Viúva Negra - Os Sete Pecados De Sebastian Michaelis (CielxSebastian)

(Portifólio) Torta de limão

O portifólio é pequeno pois será apenas um trecho do dia a dia dos personagens principais da trama.

Nada muito aprofundado, é como um capítulo extra sem muita importância na narrativa.

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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝐋υׁׅ𝘅ᥙꭈׁׅᥡ⍴'꯱ㅤ۫
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ㅤ💭 ; Dia de compras !

O som dos sinos da Catedral de Westminster vibraram. Um sábado glorioso e nublado começará, mais um dia em que minha pessoa acompanhou os passos rápidos do ágil conde por entres as ruas de Londres. A multidão apertada preenchia as calçadas. Todavia, ao redor, carruagens atravessavam a avenida, sendo elas puxadas por cavalos robustos de raça.
O cheiro das belas flores frescas de floriculturas próximas impregnavam o ambiente caótico, trazendo mais cor e sentimentos fluviais. Como um rio calmo, mas ao mesmo tempo com cordilheiras traiçoeiras.

Era essa a visão que eu tinha de Londres. Magnífica, não?.

Carregando comigo, sustentava sacolas cheias, com uma grande variedade de peças recém compradas, sendo elas roupas de alfaiataria, encomendas a alguns dias atrás por mim.
Ciel estava crescendo bastante nos últimos meses. Deduzi que fosse apenas uma fase da puberdade, o que é completamente normal do meu ponto de vista. Afinal, humanos crescem e com isso passam por uma mudança corporal e hormonal.

A caminhada se encerra, mais especificamente no momento em que o pequeno conde de 1,57 fica frente a frente com uma belíssima vitrine, esta no qual exibia uma variedade gastronômica e doce. Grandes bolos de casamento, tortas recheadas com sabores exóticos e alguns bolinhos cremosos chamativos por suas cores vibrantes.

As mãos cobertas por uma camada quente de couro preto tocam o vidro da padaria. Ficando na ponta dos pés, o Phatomohive aponta para uma torta de limão em exibição. Abriu os lábios, deixando o céu da boca exposto, tal ação ocasionou na quentura da respiração embasando a vidraçaria.

Aproximo-me, iniciando o diálogo:

-- Mestre. - a ressonância de minha voz é calma. - Se for de vosso agrado, adentramos o estabelecimento e compramos a torta.

O olho esquerdo e azul escuro descoberto pelo tapa olho de couro, me encara profundamente. Ele toca o queixo, usando o indicador. Parecia pensativo sobre minha proposta.

Ciel: Quero a torta, mas estou pensando se vale a pena comprá-la - voltou a olhar a sobremesa, dessa vez em uma forma mais crítica. - Ela é bonita, porém, e se o gosto não for a altura da expectativa da imagem? Notoriamente, qualquer um que passe neste momento e veja a torta compraria apenas pela aparência. Não seria banal? Quero dizer...O homem compra o belo, em um sentido estético e não pelo sabor ou qualidade do produto. O que acha?

A filosofia do Phatomohive jovem me pega de surpresa. É interessante como suas frases e pensamentos à frente de sua idade faziam sua figura adolescente parecer mais velha. Maduro, bastante observador.
O fito, meus olhos carmesinos tentando buscar a compreensão do dilema que o azulado levantará.

-- Oque seria do homem sem a estética? Platão por exemplo acreditava que a beleza poderia corromper e influenciar negativamente o cidadão. Acredito que o belo pode ser sim agradável aos olhos, mas também amargo e áspero em termos de sabor e textura. Cabe ao civil descobrir se vale ou não seguir o fluxo da experiência. Em outras palavras: O senhor só irá descobrir se a torta é deliciosa, provando-a. - o dei o meu mais singelo sorriso de olhos fechados. -

Ciel: Compreendi, bem colocado, Sebastian. - suspirou. - Irei comprá-la, a fome fala mais alto. - o estômago do conde ronca no mesmo instante.

Ele deu meia volta. Marchou elegantemente para dentro da padaria, ajustando a cartola preta com uma fita azul em sua cabeça. Eu, como sempre, o acompanhei fielmente.

O sino do recinto anuncia a entrada da clientela. O padeiro recebeu amigavelmente os compradores, saudando com um 'bom dia' carregado de gentileza na entonação da voz.

Enquanto o Phatomohive fazia o pedido de sua refeição doce, me vejo pensativo novamente.
Era engraçado como ele trazia levantamentos tão profundos em situações bobas do cotidiano. Certamente, havia o educado bem. Trazendo um vocabulário formidável e elegante em suas falas. 'Meu motivo de orgulho secreto'.

Se um mordomo dos Phatomohive, não sabe ensinar ou muito menos guiar o seu mestre o induzindo a temáticas educacionais e cultas, então, ele não é merecedor do cargo.

Um perfeito deleite interno para mim.