Oi, gente! :)
Estou adorando o carinho que vocês estão dando a esta história. Continuem compartilhando suas opiniões, isso me motiva a escrever mais rapidamente. Espero que gostem deste capítulo!
Baseado no episódio 7x05 de Station 19.
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Maya permanecia acordada no dormitório da estação, onde ela e Carina estavam temporariamente instaladas. Apenas a fraca luz noturna do quarto iluminava os contornos suaves do rosto adormecido de sua esposa. Maya segurava delicadamente Carina nos braços, enquanto esta dormia tranquilamente.
Seu olhar desviou para o pequeno Liam, que dormia serenamente em um colchão colocado cuidadosamente no chão, envolto em cobertores e travesseiros para garantir sua segurança. Era um momento íntimo e silencioso naquela noite.
Maya refletia sobre a conversa que tivera com Carina mais cedo naquela noite, o coração apertando no peito ao lembrar da tristeza nos olhos de sua esposa ao mencionar que não poderia engravidar. Ela desejou ter estado na consulta para segurar a mão de sua esposa na hora da notícia.
Recordou vividamente o momento em que ofereceu a Carina seus próprios óvulos, uma proposta que, inicialmente, surpreendeu e emocionou Carina. As duas decidiram então tentar, animadas com a ideia de trazer uma nova vida ao mundo juntas.
Enquanto observava Carina dormir, um sorriso delicado iluminou o rosto de Maya; a ideia de ter uma mini versão dela mesma crescendo dentro de Carina trouxe um sentimento de alegria e realização. A conexão entre elas se fortalecia não apenas pelo amor, mas também pela esperança de um futuro compartilhado, agora com Liam ao lado delas. Maya sentiu-se grata pela união que compartilhava com Carina, sabendo que juntas enfrentariam qualquer desafio que a vida lhes trouxesse, mesmo sendo extremamente doloroso. Ela acariciou suavemente o cabelo de Carina, pensando na jornada emocionante que tinham pela frente, ansiosas pelo dia em que sua família se expandiria.
— Posso ouvir seus pensamentos, Maya.
Carina sussurrou sonolenta, fazendo Maya soltar uma risada baixa.
— Foi um dia exaustivo. - Maya suspirou, sentindo o peso do dia sobre seus ombros. - Finalmente me reconciliei com Beckett. Pedi desculpas pelo que fiz meses atrás, por ter comprado aquela garrafa. - Ela falou baixo, ainda envergonhada por ter feito o que fez. - E teve o surto de Vic com o prefeito na frente da imprensa. - Suspirou - Não sei se ela ainda vai ter um emprego depois disso.
— Eu vi na TV. - Carina respondeu agora um pouco mais desperta. - Algo está acontecendo. Ela não está bem.
— Eu sei. - Maya concordou. - Mas eu não acho que ela vai aceitar alguma ajuda agora.
— Vocês bombeiros são todos teimosos. - Carina disse com uma careta, arrancando uma risada da esposa. - Algo mais está te mantendo acordada? - Perguntou suavemente.
Maya suspirou, olhando para Carina com tristeza nos olhos.
— Estou sentindo muitas coisas ao mesmo tempo. - Ela disse, sentindo-se confusa.- Triste por saber que você não pode engravidar, sinto como se estivesse de luto. É estranho. - Ela disse com um sorriso triste. - Me desculpe não ter estado ao seu lado quando você recebeu a notícia.
— Está tudo bem. - Carina apertou a mão da esposa com carinho.- Eu sinto muito, Maya. Essa situação é difícil para nós duas.
As duas ficaram em silêncio por um tempo, compartilhando a tristeza que pairava sobre elas. Carina finalmente quebrou o silêncio, olhando nos olhos de Maya com ternura.
— Você tem certeza sobre usar seus óvulos? - Carina perguntou baixo.
Maya sorriu levemente, segurando a mão de Carina.
— Nunca tive tanta certeza de algo na vida como tenho disso.
Carina sentiu um nó na garganta, emocionada pelo amor de sua esposa. Elas trocaram um beijo suave, os lábios de Maya tocando os de Carina com delicadeza e carinho. Foi um gesto que transcendia as palavras, expressando o amor profundo que compartilhavam. Os olhos fechados, sentiram a conexão entre elas se intensificar naquele momento de ternura. Ao se afastarem suavemente, os olhares ainda unidos, um sorriso terno se formou nos lábios de Carina. Ela acariciou o rosto de Maya com a ponta dos dedos, como se tentasse capturar cada traço, cada sentimento.
— Espero que nossa filha nasça com os olhos azuis iguais aos seus. - Ela disse com um sorriso no rosto.
— Você espera que seja uma menina? - Maya perguntou maravilhada. Não havia parado para pensar na possibilidade de ser mãe de uma garotinha.
— Sim, - Carina respondeu. - Para que seja igual Andrea e eu. - Ela disse com um sorriso triste, o peito apertando com saudades do irmão.
Maya assentiu, compreendendo a importância desse vínculo emocional para Carina.
— Tenho certeza que seu irmão está muito orgulhoso da família que você está construindo - Maya falou, secando uma lágrima que escorreu no rosto de sua esposa. Carina olhou para Maya com olhos marejados.
— Hoje passei o dia pensando em como seria a relação que Andrea teria desenvolvido com o Liam. - Carina suspirou.- Eles teriam sido tão próximos, tenho certeza disso. Às vezes, imagino meu irmão contando histórias para ele, ensinando-o a andar de bicicleta ou a consertar coisas. É uma pena que Liam nunca tenha a chance de conhecê-lo. - Maya abraçou Carina com carinho.
— Eu sei, querida. Seu irmão era uma pessoa maravilhosa, também sinto falta dele.
Carina assentiu, enxugando as lágrimas. Lançou um último olhar para Liam, que dormia pacificamente, alheio à conversa ao redor. Então, se aninhou nos braços da esposa e suspirou. Maya beijou sua testa e fechou os olhos, pronta para recarregar suas energias, sabendo que o dia seguinte seria desafiador.
Ela sentia que as coisas no trabalho iam desmoronar a qualquer momento; o clima estava tenso e Vic provavelmente seria demitida. No entanto, naquele instante, com sua esposa em seus braços e o filho delas descansando tranquilamente ao lado, Maya permitiu-se ser egoísta e concentrar-se exclusivamente em sua família.
Porque ali, naquele abraço reconfortante, Maya sabia que estava onde pertencia, cercada pelo amor de sua família.
