Christian ver Alice escapar por entre os seus dedos e isso torna a sua vida em um perfeito caos. Ele precisa lidar com tudo o que sente e descobrir sobre o que tanto o aterroriza, seus próprios sentimentos. Descrente do amor e na busca incessante po...
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Cada dia que passava, ficava mais difícil lidar com Alice, primeiro ela era uma pirralha rebelde e irritante, depois uma pirralha carente e falante, em seguida uma mulher extrovertida e agradável e todas essas versões, eu gostava, todas elas me cativaram de algum jeito e me faziam nutrir uma admiração e aos poucos ela foi ganhando o meu respeito. Mas aprender a conviver com aquela Alice que mal falava, não parecia se importar com a minha opinião ou fazia questão da minha presença, era a pior fase pela qual eu estava passando.
Não é que eu goste de ser bajulado, como já disse, não me cercava muito de pessoas e não me importava com a opinião delas. Também não fazia questão de tê-las por perto, ou me dava ao trabalho de saber muito sobre suas vidas monótonas. Só que ela era diferente e quando chegou em minha vida, virou uma chave, eu havia perdido o controle por várias vezes mas naquele momento, nada mais parecia fazer sentido.
Eu vinha tentando me manter afastado dela, só que hora ou outra me pegava investigando sua vida, incomodado com quem saia ou a hora que chegava, inclusive, ainda devia uma bela explicação ao Jaime, que me garantiu que conversaria em seu retorno. Mas naquele domingo, quando eu soube que ela estava em apuros, não hesitei, corri atrás dela, faria tudo para vê-la bem, faria tudo para que Alice não sentisse dor e não sairia de perto dela até que estivesse tudo bem.
Não, eu não estava fazendo aquilo por Jamie, não só por ele, era por Alice, por ela representar tanto pra mim, por ser a menina extrovertida que conseguiu de alguma forma estranha, penetrar barreiras impenetráveis dentro de mim. Era difícil definir o que ela significava para mim e eu relutava muito, para não definir um sentimento, mas Maison me dizia que aquilo era paixão, mesmo eu me negando com todas as forças.
Eu cuidaria dela pelo tempo que fosse necessário, não me incomodava servi-la, por quanto tempo fosse preciso. O que me incomodava e estava mexendo comigo era o fato de Alice ter assumido uma postura fria e distante. Eu queria muito discutir com ela, isso me deixava mais calmo em relação a vivacidade de seus sentimentos, só que ela se comportar daquele jeito, me deixou agoniado
- Come
Levei um prato, com lasanha que esquentei, encontrei congelada na geladeira. Ela me olhou de canto e pegou o prato, o deixando sobre o braço do sofá
- Não precisava se incomodar... obrigada
Dito isso, pegou uma almofada e colocou o prato em cima da perna sã. Não me disse nada, não reclamou, não perguntou se eu iria comer. Nada
- Quer suco?
- Não precisa, obrigada
Sentei ao seu lado no sofá, achando o clima pesado demais, mas ela parecia alheia a tudo que eu sentia
- Não cozinho muito bem, não quis arriscar... achei isso no congelador
- A moça que vem duas vezes por semana fez... pode comer se quiser
