Capítulo 4

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ᴊɪsᴜɴɢ

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ᴊɪsᴜɴɢ

Vi o Minho a ir-se sem dizer mais nada. E eu fiquei junto ao Chungho enquanto ele falava sobre o quanto se divertia. Não queria parecer desconsiderado, mas era impossível manter a minha atenção nele, quando tinha à minha frente a Evi a chorar junto das amigas. Não queria sequer imaginar como estaria o Minho.

— Jisung! — a voz do Felix tirou-me dos meus pensamentos, até o Chungho parou de falar. — Já vamos embora, e tu?

Virei-me para o Chungho e ele sorriu-me.

— Deves ir com eles. — disse ele. — Já é tarde.

— Não quero deixar-te sozinho. — respondi.

— É a minha festa, acredita que não ficarei sozinho.

Levantei-me e fui ter com os meus amigos depois de me despedir e desejar-lhe um feliz aniversário pela última vez antes de ele desaparecer da minha vista.

Deixei de prestar atenção aos meus amigos enquanto saíamos quando me deparei novamente com a Evi, ainda visivelmente alterada. Considerei aproximar-me e tentar ajudar um pouco, mas parei quando percebi que o Minho era a única razão pela qual alguma vez teríamos falado e que talvez isso me tornasse um mau melhor amigo.

Acho que a observei por muito tempo, porque ela olhou para mim de volta. Apenas apertou os lábios numa tentativa de sorrir. Levantei um dos meus polegares para perguntar se estava tudo bem e ela assentiu em resposta. Ninguém disse mais nada, nem mesmo um gesto. Voltei para os meus amigos e logo estávamos num carro, a caminho da minha casa. Todos decidiram ser uma boa ideia dormir lá, porque, embora não fosse a única casa próxima, simplesmente queriam incomodar-me.

Procurei por bolachas na cozinha e sentei-me na sala de jantar. Estava tão cansado que só conseguia olhar para fora por uma das janelas. Estive em paz até que chegou o Hyunjin.

— Queres dar-me uma disso? — perguntou. — Estou a morrer de fome.

— Adiante. — murmurei.

— Estás bem?

— Sim, só um pouco cansado.

O meu telemóvel, que estava apoiado na mesa, vibrou algumas vezes, anunciando uma chamada do Minho. Não esperei muito para a rejeitar e continuar a comer as minhas bolachas.

— Aconteceu algo com o Minho? — perguntou o Hyunjin. Tenho a certeza de que viu o nome dele no ecrã e também percebeu o desagrado no meu rosto.

— Não, e esse é o maldito problema. — respondi. — Não acontece absolutamente nada.

— Por isso não lhe respondeste?

— Não quero falar com ele.

Agradeci quando parou de perguntar. E agradeci ainda mais que o resto tivesse ouvido a nossa conversa e se tivesse aproximado para tentar alegrar-me a noite. Eles sempre conseguiam. A minha cabeça parou de dar voltas ao assunto do Minho e do meu amor não correspondido e, no seu lugar, veio o Chungho com o seu convite repentino. Sabia que os meus amigos mereciam saber e, sem dúvida, ajudar-me-iam com essa batalha que tenho com os meus próprios pensamentos.

Ilusion - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora