiro cansado, Maya finalmente permitiu que seus olhos se fechassem, entregando-se ao consolo do sono e à certeza reconfortante de que Carina estaria ao seu lado, cuidando dela a cada momento.
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Maya acordou horas depois com o som da risada de Liam ecoando pela casa. Seus passos foram rápidos e suaves enquanto ela seguia na direção da alegria que preenchia o ambiente.
Ao chegar à sala, seus olhos foram imediatamente atraídos para a cena adorável diante dela. Carina estava deitada no sofá, com Liam sobre sua barriga, enquanto o bebê ria alto. Carina o fazia rir ao dar beijinhos em seu pescoço, criando um momento de pura ternura entre mãe e filho.
O sorriso que se formou nos lábios de Maya era acompanhado por um brilho de admiração e amor em seus olhos. Era um momento que ela não poderia ter imaginado algum tempo atrás, mas agora estava ali, diante dela, como uma prova tangível de tudo que ela tinha construído.
Maya observou a cena com uma mistura de felicidade e gratidão transbordando em seu coração. Ela se viu imersa naquele momento de pura alegria, reconhecendo profundamente a beleza da família que ela e Carina estavam criando juntas.
Naquele momento especial, as palavras reconfortantes de Carina no bar do Joe ecoaram em sua mente: "Você vai ser uma ótima mãe". Essas simples, porém poderosas palavras, haviam sido um raio de esperança em meio às suas incertezas, e agora, diante da cena calorosa diante de seus olhos, ela sentia uma profunda gratidão por ter alguém tão confiante em seu potencial como mãe ao seu lado. Era um lembrete reconfortante de que, mesmo nos momentos mais sombrios, o amor e o apoio de Carina sempre estariam presentes para guiá-la.
Carina percebeu Maya em pé na sala, observando-os com carinho, e sorriu gentilmente.
— Olha só quem decidiu acordar. - disse ela com um sorriso, seus olhos brilhando com amor.
— Você deveria ter me acordado. - Maya protestou, o sorriso sem sair do seu rosto.
Ao ouvir a voz de Maya, Liam sacudiu os bracinhos, emitindo um som de excitação. Seus olhinhos brilhavam com alegria ao reconhecer sua mãe. Com um sorriso radiante, Maya se aproximou deles, estendendo os braços para seu filho. Liam esticou os bracinhos em sua direção, ansioso pelo caloroso abraço de sua mãe. Sem hesitar, Maya o pegou no colo, sentindo uma onda de amor e gratidão inundar seu ser enquanto envolvia Liam em seus braços. Foram poucas horas longe e a saudade já estava a consumindo.
Carina observou a cena com um sorriso amoroso, dando espaço no sofá para que Maya se sentasse com Liam em seus braços. Com um suspiro de conforto, Maya afundou-se no sofá, sentindo a leveza de ter seu filho nos braços.
- Por que você não me acordou para ir buscá-lo na casa da Bailey? - Maya perguntou curiosa.
— Eu queria que você descansasse o máximo possível, amor. Você precisava desse tempo para se recuperar. - Carina respondeu com um sorriso gentil.
Maya assentiu, sentindo uma onda de gratidão pela consideração de Carina. Seus olhos voltaram para Liam, que a observava atentamente, uma mãozinha na boca, como se estivesse estudando cada traço do rosto de sua mãe. Carina então anunciou que iria preparar o almoço, e Maya percebeu, com surpresa, que sua barriga protestava pelas horas sem comer. Enquanto Carina se dirigia à cozinha, Maya ficou no sofá, brincando com Liam.
O dia passou tranquilo, com Maya permitindo-se desfrutar da companhia de sua família e deixando de lado, ao menos por um momento, o luto que ainda pesava em seu coração. Enquanto o sol se punha lentamente lá fora, ela refletia sobre a terapia marcada com Diane para o dia seguinte, esperando que pudesse encontrar algum consolo e paz em meio ao turbilhão de emoções que a envolviam.
Chegou a noite e, depois de colocarem Liam para dormir com todo carinho, Maya e Carina decidiram compartilhar outro banho reconfortante. A água morna os envolvia, criando uma atmosfera de paz e intimidade enquanto compartilhavam momentos de conexão. De volta à cama, desta vez com Carina deitada no peito de Maya, elas se aconchegaram sob os lençóis macios. Um beijo suave, sem pressa, selou o momento, lembrando-lhes da força do vínculo que compartilhavam.
E assim, abraçadas e envoltas no calor uma da outra, elas adormeceram, deixando para trás as preocupações e tristezas do dia. Em seus corações, sabiam que estavam juntas, enfrentando cada desafio lado a lado, e que, no final, o amor sempre seria sua âncora e sua fortaleza.
