DAMA DA MÁFIA

ENRICO [17]

Enrico:

Uma coisa sobre mim é que eu tenho pouco paciência, se você me irritar muito pode estar agora mesmo com uma bala na testa.

Peguei a minha latinha de Coca-Cola e bebi um pouco, era isso que eu odiava, as minhas ex.

Todas as mulheres que eu ficava eu fazia questão de dizer que era só sexo, não tinha paciência para lidar com relacionamento.

Até eu conhecer a Clara, namoramos por 4 anos, e terminamos a 3 anos atrás quando peguei ela me traindo.

Nunca amei ela, estávamos em um relacionamento por conveniência, mas nunca tive coragem de trair ela.

Afinal eu tenho princípios, vivo com isso, se eu estou em um relacionamento tenho que respeitar a minha parceira.

Até o dia que ela estava transando com o cara da faculdade dela.

Eu lembro que nesse dia eu ri tanto, fiquei tão feliz de ser corno.

Agora nesse exato momento estou no apartamento dela, sentado em uma poltrona e esperando ela.

Não demorou muito para que a porta do quarto fosse aberta, revelando a pessoa mais chata e mimada do mundo.

Esperei ela tirar os sapatos e liguei o pequeno abajur que estava ao meu lado.

Sorri malvado quando ela gritou de susto.

__ meu Deus, Enrico! __ ela disse me olhando espantado.

__ não chame o nome de Deus, é um pecado você um demônio chamando o nome do criador __ falei em um tom frio.

__ o que você está fazendo aqui? Veio procurar sexo? __ ela perguntou sorrindo e se aproximou.

__ não se aproxime __ falei __ da última vez que cheguei em casa com perfume de puta minha princesa me colocou para tomar banho 5 vezes.

__ que relacionamento tóxico Rico __ ela disse tentando fazer uma voz sexy, mas parecia uma galinha engasgada.

__ talvez, mas acho que todos já sabem que o grande mafioso Enrico gosta de apanhar da mulher __ falei e bebi o resto da Coca-Cola.

__ bom, para você me procurar acho que já enjoou da loira falsificada __ ela disse e se sentou na beirada da cama.

Graças a Deus ela está longe, ou tenho certeza que esse perfume vai grudar na minha roupa.