Aoi notou tardiamente e com certa melancolia de que talvez, e aquilo era só uma possibilidade, ela não gostasse de ninguém, não no sentido romântico da palavra, pelo menos.
Nem meninas, nem meninos. Nem fantasmas e nem vivos. Nem flores ou qualquer...
Enfim, eu resolvi inovar e postar algo envolvendo jshk aqui no wattpad também!! eu já tenho uma one publicada no spirit, mas se essa aqui der bom eu aproveito e posto a outra aqui no wattpad também 🤙🤙
(fingindo que o último capitulo dessa bomba de mangá não me abalou)
E EU APRESENTO A VOCES: AOI ARROMANTICA, beijossssssssss
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Aoi descobriu em algum momento da vida que o problema não estava no jardim das pessoas, mas sim no dela.
Ela se lembra com facilidade de quando seu amigo de infância, Akane, começou com seus estímulos nada sutis de declarar seu amor a ela, - tal como um inexperiente jardineiro cuidando de um solo desconhecido - e a garota confessa: no início era divertido.
Era divertido porque aquilo lhe dava a sensação de sentir-se especial. Porque a ideia de ter alguém ali, insistindo dia após dia por um único toque em retribuição, fazia ela se sentir importante e única. Como uma flor muito querida para um jardineiro, que zelava de seu plantio com vivor. Aoi admitia: aquilo aumentava seu ego, e a deixava feliz, simplesmente feliz.
Mas quando Aoi notou que, mesmo se forçando, ela jamais conseguiria retribuir os sentimentos de Akane, a sensação de prazer passou e ela entrou em certo pânico. Ela tentou, Aoi jura que tentou ao máximo, retribuir Akane de alguma forma: ela tentou ser menos irônica em suas respostas, e até aceitou em sair com ele, ela forçou um sorriso sincero ao receber um presente dele e até fingiu aumentar sua "pontuação" quando ele fazia uma daquelas declarações exageradas.
Aoi tentou tudo aquilo, mas percebeu que estava tentando plantar hortaliças em uma terra infértil. Ela não sentia nehuma faísca ao pensar nos atos de Akane, ela não conseguia imaginar um cenário em que pudesse retribuir com sinceridade os sentimentos dele e, sendo franca, a simples possibilidade de isso acontecer a sufocava até o limite, como uma flor que foi regada em excesso.
Mesmo quando Akane atravessou a margem distante para salvá-la. Mesmo quando ele fez tudo desde a infância para protegê-la de qualquer mal. Aoi não conseguia se imaginar amando Akane, não romanticamente pelo menos.
Então ela tentou com Nene. Foi como trocar o adubo, para ver se seu jardim enfim iria florescer.
Nene, sua melhor e querida amiga. Aquela por quem ela sabia que o líder dos sete mistérios estava apaixonado. A garota gentil e doce que era sua parceira no clube de jardinagem, que tinha uma paixão (nada secreta) por Teru Minamoto e que era uma romântica incurável.
Se apaixonar por Yashiro seria algo fácil. Qualquer um se apaixonaria pela adorável, porém meio instável, Nene Yashiro. Mas nem mesmo isso Aoi conseguiu. Ela amava Nene, mas daquela maneira amigável, quase fraterna, não de uma forma romântica. Ela amava seus botões de rosa, mas não se imaginava beijando-os da maneira que um jardineiro faria ao ver que sua roseira enfim florescera.
Aoi notou tardiamente e com certa melancolia de que talvez, e aquilo era só uma possibilidade, ela não gostasse de ninguém, não no sentido romântico da palavra, pelo menos.
Nem meninas, nem meninos. Nem fantasmas e nem vivos. Nem flores ou hortaliças.
Aoi estava cansada demais para nutrir qualquer paixão por alguém, assim como seu jardim estava seco demais para abrigar a raiz de qualquer planta.
Ela se forçou durante muito tempo a tentar nutrir algum sentimento, semear aquelas pequenas borboletas na boca de seu estômago como os livros de romance de Nene diziam, unicamente para saber que em primeiro lugar, seu jardim não estava pronto pra receber borboletas.
Mas estava tudo bem. Aquilo não significava que seu jardim era infértil. Aoi sabia que poderia cultivar diversas plantas em seu solo, desde as mais belas margaridas até o mais espinhento cacto. E ela cuidaria de cada uma de suas preciosidades, Aoi regaria cada plantinha com amor e adubaria suas raízes com carinho, mesmo que nenhum desses fosse no sentido romântico.
E Aoi veria, depois de todo seu cuidado e carinho, após as estações e as borboletas, que todo seu trabalho daria frutos. As mais belas flores nasceriam e ela seria agraciada com seus perfumes e cores bonitas. Ela perceberia que seu jardim estava saudável, mesmo que ele não tenha sido cuidado com aquele típico sentimento acalorado que as pessoas chamam de "amor romântico".
O problema não estava no jardim de Aoi, e sim na maldita sociedade que insistia em aponta-lo como infértil.
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eu tinha sentimentos bem conflitantes em relação a aoi, até que falei isso pra uma amiga e ela disse "talvez seja pq vocês duas se parecem na personalidade, então você evita ela porque sabe que não gosta da sua personalidade" e desde então eu tenho um rombo gigante na minha cabeça
