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Isis:
[10 anos atrás]
Faz 2 anos que eu estou aqui na escola para crianças problemáticas, aqui somos obrigados a treinar e a estudar coisas estranhas.
Por exemplo, sou obrigada a ficar no computador por horas até decifrar algum enigma ou quebrar alguma criptografia feita pelo professor que está me ensinando.
Minha mãe não vem me visitar, nem ela e nem o Thiago.
Ela provavelmente está muito feliz de ter finalmente se livrado de mim, e eu também não duvido que ela fez drama e proibido o meu padrasto de vim me visitar.
Também fiz amigos aqui, por um ano meu único amigo era o Vincent, mas depois duas garotas foram transferidas para o meu dormitório.
Maya e Rebecca.
Maya é bem divertida, tem um sotaque francês bem fofinho, ela gosta de ficar arremessando facas em alvos na parede, e sem falar na sua ótima habilidade em hackear.
Rebecca é diferente, ela é calada e séria demais, no começo ela sempre ficava mais na dela e não falava com ninguém.
Mas não se engane, ela é uma ótima manipuladora, e uma perfeita programadora de bots e sistemas de defesas.
Mais uma vez, senhora Cleo está me levando para a sala de seu filho.
O garoto de 17 anos que me treina, ele tem um sorriso que me dá arrepios.
Não sei, mas ele não me passou muito confiança.
Ele é bonzinho demais, sorridente demais, muito suspeito.
__ Pequena "Y"! __ engoli em seco quando a voz do garoto chegou em meus ouvidos.
Ele estava sentado no tatame da sala de programação, com uma latinha de alguma coisa que eu não consigo ver, tem um sorriso estranho nos lábios e suas típicas roupas esquisitas.
Ele sempre usa uma calça boci de sino preta, com uma regata amarela, com a frase:
Deus esqueceu de nós...
__ oi, professor __ falei baixinho quando a senhora Cleo me colocou no chão.
Ela sempre me carrega nos braços, a mesma diz que eu sou pequena e levinha demais para minha idade.
__ hoje você tem uma coisa muito importante para fazer __ ele disse e se agachou na minha frente.
__ se comportar, "Y" __ a senhora Cleo disse e beijou a testa do filho e saiu da sala.
