Senti a mão de Gustavo na minha perna, em um ato para acalmar meu nervosismo, que era evidente para ele, já que eu não parava de balançar minha perna freneticamente.
- Então Ana... - escutei a voz do Marcos, seu pai, me fazendo erguer o olhar para ele. - Tenho certeza que seu pai não aceitou esse relacionamento.
- Ele não gostou muito. - eu disse dando um sorriso sem graça.
- Seu pai sempre foi muito cabeça dura. - ele disse balançando a cabeça.
- Pai. - disse Gustavo em tom de aviso, provavelmente com medo do seu pai falar algo que me ofenda ou ofenda meu pai.
- Calma filho. - disse Marcos e depois voltou a olhar pra mim, me trazendo mais nervosismo sobre seu olhar. - Eu não tenho nada contra você Ana Flávia, espero que saiba disso, e que eu aceito esse relacionamento. - ele disse sorrindo.
Percebi que ele gostava do fato do Gustavo estar comigo, porque isso incomodava meu pai.
- Obrigada. - disse em um tom de dúvida na minha voz.
A expressão no rosto de Verônica é icônica. Nitidamente não está gostando disso e sua cara de quem comeu e não gostou é visível, parece que ela não faz nem questão de esconder. Mas para ser sincera, não me importo com ela.
- Podemos jogar hoje, Ana? Aquele dia que você veio, só jogou com Gustavo. - disse Jaime me lembrando do dia que vim fazer um trabalho de escola aqui, o dia que fizemos uma aposta e eu ganhei.
- Claro. - eu disse lhe enviando um sorriso.
Terminamos o jantar e tudo correu bem demais para uma família que odeia meu sobrenome, a única coisa incômoda para mim, era a maneira que Verônica me encarava, mas eu simplesmente ignorava ela.
Gustavo, eu e seus irmãos fomos para sala, já que Jaime queria jogar comigo e Letícia também queria. Joguei algumas partidas de videogame com Jaime e outras com Letícia, enquanto sentia o olhar de Gustavo em mim, e quando eu o olhava, via o me encarando com um sorriso.
- Agora é a minha vez de jogar com a minha namorada. - disse Gustavo tomando o controle das mãos do Jaime, fazendo ele encarar bravo.
- Isso não é justo. - ele disse cruzando os braços.
- Você jogou muito, agora sai pirralho. - disse se sentando entre Jaime e eu, ficando ao meu lado e fazendo Jaime se levantar enquanto ia reclamar alguma coisa com sua mãe. - Agora é a hora da revanche.
- Revanche? - perguntei arqueando uma sombrancelha pra ele.
- Vamos apostar de novo, Morena. - ele disse segurando o controle e me olhando como se me desafiasse.
- Se quer perder de novo, vamos então. - eu disse sorrindo.
- Dessa vez eu vou ganhar e você vai fazer o que eu mandar. - ele disse com um sorriso arrogante e eu me senti desafiada.
- Isso é o que vamos ver. - eu disse me ajeitando no sofá.
Gustavo deu play no jogo, que era o mesmo da última vez, um de corrida e começamos a jogar. Seriam duas rodadas, e se tivesse empate, teria uma terceira rodada e quem ganhasse iria mandar no outro por uma semana. Isso me traz uma sensação de nostalgia.
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I hate you | miotela ✓
Teen Fiction" só ri de uma cicatriz quem nunca foi ferido" Para Ana Flávia, Gustavo é apenas um badboy estereotipado que irrita profundamente com seus comentários maliciosos e coberto de ironia. E Gustavo sabe que a paciência de Ana Flávia é curta, e por isso...