Capítulo 15

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Jungkook subiu as escadarias principais da mansão. Cada degrau parecia uma eternidade, seu peito apertava-se com a ansiedade crescente. Ao alcançar o corredor que levava ao que costumava ser seu quarto, ele mal conseguiu conter a respiração.

As imagens ao longo do corredor, antigas fotos de família emolduradas, pareciam dançar diante de seus olhos, e ele continuava não aparecendo em nenhuma imagem, mesmo se recordando de estar naqueles momentos, sua memória ainda estava sadia.

Seu rosto não sorria nas fotografias antigas, não estava lá para testemunhar os momentos capturados pela lente do tempo.

Um tsunami de pânico cresceu dentro dele, ameaçando consumi-lo por inteiro.

Ignorando os avisos de Dona Rosa, ele correu em direção ao quarto dele, a mente estava ocupada demais para ligar para os alarmes da velha senhora ômega.

— Nada disso pode ser real. — ele murmurou para si mesmo, enquanto cada passo ecoava pelo corredor vazio. — Vou ao meu quarto, e minhas coisas estarão no mesmo lugar de sempre.

Ao abrir a porta do quarto, o coração de Jungkook pareceu congelar no peito. Lá estava ela, Lana, sua irmã mais nova, com apenas onze anos, alheia à sua presença.

Seus cabelos loiros caíam em cachos sobre as costas enquanto ela folheava um livro com concentração, com um bloqueador de som preso aos ouvidos.

A tranquilidade em seu semblante contrastava dolorosamente com a tempestade de emoções dentro de Jungkook.

Ele ficou paralisado, incapaz de articular uma palavra. Seus olhos encontraram os objetos familiares espalhados pelo quarto, agora habitados por Lana.

O que antes era seu refúgio agora era ocupado por ela, uma dolorosa lembrança de sua própria ausência. Uma lágrima solitária escapou de seus olhos, trilhando um caminho silencioso por sua bochecha.

Esse quarto é de Lana agora?

Por que assim como eu, ela ainda é uma criança?

Eu absolutamente voltei no tempo?

Isso é impossível.

Dona Rosa colocou uma mão reconfortante em seu ombro, quebrando o silêncio tenso.

— Jungkook, querido, você não pode correr assim pela mansão. Os patrões podem não gostar. — ela disse suavemente, sua voz carregada de compaixão.

Jungkook engoliu em seco, tentando recuperar o controle sobre suas emoções tumultuadas.

Ele sabia que não podia desmoronar ali, não podia se permitir ceder ao desespero.

Com um último olhar para Lana, ele virou-se lentamente e seguiu Dona Rosa para fora do quarto.

Mas, Jungkook parou no meio do corredor, depois seus pensamentos entraram em um tumulto silencioso enquanto seus passos o conduziam de volta ao quarto de Lana.

— Lana! — Ele gritou o nome dela, sua voz carregada de urgência e uma pontada de desespero, ecoando pelas paredes silenciosas do corredor, tanto  que passou pelo bloqueador de som.

— Lana! — Ele a chamou de novo, os olhos fixos nela, esperando desesperadamente por qualquer sinal de reconhecimento.

Lana virou-se lentamente em sua direção, seus olhos encontrando os dele com uma expressão vazia e distante.

Jungkook sentiu mal por vê-la assim, tão distante, tão desconectada dele.

— Lana, sou eu, Jungkook. O maninho, lembra? — Sua voz saiu mais suave agora, impregnada de uma mistura de esperança e temor.

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